domingo, 31 de dezembro de 2023

Unveiling the true currency of life, the interplay between scientific achievement and morality in academic legacy

  

Yesterday, the esteemed Portuguese author Miguel Esteves Cardoso, aged 68, eloquently penned the following words in Publico, a distinguished Portuguese newspaper:
"...true wealth lies in the ability to conserve time and then indulge in its expenditure. The affluent save time for themselves, while the less fortunate are left with the burden of time-consuming tasks that consume the hours of everyone: the chronophagous endeavors. The wealthy, with their surplus of resources, purchase the time of those less privileged, who are compelled to trade their time for income merely to subsist. Although it may appear to be a transaction of money, it is, in essence, an exchange of time. The affluent acquire time for the disadvantaged, leaving the latter without it..."

Contrast this thought-provoking excerpt with a compelling study on the acquisition of time and its impact on happiness published in Proceedings of the National Academy of Sciences (see email below of July 2017) the study engaged over 6000 participants from diverse countries. Consider also the insights shared by a former Uruguayan president in the same email. This correspondence is complemented by another email from October 2016, exploring the aspirations of academics regarding their legacy once their scholarly journeys conclude. 

PS - In the present context is it worth revisiting the previous post "The best of times, the worst of times, and the times that we no longer have"     https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/04/the-famous-clash-einstein-versus-bergson.html



De: F. Pacheco Torgal

Enviado: 26 de Julho de 2017 7:57
Assunto: Proceedings of the National Academy of Sciences__"Buying time promotes 
happiness" 

Abstract: “Around the world, increases in wealth have produced an unintended consequence: a rising sense of time scarcity. We provide evidence that using money to buy time can provide a buffer against this time famine, thereby promoting happiness. Using large, diverse samples from the United States, Canada, Denmark, and The Netherlands (n = 6,271), we show that individuals who spend money on time-saving services report greater life satisfaction. A field experiment provides causal evidence that working adults report greater happiness after spending money on a time-saving purchase than on a material purchase. Together, these results suggest that using money to buy time can protect people from the detrimental effects of time pressure on life satisfaction” https://www.pnas.org/doi/full/10.1073/pnas.1706541114

Strangely, a few years ago, José Mujica former President of Uruguay (2010-2015) made a brief statement that accurately reflects this finding "when we buy something, we are not paying it with money we are paying with the time of our lives and its terrible to waste life losing freedom"



De: F. Pacheco Torgal
Enviado: 27 de Outubro de 2016 8:26
Assunto: Honor in the Academic Profession: How Professors Want to be Remembered by Colleagues

https://muse.jhu.edu/article/612675/summary 

60 physicists of all ages working at a range of U.S. universities were interviewed in person by the author about multiple aspects of their careers, including the scientists’ aspirations, assessments of their achievements and failures, and conceptions of future and “immortalized” selves. Interviews from which the present work was drawn averaged 90 minutes in length...For the present work, attention is focused on a specific question asked of the respondents: “How would you like to be remembered by your colleagues?

desires to be remembered by colleagues on principally professional terms increase as institutional prestige increases. By contrast, desires to be remembered on principally personal terms increase as institutional prestige declines...As age increases, desire to be remembered on principally professional terms declines; and the desire to be remembered on principally personal terms intensifies. What is more, as age increases, the percentage of scientists “not caring” about how colleagues remember them increases. The percentage of scientists not caring about how their colleagues remember them, combined with the percentage of those desiring remembrance in personal ways, is particularly striking in the eldest cohort, where the attenuation of professional emphases is most pronounced. Great scientific achievement—even in an era of modern science—has been connoted with “unlocking the mind of God”(Paul, 1980).    In an absence of great achievement, morality preserves a route to salvation, identifying

 how people can orient themselves to the “good” (Stets, 2010). In addition, it always marks sacrifice, as though to say: “Look at what I gave up, so that others could prosper.” By invoking claims to a moral status, a scientist—relegated to a location peripheral to the major activity at the center of science—provides an excuse as well as an explanation for not having fully realized one’s own ego. Remembered as “being good” by others in the profession thus becomes compensation for comparative failure...Morality, because it is the embodiment of virtue, is a protected status. 

terça-feira, 7 de novembro de 2023

"um compromisso insuperável com o interesse geral e o do seu país"


