quarta-feira, 15 de setembro de 2021

O pódio da Universidade de Aveiro e as Universidades de Lisboa e do Porto que andam a fugir às suas obrigações

 

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/05/as-instituicoes-de-ensino-superior-que.html

Ainda na sequência do post acima, segue abaixo uma lista de instituições de ensino superior ordenadas pelo rácio de revisões por docente ETI. Relativamente a Maio de 2020 constata-se que aumentou o número de instituições que conseguiram fazer mais de 300 revisões ao longo de um ano, também que a Universidade do Algarve perdeu o primeiro lugar que é agora ocupado pela universidade de Aveiro enquanto que a UBI saltou do 4º para o 2º lugar. Já as universidades de Lisboa e do Porto andam aproximadamente a meio do pelotão, fazendo companhia a vários Institutos Politécnicos, algo que não se espera de tais universidades. 

Uma hipótese possível explicativa poderia passar pela produção científica, isto é, a Universidade de Aveiro faria mais revisões e publicaria menos ao contrário das Universidades de Lisboa e do Porto, que compensariam o seu baixo nível de revisões com uma produção científica superior. Essa é porém uma falsa hipótese, porque uma pesquisa na base Scopus para os anos 2020 e 2021 mostra que a UAveiro e a UPorto apresentam uma produção similar (9 publicações/docente ETI) enquanto que a ULisboa se fica pelas 6 publicações/docente ETI. 

Por outro lado os referidos valores permitem também concluir que as Universidades de Lisboa e Porto andam a fugir ás suas obrigações, porque é suposto que uma instituição reveja no mínimo dos mínimos um número de artigos igual ao número daqueles que publica o que não parece ocorrer naquelas duas universidades. Contudo é bom que se diga que essas universidades estariam muito pior caso não tivessem revisores altamente prolíficos, como por exemplo o catedrático de engenharia civil Jorge de Brito (ULisboa) ou o investigador de medicina Marco Alves (UPorto), que nos últimos 12 meses reviram respectivamente 252 e 161 artigos.  

Número de revisões nos últimos 12 meses/número de docentes ETI
U.Aveiro..........6
UBI..................5
UTAD..............4
UAlgarve.........4
U.Coimbra......4
U.Minho..........3
ISCTE.............3
UNova.............3
IPBragança.....2
IPolGuarda......2
IPViana C........2
U.Porto............2
U.Lisboa..........2
IPolC.Branco...2
IPolLeiria.........2
IPCA...............2
IPolPorto.........2
UÉvora............2
IPolCoimbra....1
IPolLisboa.......1

terça-feira, 14 de setembro de 2021

WAn In-Depth Look at Six European Countries with Low Engagement in Scientific Article Peer Review



Still following the post above check below how the ratio revisions per population evolved between February to September. There are 6 European countries that are still unable to attain the minimum ratio of 1000 reviews/million population. Still reviewing numbers have increased in the majority of the European countries. Back in 2020 only 4 countries had more than 1500 reviews/million population now there are 16 countries. Portugal is still on the rise while Spain failed to maintain the second position. Switzerland and Luxembourg jumped three places while Finland, Netherlands, Poland and Croatia jumped two. 

Country...............................Ratio (Revised papers in the last year /million population)
1-Portugal...........................4206 (Feb 2021).........4530 (Sep 2021)
2-Cyprus.............................2055............................3281  
3-Spain…………………..…2090............................2255 
4-Italy..................................2014............................2155
5-Denmark..........................1989............................2154
6-Croatia.............................1652............................1963
7-Sweden............................1749............................1881
8-Estonia.............................1346............................1800
9-Switzerland......................1615............................1795
10-Czech Rep.....................1476............................1773
11-Finland...........................1627............................1742
12-Malta..............................1527............................1712
13-Luxembourg..................1293.............................1609
14-Romania........................1324............................1605
15-Poland………………..…1291............................1570 
16-Norway…………….....…1637............................1531
17-UK..................................1322............................1278
18-Netherlands………..……1117............................1250
19-Lithuania........................1108............................1267
20-Austria………………..…1077............................1211
21-Iceland...........................1053............................1168
22-Belgium……………........1088............................1163
23-Serbia..............................902..............................883
24-Hungary...........................717..............................852 
25-Bulgaria............................620.............................764 
26-Germany………..…..........621..............................657  
27-France…………………….489..............................516  
28-Latvia...............................431..............................425

PS - Nor even Australia (3012 rev) or New Zealand (2127 rev) the country where Publons was founded are able to threaten Portugal performance. 
.

