quarta-feira, 31 de março de 2021

Vicio das raspadinhas utilizado para pagar generosos salários a familiares de políticos

 

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/02/um-novo-imposto-sobre-os-mais-pobres-e.html

Quando há tempos fiz um post sobre o indecente novo jogo de raspadinha da Santa Casa da Misericórdia, link acima, estava longe de imaginar aquilo que a revista Sábado acaba de revelar esta semana. Que a Santa Casa utiliza muito do dinheiro do jogo para sustentar uma certa famosa mas nada santa família politica. https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/a-grande-e-santa-familia

A atribuição do monopólio dos jogos de azar à Santa Casa da Misericórdia era suposto ter servido para ajudar os Portugueses economicamente mais desfavorecidos, mas afinal serve é para ajudar os políticos e os seus familiares, com salários mensais de vários milhares de euros. E agora quem paga a conta são os desgraçados viciados em raspadinhas, o tal jogo que representa a maior fonte de receitas daquela instituição. 

Os Portugueses estavam longe de imaginar, que o 25 de Abril de 1974, representou afinal não a queda de uma ditadura, mas a tomada do poder por uma desavergonhada aristocracia, muito mais nociva porém (basta lembrar quantas vezes Portugal foi à falência nos últimos 45 anos) do que a ursupadora dinastia Filipina, que mandou neste país durante 60 anos, entre 1580 e 1640, sendo a mesma constituída pelos políticos e pelos seus familiares e amigos, que usam as instituições públicas deste país e todos os seus recursos como se aqueles lhes pertencessem por direito divino

PS - Razão tinha o pouco simpático, corajoso e honestíssimo Medina Carreira, quando afirmou que "não é possível que num regime onde a gatunagem funciona predominantemente que a democracia sobreviva" 

Será que a imprensa Portuguesa favorece cientistas do género feminino ?

 


Recentemente a imprensa Portuguesa entrou em autêntica histeria com um prémio insignificante de 800 euros, link acima, ganho pela cientista Elvira Fortunato, face a duas dezenas de concorrentes de outros países (o que corresponde a uma taxa de sucesso de 5%, que é note-se muitíssimo superior à taxa de sucesso de 0.7% da Greta Thunberg e logo muito menos meritória) e porém a mesma imprensa não dedicou nem um décimo dessa atenção a um prémio ganho por três professores (do género masculino, um género que nestes dias parece ser objecto de descriminação) da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, no valor de mais de meio milhão de euros, com um projecto (Identidade Digital Inclusiva Não-Autoritativa) que pretende ajudar as quase mil milhões de pessoas do Planeta Terra que não possuem um documento de identificação.   

PS - Há de facto países onde as mulheres são altamente descriminadas e onde as descriminações positivas até se entendem, Portugal não faz porém parte desse grupo porque na verdade até consegue fazer companhia a países do Norte da Europa,  quem dera às mulheres da Alemanha, da Holanda ou da Suiça estarem com a mesma pontuação das mulheres Portuguesas  https://www.economist.com/business/2021/03/06/is-the-lot-of-female-executives-improving

O cientista que se auto-citou numa percentagem de quase 100%

 


Ainda na sequência do post acima vale a pena ver o interessante artigo no link abaixo publicado na conhecida Nature, onde se fica saber como é que diferentes países se comportam no campeonato das auto-citações  https://media.nature.com/original/magazine-assets/d41586-019-02479-7/d41586-019-02479-7.pdf No referido artigo é dito que percentagens de auto-citação acima de 25%, não são necessáriamente sinal de falta de ética mas que merecem ser analisadas. 

Quando se olha para a tal lista de Top 2% do ranking Stanford e se restringe esse grupo somente aqueles que possuem percentagens de auto-citações acima de 25% conclui-se que a Universidade do Minho é aquela que apresenta o melhor desempenho enquanto que a Universidade de Lisboa (muito por "culpa" do Instituto Superior Técnico) apresenta de longe um desempenho muítissimo pior. 

Abaixo lista com o rácio de investigadores altamente citados com uma percentagem de auto-citações acima de 25% por cada 500 docentes ETI para sete universidades:
ULisboa.....................9
UAveiro.....................8
UNova.......................7
UPorto.......................5
ULisboa (sem IST)....5
UCoimbra..................4
UMinho......................2

terça-feira, 30 de março de 2021

Um recorde pouco meritório - Univ de Lisboa tem 50% dos mais auto-citados investigadores no Top 1% do ranking Stanford

Ainda sobre o grupo de investigadores altamente citados recentemente mencionado no post acima, segue abaixo a lista daqueles dez que raramente citam as suas publicações e também a lista dos dez que se auto-citam numa percentagem acima da média. Tenha-se presente que a universidade de Lisboa tem 50% dos dez investigadores mais auto-citados.  

