quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Despejar lixo radioactivo no mar


Ainda na sequência da decisão do Japão de despejar um milhão de toneladas de água radioactiva no mar https://forum.bolseiros.org/viewtopic.php?f=8&t=9596&p=43552#p43552
importa não esquecer que bem mais perto de nós também o Reino Unido têm ideias do mesmo calibre https://theferret.scot/nuclear-submarines-dump-scotland/ 
E isto é apenas aquilo que se sabe pois como é evidente por exemplo um país como a Rússia, rico em lixos radioactivos, deverá fazer o mesmo mas com muito menos mediatização porque naquele país os jornalistas tem uma baixa esperança de vida https://www.occrp.org/en/27-ccwatch/cc-watch-briefs/10159-russia-persecution-of-journalists-continues

Incapacidade de antecipar o futuro ou vontade de desperdiçar dinheiros públicos ?


Pode um país de cuja pobreza o próprio Presidente da República se envergonha https://www.dn.pt/portugal/interior/marcelo-expressa-vergonha-pela-pobreza-e-pede-estrategia-nacional-com-urgencia-9205243.html dar-se ao luxo de gastar dezenas de milhões de euros em incompreensíveis e efémeras operações de alimentação de praias ? https://forum.bolseiros.org/viewtopic.php?f=8&t=9521&p=43453#p43453 

Não seria normal esperar que quando se gastam dezenas de milhões de euros em “obras públicas” estas tivessem uma duração de dezenas de anos e não apenas alguns poucos ?  Haverá algum diferença entre isto e o que fizeram aqueles gestores de empresas públicas que contrataram swaps que se traduziram em perdas de mais de mil milhões de euros ?

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

IPCC reports Oceans are rising faster…the problem is that this is an exceedingly optimistic position



Most, unfortunately, the recent article in the link above does not say a single word about what Ian Dunlop and David Spratt have found:  “IPCC reports tend toward reticence and caution, erring on the side of “least drama”, and downplaying the more extreme and more damaging outcomes.”
Spratt, D. and Dunlop, I., 2018. What lies beneath: the understatement of existential climate risk. Published by Breakthrough, National Centre for Climate Restoration, Melbourne, Australia.

Its obvious that IPCC are facing pressure from Governments to avoid releasing projections that may induce panic because panic is bad for business but since the duty of academia is not to political agendas but only to the truth https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/09/the-responsibility-of-intellectuals-to.html its understandable why just one month ago a Professor of Physics at the University of Oxford authored a paper where one can read the following:
 “Let’s get this on the table right away, without mincing words. With regard to the climate crisis, yes, it’s time to panic”
Pierrehumbert, R., 2019. There is no Plan B for dealing with the climate crisis. Bulletin of the Atomic Scientists, pp.1-7.

O dinheiro não cheira mal ?


Vai grande polémica numa das principais universidades Norte-Americanas da Ivy League, o MIT, por conta dos donativos recebidos do pedófilo J.Epstein, colocando-se a questão de se saber de quem é que podem as universidades afinal aceitar donativos https://www.technologyreview.com/s/614332/mits-ties-to-jeffrey-epstein-demand-a-new-reckoning-over-research-funding/

Em 2015 fui autor de um pequeno texto, que mencionava o princípio do “fruto da árvore proibida” que me parece ser um principio adequado para tentar resolver o imbróglio. Assim as universidades devem rejeitar donativos contaminados, isto é dinheiro de criminosos como o Sr. Epstein, de ditadores ou obtido através da prática de crimes. 

É claro que se uma empresa tem uma actuação ambientalmente criminosa então as universidades também não deveriam em princípio aceitar donativos destas porém muitas delas, principalmente universidades privadas, entre sobreviverem ou viverem de acordo com elevados princípios preferem de longe a primeira. 