Epsilon index - A new metric to "to assess research performance more fairly"



A few days ago, coincidently on September 11, Times Higher Education published an article with a strange title, link above. Unfortunately, the article is behind a paywall. Fortunately, the same title allows that anyone can easily google the paper that is mentioned on it and find that it was recently published in Plos One titled "A fairer way to compare researchers at any career stage and in any discipline using open-access citation data"  

The new Epsilon index just requires the information on:
• the number of citations acquired for the researcher’s top-cited paper 
• the i10-index (number of articles with at least 10 citations)
• the h-index, and 
• the year in which the researcher’s first peer-reviewed paper was published.

Still, and most unfortunately the paper says nothing about the serious problem of excessive self-citations nor about multiple co-authorship (the term kilo-author was introduced by biologist Zen Faulkes, to refer to papers that list over 1000 authors, a phenomenon with increasing frequency, CERN usually produces papers with more than 5000 authors) and the need for a fractionalized based methodology as it is used by the composite index suggested by Ioannidis et al also known as the Stanford University World Ranking of Scientists https://journals.plos.org/plosbiology/article?id=10.1371/journal.pbio.3000384

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

"A desobediência civil na autoria científica: Resistência e insubordinação na ciência"

 



Ainda na sequência dos posts acima sobre aqueles cientistas que até conseguem fazer artigos a dormir e que andam a dar cabo da integridade da ciência, porque se é humanamente possível que alguém consiga produzir centenas de publicações num único ano então aqueles que só conseguem produzir duas ou três dezenas no mesmo período devem ser burros e os que produzem menos de uma dezena esses então só podem ser autênticos retardados mentais, vale a pena ler o artigo abaixo de investigadores da Universidade de Maastricht e da Universidade de Basel. onde é mencionado o caso da catedrática Sarah Elgin, como um exemplo de desobediência civil:

"Whether in the form of pseudonyms, guest authors or creative authorship attribution processes, civil disobedience in authorship serves the explicit purpose of demonstrating how many of the written and unwritten rules governing the distribution of credit and other resources in academia reinforce a long series of inequalities...we would see civil disobedience in faculty members such as in the case of Sarah Elgin, who included hundreds of students as authors on a publication. In fact, her actions are exemplary of civil disobedience...


domingo, 12 de setembro de 2021

EUROSTAT dá um banho gelado de realidade à Presidente da Agência Nacional de Inovação -ANI

 


Ainda sobre o post acima e as estatísticas "cor de rosa", de que tanto gostam aqueles como a Presidente da Agência Nacional de Inovação, vale a pena olhar para a crua realidade da imagem, onde Portugal aparece em último lugar entre 28 países, construída a partir dos últimos dados estatísticos do EUROSTAT e que dizem respeito à percentagem das "exportações de todos os produtos de alta tecnologia no total das exportações"  https://ec.europa.eu/eurostat/databrowser/view/tin00140/default/table?lang=en

Tenha-se ainda presente que de acordo com o EUROSTAT, desde 2009 Portugal nunca teve um único ano em que fosse capaz chegar à percentagem de 5% e isso mesmo depois das empresas (e até mesmo pasme-se vários bancos) terem recebido, via SIFIDE, milhares de milhões de euros em créditos fiscais, por conta de alegadas actividades de investigação. 