Top 10 com mais auto-citações
Armando Pombeiro....................ULisboa
Alan Philips................................ULisboa
C. Guedes Soares.....................ULisboa
J. Aguilar-Saavedra....................UNova
Nuno Santos...............................UPorto
James Harris...............................UPorto
Patricio Soares da Silva..............UPorto
Carlos Herdeiro...........................UAveiro
Mário Silveirinha.........................ULisboa
Malte Henkel...............................ULisboa

Top 10 com menos auto-citações
Douglas McKee.........................UNova
Boaventura Sousa Santos.........UCoimbra
J.Luís Martins............................ULisboa
M. Athans...................................ULisboa
P.J. Costa..................................UPorto
Luís B. Almeida..........................ULisboa
Nuno Peres................................UMinho
Mário Figueiredo........................ULisboa
Leslie Woodcock........................UALG
Zachary Mainen.........................IChampalimaud

segunda-feira, 29 de março de 2021

Nova variante do coronavírus ataca jornal Público__Cientistas não sabem se é a estirpe otiosum ou a incompetentem



Compare-se o teor do (preguiçoso ou incompetente) artigo acima no Público colocado online na parte da tarde do dia 24, com o post publicado neste blog, na parte da manhã do mesmo dia 24 e acessivel no link   https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/03/o-monopolio-das-revistas-cientificas.html e que entretanto se tornou no segundo mais visto dos últimos três meses e que pelo seu elevado crescimento de visualizações reúne condições para poder vir a tornar-se num dos posts mais vistos de sempre neste blog

Compare-se ainda o supracitado artigo do jornal Público com um outro artigo (igualmente preguiçoso ou incompetente que fazem admitir a hipótese dessas duas estirpes terem chegado a Portugal há vários anos)  do mesmo jornal Público, onde o jornalista Samuel Silva achou um bom exercicio de jornalismo, divulgar um ranking em que a universidade Católica era considerada a melhor universidade Portuguesa, artigo esse que eu na altura comentei (de forma pouco simpática) num email cujo teor reproduzo abaixo.

PS - Se em 2019 o Presidente do SNESUP disse ao Expresso que havia mais de duas centenas de doutorados desempregados porque é que o jornal Público não contrata um ou dois doutorados para ajudarem a elevar a qualidade das noticias sobre ciência ?

 
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De: F. Pacheco Torgal
Enviado: 12 de setembro de 2019 06:42
Assunto: UCatólica é a melhor universidade Portuguesa____Fake news, incompetência ou ambas?

Depois de em 17 de Agosto o jornalista Samuel Silva ter feito um bom artigo sobre o ranking Shanghai (email abaixo) o mesmo jornalista vem agora, enxovalhar a sua própria credibilidade dando crédito a um ranking da treta, que pasme-se diz que a Universidade Católica é a melhor universidade Portuguesa. Explica o pobre jornalista, Samuel Silva,  que o fenomenal resultado  “foi impulsionado por uma melhoria nos indicadores relacionados com a investigação, como o número de citações...De acordo com os números disponibilizados...a Católica tem uma classificação muito elevada no índice de citações dos artigos científicos publicados pelos seus professores. Tem uma cotação de 94,6 (numa escala de 100 pontos), ao nível das melhores universidades do mundo. A segunda melhor nacional é a universidade do Porto, com 62,1.”

Ou seja o jornalista leu que a universidade católica tinha melhor desempenho em termos de citações do que a UPorto e nenhum alarme lhe soou naquela cabecinha pensadora e cogitasse que isso era indicio de marosca da grossa ! E como é que esse ranking original foi construído ? O jornalista preferiu não maçar os leitores com esse complicadíssimo  assunto, que por certo só está ao alcance das mentes mais brilhantes. Porém o jornalista revela no artigo que chegou à fala com um individuo de nome Tomasso Grant que lhe explicou todos os detalhes da coisa. Quem é este génio dos rankings ? Informa o Linkedin que é alguém com formação em Artes, que acabou o mestrado há um ano atrás, e que há 2 meses ocupa o pomposo posto de Freelance Communications Executive da THE, ou seja que de bibliometria académica, incluindo citações e indice de Hirsch com correcções de Schreiber (embora na THE não se percam com tais preciosismos) percebe rigorosamente zero. 

Um conhecido catedrático de medicina da universidade da Universidade de Stanford acaba de ser noticia por causa de estar na origem de um ranking dos cientistas mais citados a nível mundial (entre 35 milhões de cientistas ou 7 milhões se reduzirmos a amostra somente aqueles com publicações indexadas). Quantos dos 100.000 cientistas que lá aparecem pertencem à Universidade Católica Portuguesa ? rigorosamente ZERO enquanto a UPorto tem 40 ! e é esta a universidade com o melhor desempenho nacional em termos de citações que até rivaliza com as melhores do mundo ! Sobra assim a magna dúvida, entre o jovem que agora se inicia nas lides do Freelance Communications da THE a falar de um ranking da treta e o catedrático de medicina da universidade de Stanford (que sozinho tem quase tantas citações ou até mesmo mais citações do que todos os docentes da UCatólica juntos) em quem podemos nós acreditar ? 


The Economist__Which countries became happier with Covid-19 ?