É verdade que os elogios em excesso são na maior parte das vezes um grande perigo, para quem os recebe, perigo esse que não convém nunca subestimar, pois pode no mínimo dos mínimos conduzir a uma desconexão com a dura e absolutamente humilhante realidade, de acabar enfiado num buraco debaixo do chão (e se por acaso falecer com a mesma idade do meu pai, faltam-me apenas duas décadas), porém ainda assim, não me importava de um dia ter na minha pedra tumular, a frase que dá título a este post e que foi extraída do email (abaixo), que em Janeiro de 2022 recebi de um Colega, mais velho do que eu (que já se aposentou), que chegou a professor associado, mas que teve uns "desentendimentos" bastante graves com alguns professores catedráticos, que lhe "destruíram" a carreira, leia-se, impediram que pudesse chegar a professor Catedrático, posição para a qual tinha mérito suficiente. O nome do referido Colega foi obviamente apagado e substituído pelas letras AAA: 




De: AAA
Enviado: 29 de janeiro de 2022 15:32
Para: F. Pacheco Torgal
Assunto: Re: A importância crucial da desconexão e da discórdia na evolução da ciência
 
Estimado Colega!
Não estou resignado. Não encontrei ainda a força necessária e editora para publicar o livro que tenho em mãos, mas vou estando agora melhor para trabalhar nesse objectivo...Mas deixe-me aproveitar para lhe dizer que tenho por si uma admiração imensa. Perdoe-me a minha veleidade, mas tenho-o na conta de um homem...que põe a sua...inteligência ao serviço da cidadania e do interesse comum. Você tem um currículo científico soberbo e consegue ainda ter uma intervenção crítica verdadeiramente avassaladora...e com uma enorme coragem...de um compromisso insuperável com o interesse geral e o do seu país. Bem haja, ser alguém que não faz a escolha de pôr os seus talentos ao serviço de uma cómoda posição social e económica. Interrogo-me sobre duas coisas:
- Como tem tempo para tanto?
- Como conseguiu escapar à máquina trituradora das vozes críticas e escalar um estatuto que lhe permite...o desassombro de falar como fala sem lhe porem uma mordaça
Um cordial abraço de muita estima e consideração.
AAA
  

F. Pacheco Torgal escreveu no dia quinta, 13/01/2022 à(s) 07:41:

É verdade. Mas a resignação não pode ser a soluçãoAlguém disse que a árvore da democracia tem que ser regada de tempos a tempos com o sangue de democratas e não é menos verdade que (infelizmente) a academia requer também que alguns académicos vejam as suas carreiras destruídas https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/09/imperial-collegegreat-scientists-leave.html


De: AAA 
Enviado: 12 de janeiro de 2022 22:23:34
Para: F. Pacheco Torgal
Assunto: Re: A importância crucial da desconexão e da discórdia na evolução da ciência
 
Cientistas ou académicos rebeldes têm como destino serem pendurados no pelourinho. O anacronismo dos poderes sagrados dos moxos não permite que algum dos membros do rebanho possa pecar sem que lhe seja aplicada a purificadora expiação dos pecados. Impossível acreditar num país autofágico.dos pecados. 

A domingo, 9/01/2022, 09:03, F. Pacheco Torgal escreveu:

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/11/academia-portuguesa-necessita-de.html

Ainda sobre a tese do físico Carlo Rovelli, acerca do papel fundamental dos cientistas rebeldes, vide post acima, vale a pena ler um artigo, de investigadores dos EUA, colocado online há poucos dias no site da revista Journal of Informetricshttps://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S175115772100105X?via%3Dihub

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Uma famosa táctica Catedrática__"Esse laboratório não é um democracia...as coisas devem ser como eu quero"


Há pouco tempo soube-se da demissão de um catedrático de uma universidade Brasileira, por utilizar o seu "poder" para obter favores sexuais“Eu não podia me dar ao luxo de simplesmente dizer para ele que não, porque eu tinha medo de ele me mandar embora do laboratório. Como é que eu ia fazer?”, contou uma vítima, que dormiu com Ávilla. https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2023/10/04/unirio-demite-professor-alvo-de-denuncias-de-assedio-sexual-e-moral-por-ex-alunas.ghtml

No contexto supra, tenho de voltar a afirmar, como o já tinha feito em Novembro de 2022, https://pachecotorgal.com/2022/11/03/sexo-oral-catedratico/ que é para mim uma enorme surpresa, que ao contrário, do que sucede nos EUA, ao contrário do que sucede por essa Europa fora e agora também no Brasil, em Portugal nunca tenha havido um único catedrático condenado por assédio sexual.  

