terça-feira, 16 de março de 2021

Empresas que castigam os trabalhadores por fazerem greve (e por terem a ousadia de usar o WC)


O jornal Público noticiou recentemente que os tribunais Portugueses condenaram uma empresa porque aquela aplicou uma repreensão escrita a um trabalhador (dirigente sindical) porque ele fez greve no dia 25 de Abril, sob o pretexto de que tinha obrigação de avisar com antecedência a fábrica da sua intenção de fazer greve, algo que os tribunais desconsideraram porque dizem "Não constitui dever nem obrigação do trabalhador comunicar à entidade patronal a intenção de fazer greve”. 

A parte intrigante é que o trabalhador em questão disse que no passado já faltou para fazer greve sem lhe terem levantado nenhum processo e que ele até tinha avisado antecipadamente que ia faltar. Será que esta nova atitude, da referida empresa (e de uma outra também referida no artigo do Público) se ficará a dever ao facto dos dirigentes das mesmas terem visto (e terem ficado com ideias) um filme que passou na Netflix há não muito tempo (e comentado no passado fim de semana na secção de Economia do Expresso)  https://www.netflix.com/pt/title/81090071 sobre um empresário Chinês que comprou uma fábrica Americana, de produção de viaturas, mas que colocou como condição não haver sindicatos na empresa ? 

E quanto tempo faltará até que algum empresário Português, também inspirado por exemplos Americanos, tente obrigar os seus trabalhadores a usarem fraldas para não perderem tempo em idas ao WC ? https://www.abc.net.au/news/2016-05-13/poultry-workers-forced-to-wear-adult-nappies-oxfam/7412780