sábado, 6 de fevereiro de 2021

Mais uma ideia brilhante deste Governo__lançar um novo imposto sobre os mais pobres e desesperados



O conhecido Luís Aguiar-Conraria escreveu ontem no Expresso que este Governo teve uma ideia "brilhante" para financiar a cultura, que passa pela criação de um novo imposto sobre o jogo das raspadinhas, que ele apelidou de imposto sobre os mais pobres e desesperados, pois que são precisamente os mais pobres e desesperados que mais gastam nesse vicio, o que significa assim que a cultura Portuguesa vai passar a ser financiada precisamente por aqueles que menos dela usufruem. Cita inclusive um artigo científico que refere um aumento do vicio do jogo por conta do Covid-19 e também uma carta publicada na revista internacional  "The Lancet- Psychiatry" onde se refere que os gastos em raspadinhas estão a crescer exponencialmente e de como este vicio está a destruir muitas familias. O que a meu ver não deixa de ser paradoxal pelo facto dessa ser uma rápida forma de aumentar o número daqueles que votam no partido Chega, apetecendo por isso dizer que este Governo mostra assim também que está "agarrado" ao vicio do jogo, já que não se importa de colocar de forma suicida o futuro deste país no resultado de alto risco de um jogo de roleta Russa. 

Por uma estranha coincidência hoje o jornal Público revela que o fisco foi perguntar, com toda a delicadeza possível, aqueles milhares de milionários Portugueses que tinham milhões em off-shores, mais precisamente 6 mil milhões de euros (e que os lavaram por conta do programa RERT) o motivo para isso e por entre as várias  "justificações" que recebeu houve alguns Portugueses cínicos que disseram que nem sequer sabiam porque tinham milhões em off-shores.  https://www.publico.pt/2021/02/06/economia/noticia/amnistias-fiscais-desvendam-6000-milhoes-ocultados-3600-contribuintes-1949563 

Faz por isso todo o sentido perguntar, se um tribunal Alemão sentenciou que a fuga ao fisco acima de 1 milhão de euros é coisa suficientemente grave para merecer cadeia (e não amnistias fiscais como é praxe em Portugal) e se no Chile houve um tribunal da Relação que se cagou para uma lei, aprovada com uma larga maioria de quase 80% no Parlamento daquele país (111 votos contra 29) que tinha garantido imunidade criminal vitalicia ao Sr. Pinochet (no que foi depois apoiado pelo supremo tribunal daquele país), porque será que não pode igualmente um tribunal em Portugal cagar na lei que aprovou o criminoso regime RERT, obrigando a que esses milionários Portugueses paguem a totalidade dos impostos que são devidos (sob pena de cadeia), para dessa forma se poder financiar a cultura (e muitas outras áreas) com impostos sobre ricos e não sobre pobres e desesperados ? 

E se não houver coragem para isso (porque a cobardia Portuguesa é muito conhecida, inclusive no país vizinho) então no mínimo dos mínimos que esses Portugueses passem a ter uma cartão de cidadão com uma cor especial que os distinga dos restantes, cor de merda !