Still concerning the U-shaped happiness relationship  (post above) demonstrated by professor David G. Blanchflower in the journal Applied Research in Quality of Life its worth seeing the article recently published in The Economist (link below) that shows UK is now a more sad country while countries like Finland, Germany, Japan and India became happier countries. 



domingo, 28 de março de 2021

"A prioridade deixou de ser a vida cosmopolita e passou a ser a ligação à natureza"


A frase que dá título a este post, foi retirada de um recente artigo na revista Visão, onde se fala do aumento da procura de moradias (55 milhões de visualizações no portal Imovirtual) e da tendência de saída do centro das cidades. 

Mas onde não se fala porém sobre o facto de haver muitos cuja actividade profissional não passa pelo teletrabalho e nem tão pouco sobre aqueles que vivem numa situação económica muito precária que é incompatível com uma mudança para o Interior do país.

Esses ("desgraçados") vão ter de continuar a viver em cidades, aconteça o que acontecer, com esta pandemia ou outra qualquer que irá certamente aparecer. Vide post anterior    https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/05/the-economistthe-end-of-megacity-era.html

Irónico neste contexto é que haja 730.000 casas vazias em Portugal como hoje se recorda num artigo no jornal Público, dedicado ao problema da habitação https://www.publico.pt/habitacao-do-protesto-a-proposta/solucoes-para-habitacao-chamem-os-acrobatas-e-os-jogadores-de-xadrez 

E interessante é também no mesmo contexto, que hoje o Jornal de Noticias, contenha artigo onde se dá conta que as autoridades deste país, levantaram nos últimos meses centenas de autos de queixas sobre ruído, o que mostra bem o inferno em que se tornou viver em contexto urbano durante a pandemia do Covid-19. 

UAveiro lidera na produção de livros indexados__Quinquénio 2016-2020

 


Ainda na sequência do post acima relativo à produção de livros indexados, durante o sexênio 2013-2018, segue abaixo os valores para o quinquénio 2016-2020, para instituições que tenham produzido um mínimo de 10 livros. 

UAveiro...........9 livros por cada 100 docentes ETI
ISCTE.............8
UMinho............7
UNova.............5
UBI..................4
UÉvora............3
UCoimbra........3
UPorto.............3
ULisboa...........3
Pol. Porto........2
UALG..............2

PS - No quinquénio 2016-2020 Portugal produziu 41 livros indexados por milhão de habitantes enquanto que o Reino Unido produziu 168 livros por milhão de habitantes, uma "pequena" diferença de 400% que não é porém explicada pela diferença de investimento na ciência, pois o Reino Unido não investe (por cabeça) quatro vezes mais do que Portugal, nem sequer três vezes mais, mas apenas pouco mais do dobro.

sábado, 27 de março de 2021

Os investigadores do Instituto Superior Técnico no Top 1% do ranking Stanford



Relativamente ao ranking mencionado no link acima, que abarca o grupo dos 2% mais citados a nível mundial, se restringirmos somente ao grupo dos investigadores no grupo Top 1% mais citados, constata-se que o número daqueles que pertencem ao Instituto Superior Técnico reduz-se de forma muito acentuada para apenas duas dezenas e no caso concreto da área da engenharia civil (que recorde-se é só uma das seis áreas científicas mais competitivas da Universidade de Lisboa) o IST fica sem nenhum representante dessa área, já que os dois investigadores de engenharia civil que sobram no Top1% do ranking Stanford,  por uma estranha coincidência, pertencem os dois à Universidade do Minho. Um é o director da unidade de investigação ISISE e o outro é o dono deste blog. 


sexta-feira, 26 de março de 2021

Prémio de engenharia LGBT e prémio Nobel LGBT



https://www.dnoticias.pt/2021/3/26/255424-presidente-da-republica-felicita-elvira-fortunato-pelo-wfeo-gree-award-women2020/

A imprensa Portuguesa desatou hoje a publicitar a vitória da catedrática Elvira Fortunato, num alegado maior prémio mundial da engenhariaum prémio que recorde-se foi criado apenas em 2018, a que só podem concorrer mulheres e que tem o insignificante valor de 1000 dólares (848 euros) sendo  patrocinado pela firma Chinesa GREE Electric Appliances, Inc. Zhuhai http://www.wfeo.org/2020-wfeo-gree-women-in-engineering-award/

Mas será que como alega a imprensa esse prémio é mesmo o maior na área da engenharia a nível mundial? Pelo valor não é certamente o maior, nem pouco mais ou menos, porque existem vários outros prémios de engenharia de elevado valor, como por exemplo aqueles três no valor de meio milhão de euros, como por exemplo o prémio Charles Stark Draper, ou o prémio Fritz J. e Dolores H. Russ, ou o prémio Bernard Gordon 

Isto já para nem falar do prémio Rainha Elizabeth no valor de 1 milhão libras (aproximadamente um milhão e duzentos mil de euros) que alguns apelidam de Nobel da engenharia https://www.raeng.org.uk/grants-prizes/prizes/prizes-and-medals/awards/queen-elizabeth-prize-for-engineering

E será que faz sentido criar um prémio de engenharia a que só podem concorrer mulheres? E se os engenheiros LGBT se lembrarem de criar um prémio a que só podem concorrer os engenheiros daquele grupo ? E se os cientistas LGBT começarem a exigir que os prémios Nobel sejam divididos por géneros, separando aqueles prémios a que podem concorrer só homens cientistas, ou só mulheres cientistas ou só cientistas LGBT ? 