No mesmo período tanto a Grécia como a Bulgária conseguiram atingir esse objectivo em três anos diferentes, já a Estónia desde 2009 conseguiu estar sempre acima dessa percentagem. E porque será que a Estonia, que há vinte anos atrás tinha um PIB per capita miserável, que era apenas um terço do nosso, consegue fazer aquilo que Portugal não é capaz de fazer ?

sábado, 11 de setembro de 2021

Expresso__Governo ainda continua em estado de choque com o trambolhão de Portugal no ranking da inovação



O tal trambolhão de Portugal no ranking europeu de inovação, comentado no post acima de 26 de Julho, ainda continua a suscitar polémica e um longo artigo publicado ontem na página 5 da secção de Economia do Expresso, revela que o Governo ainda não conseguiu digerir a desagradável realidade. Não só o Governo mas também e infelizmente a professora Joana Mendonça da Universidade de Lisboa, que é a nova Presidente da Agência Nacional de Inovação, a qual afirmou que "a estatística não representa a realidade da inovação em Portugal. A inovação não diminuiu em Portugal" Moral da história, no universo da realidade socialista, quando os números não são cor de rosa então é porque a estatística só pode estar errada.  

E de facto houve um grande aumento de "inovação" mas foi infelizmente na parte da tentativa de minimização do pagamento de impostos por via de créditos (leia-se subsídios) relacionados com alegadas actividades de investigação, como se deu conta em 18 de Agosto aqui e a prova disso mesmo também já se tinha dado neste blog, por conta do fraquíssimo desempenho das empresas nacionais em termos de pedidos de patentes em 2020, que foi liderado a nível nacional pela Universidade do Minho, e não por nenhuma empresa, como era suposto e como sucede nos países inovadores, onde abundam empresas inovadoras, como se dá conta num ranking mundial de empresas inovadoras, onde Portugal nunca teve uma única empresa e provavelmente nunca terá https://clarivate.com/top-100-innovators/ 

E no primeiro semestre de 2021, foi novamente a universidade do Minho (uma universidade que a fazer fé nas recentes declarações do Reitor da Universidade de Lisboa recebe do Orçamento de Estado menos de 30% do que aquilo que devia receber) que voltou a liderar o panorama nacional nessa área, sendo que a "honra do convento" do sector empresarial deste pobre país ficou a cargo de uma empresa Japonesa, a Yazaki, localizada em Ovar e que produz componentes eléctricos para o sector automóvel  https://eco.sapo.pt/2021/08/25/universidade-do-minho-lidera-pedidos-de-patentes-ate-junho/ 

Recordo que em 1974 o PIB per capita de Portugal era de 2000 dólares e de lá para cá em quase 50 anos cresceu 11 vezes. Em 1974 o PIB per capita da Coreia do Sul era muito inferior ao de Portugal e não chegava sequer a 600 dólares (563 dólares) mas de lá para cá aquele país asiático cresceu 56 vezes, e agora até tem mais empresas do que a França, a Suiça ou a Alemanha no grupo das 100 mais inovadoras a nível mundial. https://clarivate.com/top-100-innovators/ E isso mesmo sem as ajudas de largas dezenas de milhares de milhões de euros de subsídios que Portugal recebeu da Europa, o que permite concluir que se não fossem essas muitas ajudas europeias o nosso país teria crescido muito menos nos últimos 50 anos, o que mostra bem a magnitude das muitas e sistémicas asneiras Governativas que ocorreram em Portugal nesse período, protagonizadas por politicos incompetentes, quando não vigaristas e até mesmo corruptos.   

Não são por isso as estatísticas da inovação que estão erradas, o que está errado é a forma como nos últimos 50 anos o poder politico degradou a Academia, com cortes sistemáticos e sempre permanentes, de tal forma que os juízes que em 1974 ganhavam o mesmo que um professor do ensino secundário, agora com apenas 27 anos conseguem ganhar mais do que um professor-Associado e aos 31 anos até já ganham mais do que um catedrático (algo impensável em qualquer país desenvolvido) e que aqueles que há pouco tempo iniciaram a carreira académica, quando se aposentarem, mesmo se conseguirem chegar a catedráticos, irão (ao contrário dos juízes que recebem uma pensão correspondente a 100% do vencimento) receber uma pensão miserável (pelo menos quando comparada com a dos catedráticos nos países no Norte da Europa) de apenas 30 a 40% do salário médio. https://www.publico.pt/2019/12/08/economia/entrevista/pessoas-vao-quebra-abrupta-rendimentos-nao-sabem-1896545 pelo que qualquer jovem investigador de elevado potencial que seja minimamente ambicioso, o melhor que tem a fazer é sair deste país indo contribuir para a riqueza de outros países, como fez por exemplo aquele jovem investigador da Universidade de Lisboa, que aos 33 anos conseguiu chegar a catedrático na Universidade de Viena, onde evidentemente recebe muito mais do que aquilo que algum dia conseguiria receber na Universidade de Lisboa.

