quarta-feira, 28 de abril de 2021

Não gastar no que é imprescindível e desperdiçar naquilo que não faz falta

 

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/12/pode-um-pais-do-primeiro-mundo-deixar.html

Ainda na sequência do post acima é pertinente referir que a edição da revista The Economist da semana passada volta novamente ao tema das canalizações de abastecimento de água feitas de chumbo: 
"All 50 states have lead pipes. As many as 10 million homes rely on them for their connection to the main water-supply lines.
https://www.economist.com/united-states/2021/04/17/replacing-lead-pipes-a-newark-success-story
É por isso profundamente irónico que logo no país com maior despesas militares que excedem a soma das despesas de vários países como a China, Rússia, Alemanha, Reino Unido e França e ainda com dispensiosos projectos para fazer novas armas haja quem  alegue que não há dinheiro suficiente para substituir as referidas canalizações em chumbo.  

Já em Portugal, em 2001, o jornal Público noticiava que Lisboa era a zona do país que tinha um maior número de concelhos ainda com canalizações em chumbo, https://www.publico.pt/2001/11/09/sociedade/noticia/em-33-concelhos-portugueses-bebese-agua-com-chumbo-48993 mas ao contrários dos EUA em Portugal a razão para isso é mesmo a falta de dinheiro, muito embora os 1500 milhões de euros necessários para revolver o problema sejam um pequeno valor, quando comparado com os milhares de milhões que se perdem para a corrupção ou quando comparados com os 20.000 milhões de euros que a banca evaporou e os contribuintes tiveram que suportar. A este propósito recordo novamente, o artigo do Director do Expresso que reproduzi num post anterior de 2019:
"a conta perdulária devia ser escrita numa lápide, sob uma estátua no centro das cidades, para que não seja esquecida: Aqui jazem 20 mil milhões de eurospor cima a estátua do perdedor desconhecido, o contribuinte anónimo e os lesados em produtos financeiros com risco oculto..."  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/12/condenado-morte-banqueiro-que-nao.html