The Responsibility of Intellectuals to speak the truth to power and to expose lies


https://www.jstor.org/stable/j.ctv9b2xdv
  
The link above directs you to a recently published open-access book from University College London Press, which delves into the enduring significance of Noam Chomsky’s seminal 1967 essay. titled "The Responsibility of Intellectualshttps://chomsky.info/19670223/ This publication is especially timely and relevant when considered alongside contemporary discussions surrounding the societal role of academics, as exemplified by the Nature editorial titled 'Scientists must rise above politics — and restate their value to societyhttps://www.nature.com/articles/d41586-019-02379-w

It is crucial to acknowledge, however, that the principle of academic independence as a cornerstone of democracy is not a new idea. Former U.S. President Thomas Jefferson famously asserted that one of the primary purposes of the academy was to engage in independent critique of institutions such as the church and state. His vision for academia was to serve as a mechanism to 'unmask their usurpation, and monopolies of honors, wealth, and power.' This powerful sentiment resonates today and has been thoughtfully referenced in J.K. Brownlee’s doctoral dissertation: Brownlee, J. K. (2014) Irreconcilable differences: The corporatization of Canadian universities (Doctoral dissertation, Carleton University.

Consequências da vergonhosa reforma penal do "Governo" do Sr. Sócrates


Sobre o tal individuo que há pouco tempo matou e violou uma freira e que já antes disso tinha violado outras duas mulheres (crimes por conta dos quais apanhou penas simbólicas) sendo que relativamente a uma delas, de nacionalidade estrangeira, se valeu de apertar o pescoço a um bebê para que a mãe do mesmo não dificultasse a violação, convém recordar as palavras do Presidente da Associação Sindical dos Juízes que em 2018 denunciou a reforma penal levada a cabo durante o Governo de José Sócrates que aligeirou as penas a indivíduos deste calibre e a muitos outros do mesmo clube:
“Só para se ter uma noção dos crimes graves que passaram a admitir pena suspensa, eis alguns exemplos: tentativa de homicídio, violência doméstica com morte da vítima, violação, tráfico de pessoas, escravidão, rapto com tortura, abuso sexual de criança com cópula, lenocínio com menores até 14 anos de idade, roubo violento com arma, tortura com electrochoques...”https://www.publico.pt/2019/03/13/sociedade/opiniao/onde-estao-nao-escondam-1865156

Relembre-se que por conta desta aberrante reforma penal só no ano de 2017 mais de 200 condenados por abuso sexual de crianças apanharam pena suspensa !  https://www.publico.pt/2019/03/25/sociedade/noticia/apenas-terco-abusadores-criancas-vai-parar-cadeia-condenados-1866647 e isto no mesmo país onde uma bolseira que cumpre 3 anos de pena efectiva de cadeia por injúrias e difamação, crimes terrivelmente perversos e capazes de abalar as fundações do Estado. 

Talvez vá por isso já vá sendo tempo de se mandar a vergonhosa reforma penal do Governo do Sr. Sócrates para o caixote do lixo e de se agravar as penas principalmente para criminosos sexuais com a mesma moldura dos nossos vizinhos (compare-se a pena suspensa que receberam os dois Portugueses que abusaram de uma mulher embriagada na casa de banho de uma discoteca do Norte do país com os 22 anos e dez meses que o Ministério Público Espanhol pediu para cada um dos envolvidos no famoso caso La Manada) e inclusive de se copiar o modelo de prisão permanente renovável que utilizam ali ao lado na vizinha Espanha https://www.elmundo.es/espana/2015/01/21/54bfba1222601d0f618b457b.html pois que a filosofia penal Portuguesa que sonha com maravilhosas cadeias ressocializadoras já mostrou que é apenas uma utopia absolutamente ineficaz sendo que é tão ou mais importante que a República se comece a preocupar muito mais com as vitimas, dessa forma olhando para a estadia prisional como uma forma de dar paz as essas mesmas vitimas e assim contribuindo para que elas voltem a confiar no Estado que não foi capaz de as proteger.