Melhoria seria porém que a Engenharia deixasse de servir de barriga de aluguer a ireparáveis fracturas de género e se concentrasse somente em ajudar a revolver os graves problemas que ameaçam a Humanidade como por exemplo os 14 grandes desafios da engenharia a nível mundial, cuja resolução (dizem aqueles que os definiram) ajudará a garantir que a vida Humana pode continuar a subsistir neste Planeta:

* Make solar energy affordable.
* Provide energy from fusion.
* Develop carbon sequestration methods.
* Manage the nitrogen cycle.
* Provide access to clean water.
* Restore and improve urban infrastructure.
* Advance health informatics.
* Engineer better medicines.
* Reverse-engineer the brain.
* Prevent nuclear terror.
* Secure cyberspace.
* Enhance virtual reality.
* Advance personalized learning.
* Engineer the tools for scientific discovery.


quarta-feira, 24 de março de 2021

The highly profitable disgusting business of scientific journals has finally begun to crumble with a little help by the European Commission



Following the platform suggested in the link above, it is good to know that the European Commission has just launched a platform on which the articles produced in investigations financed by European projects will be published free of charge and in open access. "All research is welcome and will be published irrespective of the perceived level of interest or novelty"https://erticonetwork.com/dg-research-and-innovation-opens-new-publishing-platform/

The submission of articles to the referred platform is done here https://open-research-europe.ec.europa.eu/for-authors/publish-your-research

And now that the European Commission has kicked off, it is the duty of all universities to quickly create similar platforms, to thereby free themselves from the yoke and exploitation of publishers (whose desk rejection arrogance increases from year to year), to whom they give free articles and also free reviews, which they then sell for a high price, including ironically to those who gave them initially. 

In the last dozens of years, even after the internet was invented and the marginal cost of publication has become practically nil, countries still paid billions to scientific publishers, considered to be The Most Profitable Obsolete Technology in History, so as soon as more platforms like the one mentioned above are created, more articles will be made available freely and many billions will be saved that can be used to hire more researchers and to finance important investigations and not to fatten the huge profits of publishers that are estimated to amount to the astronomical figure of $ 20 billion annually.

A Harvard professor once said that "The way banks make money is so simple that it is disgusting". However, and compared to how much more easily scientific Publishers make money (therefore more disgusting) that´s extremely unfair to the banking business. 

PS - Back in  2012, a mathematician from the University of Cambridge initiated the Cost of Knowledge boycott. However, not only it fail to have any impact on the profits of Elsevier but it forgot that Elsevier is not the only shark in the publishing Ocean. A boycott is needed all rigth but against all scientific publishers. 


O repugnantemente lucrativo negócio das revistas científicas começou felizmente e finalmente a ruir



Na sequência da plataforma proposta no post acima, em 1 de Dezembro de 2020, é bom saber que a Comissão Europeia acaba de lançar uma plataforma (não tão ambiciosa quanto aquela que eu próprio tinha idealizado, mas ainda assim capaz de provocar grandes mudanças no mundo científico) na qual serão publicados sem qualquer custo e em acesso aberto os artigos produzidos em investigações financiadas por projectos europeus. 

A submissão de artigos para a referida plataforma é feita aqui https://open-research-europe.ec.europa.eu/for-authors/publish-your-research 

Uma das consequências mais evidentes da criação desta plataforma (além da óbvia redução dos lucros bilionários das empresas proprietárias das revistas) é que as universidades Portuguesas terão agora de rever com urgência os seus regulamentos de avaliação de desempenho, onde os artigos eram, independentemente do seu conteúdo (!!!), valorizados em função somente do tipo de revista onde tivessem sido publicados e onde não estava prevista a publicação numa plataforma como aquela mencionada acima. 

E agora que a Comissão Europeia deu o pontapé de saída é dever de todas as universidades rapidamente criarem plataformas similares, para dessa forma se libertarem do jugo e exploração das revistas (cuja arrogância e prepotência aumenta de ano para ano), a quem são praticamente obrigados a dar artigos de borla e também revisões de borla, que elas depois vendem por um elevado preço, incluindo ironica e paradoxalmente a quem as deu incialmente. Tenha-se presente a este respeito que as editoras de revistas científicas facturam anualmente a quantia astronómica de quase 20.000 milhões dólares.  

Nas últimas dezenas de anos, já depois da internet ter sido inventada e do custo marginal de publicação se tornar praticamente nulo, Portugal pagou centenas de milhões de euros de dinheiro dos contribuintes para poder ter acesso aos conteúdos dessas revistas (só no ano de 2005 Portugal pagou quase 11 (onze) milhões de euros)pelo que assim que mais plataformas, como aquela acima mencionada, forem sendo criadas, tanto em Portugal como por esse mundo fora, mais artigos serão disponibilizados em acesso aberto e a custo zero a nível mundial e mais cedo se começarão a poupar milhares de milhões que poderão ser muito melhor utilizados para contratar mais investigadores e a financiar investigações importantes. 