O que está profundamente errado no nosso país é todo um sistema, que como dizia o Medina Carreira facilita a vida à gatunagem, que permitiu que os bancos tivessem feito desaparecer dezenas de milhares de milhões de euros, emprestando sem garantias a Berardos e Vasconcelos sem que ninguém vá para a cadeia e onde até se dão perdões aos grandes evasores fiscais, ao contrário da Alemanha onde a fuga ao fisco acima de 1 milhão de euros dá sempre cadeia onde os tribunais mandam em paz 90% dos acusados por associação criminosa e onde 95% dos condenados por crimes de corrupção recebem pena suspensa o mesmo sistema, que muito oportunamente, permite que os políticos se limitem a pagar umas multazinhas como sucedeu com uma  famosa deputada  e que ainda hoje se continuem a gastar milhões de euros em subvenções vitalicias de politicos, que nada fizeram para ajudar este país, tendo-se limitado a levantar o braço na Assembleia da República, muitas vezes para aprovar leis vergonhosas como aquela que descriminalizou as burlas e as fraudes, e que foi aprovada durante o Governo do Sr. José Sócrates.  https://www.dn.pt/portugal/burla-e-fraude-deixaram-de-ser-crime-1642615.html

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

23 prizes of at least 1 million dollars each to reward Science, Technology and the Humanities



The famous MIT has an online list of "Prestigious Prizes and Awards" where there are 20 prizes whose value starts at 1 million dollars, but the German 1 million euros Future Insight prize for fundamental research in the area of health, nutrition, and energy does not appear there, neither the Portuguese climate change-related 1 million euros Gulbenkian prize, nor the 3 million dollars prize mentioned earlier here https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/04 /nominations-now-open-to-3-million-usd.html

PS - Check in the link below the names of the winners of the 3 million dollars Breakthrough prizes in the areas of Physics, Life Sciences and Mathematics that were disclosed yesterday 


Na Finlândia os catedráticos de elevado desempenho podem ganhar mais de 10.000 euros/mês

 


Ainda na sequência do post acima, sobre os salários dos professores universitários no ETH Zurich, que se tornou o 2º post mais visto dos últimos 30 dias, segue abaixo um link que ontem recebi de um professor universitário de uma universidade da Finlândia, e o qual mostra que naquele país, o desempenho pode ir até 50% da remuneração, pelo que se nas universidades daquele país há catedráticos menos dinâmicos, que recebem 7.000 euros/mês também há outros de elevado desempenho, que podem ganhar mais de 10.000 euros por mês https://www.sivista.fi/wp-content/uploads/2020/04/Salary-Scales-010820-and-010621.pdf

Já em Portugal a diferença entre os catedráticos menos produtivos, que se limitam a dar aulas e aqueles de elevado desempenho, que além das aulas, ainda são coordenadores de projectos de investigação (alguns de vários milhões de euros), produzem artigos altamente citados a nível mundial, orientam vários alunos de doutoramento, fazem parte de júris académicos a nível nacional e internacional, são membros do corpo editorial de revistas científicas (etc etc etc) é no máximo dos máximos inferior a 800 euros/mês (mas mesmo assim apenas teoricamente, porque na prática há catedráticos muito pouco produtivos, que ganham rigorosamente o mesmo que os mais produtivos)  esse baixo valor não pode por isso de deixar de ser visto como um forte incentivo à inércia e até à preguiça, que em rigorosamente nada ajuda o nosso país, antes o prejudica.  