Qual será a explicação científica para esse fenómeno absolutamente extraordinário, que só ocorre em Portugal, de ter 100% de catedráticos castos e puros, com excepção de um famoso catedrático de arquitectura, que é público e notório, manteve relações sexuais com várias alunas, porém sem qualquer tipo de coacção https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/03/o-negocio-catedratico-de-trocar-sexo.html

O certo é que, como se ficou a saber há pouco tempo pelo jornal Público, o caso do professor da faculdade de letras da universidade do Porto, que se envolveu sexualmente com uma aluna (e que por ela foi acusado de abuso sexual) apenas resultou numa ligeira infracção disciplinar, de suspensão de funções durante 60 dias https://www.publico.pt/2023/10/09/sociedade/noticia/professor-flup-suspenso-dois-meses-queixas-abuso-sexual-nao-ficaram-provadas-2066034

Declaração de interesses - Revisite-se a declaração de interesses que fiz em Abril de 2023 no final do post de título "Revista universitária Portuguesa defende romance (leia-se sexo) entre docentes universitário(a)s e aluna(o)s !!!" https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/04/revista-universitaria-portuguesa.html

PS - A figura supra, diz respeito a um imponente baixo-relevo, de alabastro, de quase 3 metros de altura, de um casto e puro eunuco, do palácio do rei Sargão II https://www.worldhistory.org/image/10278/assyrian-eunuch-from-khorsabad-at-the-iraq-museum/

sábado, 4 de novembro de 2023

Scopus indexed publications on hate increased 200% and that is a good thing


In October 2019, within the framework of Spielberg and Gibney's documentary series about hate, I shared the findings of a search that I conducted in the Scopus database, which unveiled 2,796 academic publications featuring the term 'hate' in their titles. Furthermore, i also noticed that when employing the term 'fashion' as a search query, the Scopus algorithm retrieved a total of 11,177 publications. 

However, if we were to conduct the same search today, we would discover 5,722 publications featuring the term 'hate' in their titles and 16,401 publications with 'fashion' in their titles. These results unmistakably mark a significant transformation in the academic realm. Publications centered around the domain of fashion have witnessed a growth of nearly 50%, while those delving into issues related to 'hate' have shown an astonishing 200% surge. 

This shift signifies a positive development, as it underscores a realignment of research priorities within academia, emphasizing the importance of addressing pressing societal concerns.

When I inquired ChatGPT about how the lessons drawn from Greek tragedies could contribute to addressing the issue of hate, the response I received was as follows:

"Ancient Greek tragedies offer valuable lessons for contemporary society. They serve as cautionary tales, warning us about the dangers of hate and the importance of seeking resolution and reconciliation. These lessons can be applied to various aspects of modern life, including interpersonal relationships, societal conflicts, and international disputes.

  1. Breaking the Cycle: As seen in "The Oresteia," the perpetuation of hate can have dire consequences. To break this cycle, it is essential to seek alternatives to vengeance and instead pursue justice and reconciliation. This principle can guide individuals, communities, and nations in resolving conflicts without resorting to hatred and violence.

  2. Empathy and Compassion: In "Antigone," the tragedy stems from a lack of empathy and understanding between Creon and Antigone. Encouraging empathy and compassion in our interactions with others can prevent the escalation of conflicts driven by hate. By attempting to understand one another's perspectives, we can foster healthier relationships and societies.

  3. Self-Reflection: Many Greek tragedies, such as "Medea" and "Antigone," highlight the role of pride and stubbornness in fueling hate. Encouraging self-reflection and humility can help individuals recognize their own biases and prejudices, reducing the potential for hatred to take root."

PS - One of the authors with the highest number of Scopus-indexed publications on hate is Sebastian Wachs, Deputy Professor for Education and Socialization Theory at the University of Potsdam.