Um conhecido Professor de Harvard falecido em 2006 disse que "A maneira como os bancos ganham dinheiro é tão simples que é repugnante", porém atenta a forma muito mais simples e até isenta de riscos, logo muito mais repugnante, como as editoras de revistas científicas ganham muito dinheiro, que foi considerada como sendo a tecnologia obsoleta mais lucrativa da história, é caso para dizer que se trata de uma afirmação muito injusta para com o negócio bancário !

PS - Em 2012, um matemático da Universidade de Cambridge iniciou o boicote do Custo do Conhecimento, ao qual se juntaram alguns milhares de cientistas, porém o referido boicote não teve impacto porque os lucros da editora alvo do boicote continuaram a crescer de forma substancial. Além disso apelar ao boicote de uma única editora não faz sentido porque há outros tubarões no Oceano das editoras científicas, pelo que qualquer boicote só pode obviamente obter resultados se for dirigido a todas as editoras, ou pelos menos ao grupo das mais lucrativas como a Elsevier, Springer Nature, Wiley-Blackwell, Taylor &Francis, SAGE.   


Caixa Geral de Depósito__Mais um generoso empréstimo com juros amigos e garantias virtuais



Como é que Angola (o mesmo país que tem centenas de multimilionários) vai pagar o empréstimo, mencionado no recente artigo, acessível no link acima, que recebeu da Caixa Geral de Depósitos, se nem sequer paga a alimentação aos doentes Angolanos que envia para Portugal e os quais informou a imprensa Portuguesa nem dinheiro tem para comer ?

Que garantias é que Angola deu para receber esse empréstimo ? Será que são idênticas aquelas garantias de milhares de milhões que foram dadas pelo anterior Presidente de Angola e que depois se esfumaram ?  

E porque será que não foi um banco Chinês a fazer o empréstimo já que eles não só possuem muito mais dinheiro do que Portugal mas também são agora os maiores interessados no sucesso da referida Mota-Engil ? 
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/construcao/detalhe/construtora-chinesa-compra-23-da-mota-engil-por-1694-milhoes

E porque é que por uma questão de igualdade qualquer Português não pode também ir à Caixa Geral de Depósitos contrair um empréstimo a pagar em 10 anos com juros amigos ? 

PS - Sobre os empréstimos da Caixa é bom não nos esquecermos aquele famoso empréstimo no valor de 231.000 euros feito à filha do Dr. Armando Vara pelo qual ela pagava apenas 200 euritos a cada mês ou os outros ruinosos empréstimos que motivaram a proposta que fiz em Junho de 2020 https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/06/a-experiencia-cientifica-que-urge.html


terça-feira, 23 de março de 2021

The Economist__For the sake of science


In a letter to the Editor of The Economist entitled "For the sake of science" Professor Brian Stramer of King´s College London complained about Britain´s new obsession with Advanced Research Projects Agency and the projects that give a payout to the economy. On it, he remembers the words of the Nobel Laureate Ramón y Cajal about the unhealthy preoccupation with applied research: "An extreme focus on short-term gain will in the long-run risk severing the mysterious threads that connect ideas to applications"

PS -  Also on Ramón y Cajal see its interesting book "Advice for a Young Investigator"  especially on page 149 that starts with "Many scholars are accustomed to adding their own names to the first papers of their students..." that is most important in the context recently mentioned in here https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/03/camille-nous-gosth-french-researcher.html


segunda-feira, 22 de março de 2021

Institutos Politécnicos - Esterilidade e irrelevância científica




Tendo no post acima divulgado quais os Institutos Politécnicos que são mais ou menos estéreis em termos de produção científica, ou aqueles que produzem mais artigos com algumas dezenas de citações, entendo agora importante divulgar quais são aqueles mais ou menos irrelevantes, leia-se que possuem uma maior (ou menor) percentagem de publicações indexadas na base Scopus, produzidas durante o quinquénio 2016-2020, que nunca receberam uma única miserável citação. 

IPLeiria............25% de publicações indexadas não citadas
IPBragança.....25%
IPSantarém.....28%
IPLisboa..........31%
IPPortalegre....30%
IPGuarda........33%
IPBeja.............34%
IPC.Branco.....36%
IPViseu............37%
IPV.Castelo.....38%
IPCoimbra.......38%
IPTomar...........39%
IPCA................41%
IPSetúbal.........42%

Obs - Não foi possível calcular o resultado do Pol. do Porto porque a Scopus só permite a visualização das primeiras 2000 publicações mais citadas

PS – Ainda sobre publicações que nunca receberam uma única citação, abaixo percentagens de alguns investigadores Portugueses:

Manuel Heitor.....................12% de artigos não citados publicados em revista indexada

Sobrinho Simões.................9%
Elvira Fortunato...................6%
Nuno Peres.........................6%
João Hespanha...................3%
Miguel Seabra.....................2%
Pacheco-Torgal...................1.4%
Miguel Bastos Araújo..........1.1%
Caetano Reis e Sousa........0.8%