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Os "luxuosos" salários mínimos do ETH Zurich__ Professor-Auxiliar (10.727 euros/mês), Associado (12.912 euros/mês) e Catedrático (15.099 euros/mês)

 



Na sequência dos dois posts acima, o primeiro sobre os salários na Universidade de Copenhaga e o outro sobre o vencimento dos juízes Portugueses, que aos 27 anos ganham mais do que um professor Associado e aos 31 anos já ganham mais do que um professor Catedrático (quando há algumas décadas atrás ganhavam o mesmo que um professor do secundário), apresentam-se abaixo os valores pagos aos professores universitários no ETH Zurich, valores de 2019:

Professores Catedráticos - 15.099 euros/mês até 19.868 euros/mês
Professores Associados - 12.912 euros/mês até 17.692 euros/mês
Professores Auxiliares - 10.727 euros/mês até 15.495 euros/mês

Comparados com aquilo que se paga a muitos profissionais do chuto e da cabeçada na bola os referidos salários não tem nada de luxuoso, são até bastante modestos, atento o facto dos chutos e das cabeçadas na bola contribuirem com menos do que zero para o progresso da Humanidade. 

Obs - Para casos de professores catedráticos excepcionais o valor máximo acima ainda pode ser aumentado até 22.8468 euros/mês "In order to recruit full professors of a particular standing, the ETH Board may increase the salary in individual cases to a maximum of 115% of the maximum salary" 

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

A degradação remuneratória da carreira Académica

 


Atento o conteúdo do post acima sobre as elevadas remunerações dos juízes Portugueses, que até são superiores às dos juízes da Irlanda, é caso para perguntar, porque será que o 
Presidente da Universidade Pública Irlandesa College Cork recebe muito mais do que recebe o cargo equivalente ao de Presidente do Supremo Tribunal de Justiça na Irlanda? 

E porque será que há universidades britânicas cujos Presidentes recebem o dobro do que recebe o referido Presidente da Universidade Pública College Cork, recebendo ainda casa e carro enquanto que em Portugal se verifica exactamente o inverso e o Reitor da mastodôntica Universidade de Lisboa recebe mensalmente muito menos que o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e quando se aposentar receberá muitíssimo menos do que aquele ? 
 
E que respeito merecem Reitores que nada fizeram (no minimo deviam ter-se demitido todos) enquanto o poder politico foi aumentando uma e outra vez as remunerações dos juízes (que recorde-se há algumas décadas atrás ganhavam o mesmo que os professores do secundário), ao mesmo tempo que deixavam que as condições remuneratórias de toda a Academia se fossem degradando cada vez mais miseravelmente na comparação com a magistratura, já que actualmente os catedráticos no 4º escalão ganham anualmente quase 30.000 euros a menos (40.000 euros a menos para catedráticos no 1º escalão) do que os juízes do Supremo enquanto que em 1987 recebiam o mesmo, como recordei num post de 4 de Agosto: 

Fará algum sentido que um jovem juiz estagiário, com apenas 24 anos, ganhe mais do que um Professor-Auxiliar (e há convém lembrar muitos Professores-Auxiliares com 60 anos e alguns até mais idosos) e quase tanto como um Professor Associado e que o mesmo juiz quando chegar aos 27 anos passa a ganhar mais do que um Professor Associado e aos 31 anos ganha automáticamente mais do que um Professor Catedrático ?

E será que é pagando a Professores Catedráticos aquilo que na Dinamarca pagam a alunos de doutoramento que Portugal vai evitar a fuga dos seus melhores investigadores ou vai conseguir atrair para Portugal cientistas Portugueses de elevado prestigio, que trabalham em instituições estrangeiras, como o António Damásio, o Caetano Reis e Sousa ou outros ? 

PS - Ao contrário dos juízes que se aposentam com uma pensão de 100% do último salário os professores universitários aposentam-se com um rácio de pensão/remuneração de 70% e aqueles que iniciaram há poucos anos a sua carreira, irão no futuro receber uma miserável pensão de aposentação cujo valor será apenas de 30 a 40% do seu salário médio !