Meike Stoverock__"The Beginning and the End of the Male Civilization"

"Stoverock proposes that our modern society, its structures of marriage, private property, religion and capitalism is actually a civilization made by men and for men, its main design purpose was to oppress and control women, specifically their basic evolutionary drive of female choice. In all animal species, Stoverock says, it is the females who chose males, while the males are driven to mate with as many females as possible...Stoverock proposes how to reform our society...her proposal is to return to a female choice world where women select few men for mating while the larger rest goes around without ever having sex at all..."https://forbetterscience.com/2021/03/18/female-choice-by-meike-stoverock-book-review/

On the subject, above i have only one question, has Meike Stoverock heard of the mating habits of the Tasmania devil ? 


domingo, 21 de março de 2021

O conhecido editor que adora o deputado Ventura


O conhecido editor da Gradiva, Guilherme Valente, tem dedicado as suas crónicas no semanário Sol (agora Nascer do Sol) a defender o deputado Ventura chegando inclusive a prognosticar (o que não abona à sua inteligência) que nas próximas eleições legislativas o partido CHEGA conseguirá ter 46 deputados !!!

Quando não está a defender o deputado Ventura o referido editor dedica-se a defender causas ainda mais indefensáveis, como sucedeu ontem, quando defendeu aquilo que a China tem feito relativamente à minoria Uyghur, alegando que aquele país é a última possibilidade de resistência contra o Islamismo, que ele associa de forma quase automática ao terrorismo, que é quase o mesmo que associar automaticamente todos os cristãos à pedofilia pela simples razão que há muitos padres cristãos que são pedófilos. 

Trata-se curiosamente da mesma alienada e reducionista "filosofia" dos terroristas islâmicos quando dizem que todos os Ocidentais merecem a morte porque são todos cristãos ou tem antepassados que o foram ou porque vivem em pecado, simplesmente porque a educação Ocidental é um pecado e alargando essa "classificação" aos próprios muçulmanos que vivem na Europa https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/03932729.2020.1712136?journalCode=rspe20

PS - As posições do Editor Guilherme Valente são tanto mais estranhas pelo facto de ele ser diplomado em filosofia, o que faria pressupor que tivesse uma formação humanista superior ao comum dos mortais. Porém algo de estranho se deve passar nos cursos de filosofia deste país porque há um outro conhecido diplomado em filosofia, Presidente da associação Prótoiro, que afirmou que "O espetáculo tauromáquico não traduz violência, é pedagógico e recomendável, é extremamente didático porque ensina às crianças a forma de estar na vida." 

Resposta do Ex-Bastonário da Ordem dos Engenheiros ao infeliz Presidente da ANA, que mais valia nem sequer ter nascido

 

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/03/os-lucros-do-comercio-de-escravos-luso.html

Ainda na sequência do post acima segue abaixo o link para o artigo em que o  Ex-Bastonário da Ordem dos Engenheiros, o Engenheiro Matias Ramos, responde no jornal Público às anteriores quase injuriosas declarações do mal educado Presidente da ANA, o Sr. Dr. José Luís Arnaut https://www.publico.pt/2021/03/20/opiniao/opiniao/afirmacoes-presidente-ana-rocam-injuria-1955195 

Contudo devo dizer que não concordo com a forma como o Ex-Bastonário da Ordem dos Engenheiros, talvez por um excesso de boa educação, concluiu o seu artigo, comentando o facto do Sr. Dr. José Luís Arnaut se ter furtado a um debate, como sendo um sinal de insegurança. 

No meu diccionário isso tem um nome bem diferente, chama-se cobardia e sobre cobardia é pertinente recordar uma citação do mais famoso poeta Alemão, Johann Wolfgang von Goethe, segundo qual quem perdeu a coragem perdeu tudo

E quem perdeu tudo não passa de um pobre coitado, porque por mais que tenha ou venha ainda a ter no futuro nunca nada lhe chegará para encher um vazio de dimensões gargantuescas, significando isso que o inútil Dr. Arnaut é apenas merecedor de pena, já que como também escreveu Goethe no final da referida citação, mais valia que nem sequer tivesse nascido. 

sábado, 20 de março de 2021

Conselheiro de Estado denuncia perseguições e extorsão de rede maçónica de políticos e magistrados



A recente denúncia no link acima parece chocante mas na verdade só pode causar admiração aos ingénuos ou aqueles que andam muito distraídos, quer sobre as perturbadoras declarações do ex-juiz Costa Pimenta, quer sobre o elevado número de magistrados maçons, mas principalmente sobre a estranha presença do pessoal do avental nos serviços de espionagem Portugueses e do cruzamento desses factos com um artigo publicado há três anos, na revista Sábado, onde se afirmou que os serviços de espionagem Portugueses são utilizados pelo poder politico "como uma matilha pronta para atacar inimigoshttps://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/os-servicos-de-espionagem-portugueses-e.html e já depois disso num editorial de Fevereiro de 2020, onde o Director da mesma revista escreveu acerca de juízes, entendeu então ser oportuno relembrar, talvez para que dessa forma se tente evitar que suceda em Portugal aquilo que ocorreu na Itália, o caso da desgraçadamente famosa loja maçonica P2, que esteve implicada em inúmeros crimes, desde a falência de bancos, crimes de corrupção e até mesmo crimes de sangue.

O Ministro catedrático especialista em propaganda de baixa qualidade


O semanário Expresso cumprindo um papel que lhe é bastante conhecido de fazer publicidade às politicas da Geringonça, talvez como contrapartida pelos vários milhões de euros que este Governo obrigou os contribuintes deste país a pagar ao Grupo do Dr. Pinto Balsemão resolveu dedicar as suas duas páginas centrais do último caderno principal a divulgar rasgados e acriticos elogios aos "Laboratórios Associados", numa peça de pura propaganda politica onde nem sequer faltou o próprio Ministro Valsassina Heitor a elogiar-se a si próprio e à sua brilhante estratégia que consiste basicamente em despejar dinheiro sobre problemas para que eles se auto-resolvam de forma milagrosa. Só ficou a faltar que ele tivesse aproveitado para declamar aquela famosa canção dos Xutos e Pontapés, onde se canta "Eu cá sou muito bom... bom, bom, bom...sou o maior  https://www.letras.mus.br/xutos-e-pontapes/259756/

Os factos são porém muito diferentes da delirante realidade cor de rosa vendida pelo Expresso. Sobre Laboratórios Associados não me irei alongar nos comentários porque já anteriormente os fiz aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/09/ciencia.html a única coisa que na altura ficou por dizer é que nalgumas dessas unidades o excesso de dinheiro é de tal ordem que até lhes permite que gastem milhões em Article Processing Charges em revistas de aceitação garantida https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/11/um-cientista-de-etica-muito-rasteira-e_2.html  e isso ao mesmo tempo que há investigadores de reconhecido mérito a quem não resta outro caminho senão irem enriquecer outros países como recentemente se deu conta aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/03/quando-estar-desempregado-e-uma-medalha.html 

Para se perceber melhor a aberração supracitada atente-se nas percentagens abaixo, das candidaturas seleccionadas para financiamento em diferentes concursos:
Concurso de Laboratórios Associados.................89%
última Call de projectos de investigação...............9%
Concurso CEEC para investigadores....................8%
que demonstra claramente que o recente concurso de candidaturas para Laboratórios Associados foi afinal um exercício muito pouco selectivo, quando na verdade devia ser o mais exigente de todos os concursos.  E como prova inequívoca daquilo que foi o baixo rigor da avaliação que levou à renovação do estatuto a todos (!) os laboratórios Associados existentes (e ainda a mais alguns), basta lembrar que o famoso laboratório Associado, do qual faz parte o Sr. Reitor da Universidade de Lisboa, recebeu criticas muito incisivas dos avaliadores que apontaram o dedo ao facto de muitos investigadores nessa unidade produzirem muito pouco e não haver qualquer estratégia para o aumento da produtividade dos mesmos mas mesmo assim recebeu uma elevada classificação, o que se percebe bem pelo autêntico regabofe de Excelentes e Muito Bons que caracterizaram a avaliação e que representam quase 80% dos investigadores. Sendo muito provável que na próxima avaliação esse número chegue aos 100%, apesar da ciência Portuguesa andar há décadas a patinar abaixo da ciência da Grécia. 

A academia Portuguesa já era desgraçadamente conhecida por possuir um padrão terceiro mundista de viciação de concursos docentes por conta do qual se contratam de forma despudorada familiares, amigos e conhecidos (da politica ou da maçonaria), e agora que os laboratórios associados também vão passar a poder contratar, para posições por tempo indeterminado, é absolutamente evidente que aquilo que de muito mau já se passava na carreira académica se irá repetir no campo da investigação, como aliás já se tinha percebido aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/11/a-ciencia-portuguesa-nao-necessita-de.html O resultado prático das politicas do Ministro Valsassina Heitor é que se agora estamos atrás da Grécia, daqui a uns anos depois de muitos milhões de euros terem sido desperdiçados a financiar unidades pouco competitivas e a contratar amigos e conhecidos, será o de Portugal ficar abaixo de países como o Chipre (como se percebe aqui) ou inclusive abaixo de países como a Turquia, o Irão ou até mesmo o Paquistão, como se percebe aqui 

PS - Fazendo jus à sua fama de produzir artigos com meias verdades (e até mentiras) o artigo do Expresso acima citado afirma que "os laboratórios associados recebem um financiamento adicional da FCT e em troca assumem dois compromissos...Um implica integrar numa carreira científica pelo menos 10% dos doutorados...O segundo objectivo é desenvolver actividades relacionadas com politicas públicas". A afirmação é contudo muito pouco rigorosa porque estranhamente esquece o terceiro compromisso que passa pela "capacidade de diversificar as fontes de financiamento do Laboratório e de aumentar a atração de financiamento da União Europeia ou de outras entidades internacionais..". Um esquecimento que é tanto mais suspeito tento em conta que existe um fraco histórico nessa área, que é tanto mais inadmissível nas unidades melhor classificadas, que nem sequer foram capazes de submeter um mínimo de candidaturas ás bolsas milionárias da ERC como se deu conta aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/02/sera-que-os-investigadores-portugueses.html 



sexta-feira, 19 de março de 2021

Os lucros do comércio de escravos Luso-Brasileiro e os insultos do Presidente da ANA ao ex-Bastonário da OE

 

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/the-trajectory-of-great-slave-trader-of.html

Ainda na sequência do post acima é positivo constatar que há na Academia quem se preocupe com o tema do enriquecimento de algumas poucas famílias Portuguesas, no tráfico de escravos. 

É pena porém que isso não ocorra na Academia Portuguesa mas no International Institute of Social History em Amesterdão. Vide artigo publicado há poucas semanas, acessível no link abaixo com o sugestivo título "The profits of the Portuguese–Brazilian transatlantic slave tradehttps://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/0144039X.2020.1860466

Ainda sobre escravatura, desta vez dos desgraçados contribuintes Portugueses, ontem, num artigo canalha, em que foi insultado e injuriado o antigo Bastonário da Ordem dos Engenheiros (declarações essas que a referida Ordem já repudiou de forma bastante clara
https://www.ordemengenheiros.pt/pt/atualidade/noticias/ordem-dos-engenheiros-repudia-declaracoes-do-presidente-da-ana/por um advogado de nome José Luís Arnault, Presidente da ANA (que no passado ganhou direito a ser serviçal na famosa Goldman Sachs, a tal de má fama que ainda há pouco tempo aceitou pagar 3 mil milhões de dólares para se safar de um processo por corrupção e também o direito a ouvir as pérolas da sabedoria que proferem em Bilderberg) que sem qualquer vergonha aproveitou também para reclamar ajudas financeiras do Estado Português e irónicamente logo para a mesma ANA que alguns dizem ter sido sem qualquer dúvida a pior privatização levada a cabo durante o Governo do Passos Coelho, atenta a sua anormalmente elevada taxa de rentabilidade. https://expresso.pt/economia/2018-10-03-Estado-processado-em-Bruxelas-por-lucros-excessivos-da-ANA-Aeroportos 

PS - Eu sinceramente não sei quem são as empresas que efectivamente merecem ser apoiadas com os impostos dos contribuintes, mas sei que aquelas que o forem devem ser impedidas de continuar a pagar dezenas de milhares de euros mensais aos seus Administradores, era só o que mais faltava que os contribuintes Portugueses fossem obrigados a ajudar a suportar o excessivo salário do insuportável José Luís Arnaut ! 

quarta-feira, 17 de março de 2021

The ghost French researcher with nearly 200 papers


"Noûs has been an author on 180 journal papers, in fields as disparate as astrophysics, molecular biology, and ecology, and is racking up citations. But Noûs is not a real person...."

See in the link above a most interesting article published yesterday on Science. Publishers should not only remove the name of the aforementioned fictional scientist but remove also the name of those super-scientists like Didier Raoult from the papers where they didn’t have any meaningful contribution  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/03/how-many-papers-can-superscientist.html 

Of course if Publishers cowardly fail to retract the papers of super-scientists (or at least to remove their name) then they have no reason whatsoever to act differently in what concerns the papers of the ghost French researcher Camille Noûs. Once and for all, Publishers need to stop protecting super-scientists because they are more damaging to science than ghost scientists. At least  Camille Noûs never force anyone to add their name on any paper. 


terça-feira, 16 de março de 2021

Empresas que castigam os trabalhadores por fazerem greve (e por terem a ousadia de usar o WC)


O jornal Público noticiou recentemente que os tribunais Portugueses condenaram uma empresa porque aquela aplicou uma repreensão escrita a um trabalhador (dirigente sindical) porque ele fez greve no dia 25 de Abril, sob o pretexto de que tinha obrigação de avisar com antecedência a fábrica da sua intenção de fazer greve, algo que os tribunais desconsideraram porque dizem "Não constitui dever nem obrigação do trabalhador comunicar à entidade patronal a intenção de fazer greve”. 

A parte intrigante é que o trabalhador em questão disse que no passado já faltou para fazer greve sem lhe terem levantado nenhum processo e que ele até tinha avisado antecipadamente que ia faltar. Será que esta nova atitude, da referida empresa (e de uma outra também referida no artigo do Público) se ficará a dever ao facto dos dirigentes das mesmas terem visto (e terem ficado com ideias) um filme que passou na Netflix há não muito tempo (e comentado no passado fim de semana na secção de Economia do Expresso)  https://www.netflix.com/pt/title/81090071 sobre um empresário Chinês que comprou uma fábrica Americana, de produção de viaturas, mas que colocou como condição não haver sindicatos na empresa ? 

E quanto tempo faltará até que algum empresário Português, também inspirado por exemplos Americanos, tente obrigar os seus trabalhadores a usarem fraldas para não perderem tempo em idas ao WC ? https://www.abc.net.au/news/2016-05-13/poultry-workers-forced-to-wear-adult-nappies-oxfam/7412780