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Paulo Portas, o cientista, faz importante comunicação ao país


O famoso Paulo Portas, aquele do Jaguar e daquela universidade que dava Jaguares a granel https://www.publico.pt/2002/06/04/sociedade/noticia/direccao-da-moderna-deu-jaguar-a-exgestor-pelo-seu-bom-trabalho-148897  o mesmo Paulo Portas que garantiu que nada havia no passado do Sr. Bolsonaro que fosse "éticamente reprovável" (nem sequer mesmo o desejo de mandar matar 30.000 pessoas, começando pelo antigo Presidente FHC), acaba de informar publicamente o Reitor da Universidade de Coimbra via TVI, https://www.facebook.com/tvi24/videos/525679098267515/?t=1 que os cientistas do CDS há muito que sabem que as vacas são sumidouros de carbono e que a táctica do CDS para combater as alterações climáticas passa pela construção de fábricas de inseminação artificial, uma por cada concelho deste país, capazes de produzirem em tempo recorde aproximadamente 100 milhões de vacas, para que Portugal possa assim muito mais facilmente atingir a neutralidade carbónica em 2050 por um custo muitíssimo inferior ao daquele astronómico que aparece no RNC2050 https://descarbonizar2050.pt/

Luís Aguiar-Conraria: Acabar com o IRS


“John Cochrane, professor na Universidade de Chicago, fez uma sugestão que poderá responder a esta crítica. Imaginem que, em vez de se taxar o rendimento, apenas se cobram impostos sobre o consumo a uma taxa única de, por exemplo, 50%. Em contrapartida, para os primeiros 10.000€ gastos, o governo reembolsa todos os impostos pagos pelo contribuinte, pelo que, na verdade, a taxa de imposto efectiva é zero. Nos 20.000€ seguintes, o governo devolve quatro quintos dos impostos pagos, pelo que, na realidade, a taxa de imposto é de 10%. De seguida, devolve três quintos do imposto pago (a que corresponde uma taxa de 20%) e assim sucessivamente. Naturalmente para despesas acima de um determinado nível, por exemplo 100.000€, já não há lugar a qualquer devolução de imposto, pelo que a taxa efectivamente paga seria de 50%” https://observador.pt/opiniao/e-se-pagar-50-de-iva-fosse-uma-boa-ideia/


O artigo do Luís Aguiar-Conraria, acima, que analisou a eliminação do imposto sobre o rendimento do trabalho (IRS), substituindo-o por impostos sobre o consumo progressivos
ganha especial importância a partir do momento que Portugal começou a receber multimilionários que pagam apenas 20% de IRS, que é uma percentagem menor do que paga por exemplo um enfermeiro ou um professor do secundário, e o pior é que quando esses multimilionários se reformarem irão pagar zero, como por exemplo este brasileiro https://eco.sapo.pt/2019/05/21/portugal-e-a-nova-miami-para-brasileiros-ricos-diz-a-bloomberg/ ou seja só através de impostos sobre o consumo poderão contribuir de forma substancial para o Orçamento de Estado.

Esta situação é agravada pelo facto do Governo do PSD/CDS do Dr. Durão Barroso, ter eliminado em 2003 o imposto sobre sucessões e doações https://causa-nossa.blogspot.com/2005/05/repor-justia-fiscal.html e estranho é que o actual Governo da Gerinçonca não tenha tido coragem para o repor pois que como escreve o catedrático jubilado Vital Moreira:
“o imposto sobre sucessões e doações de valor elevado é o imposto mais justo que existe... por se tratar de riqueza não criada pelos beneficiários” 

sendo na minha opinião particularmente bizarro que o mesmo exista em países ricos como o Reino Unido https://www.gov.uk/inheritance-tax ou a Alemanha país onde se aplica uma percentagem de 50% para patrimónios acima de 13 milhões de euros para os beneficiários no terceiro escalão https://germaninheritance.com/2018/04/03/estate-taxes-and-inheritance-taxes-under-german-law/ e inexista por estas bandas, ao mesmo tempo que os rendimentos do trabalho são tratados como luxos que importa taxar fortemente, excepto claro se forem de multimilionários estrangeiros.

O historiador e o professor/comentador das “crónicas de sarjeta”


Resposta do primeiro ao segundo no link acima publicada no Expresso este fim de semana. Recordo que há 5 anos atrás já um conhecido magistrado aposentado tinha comentado em moldes muito mais ácidos uma certa "crónica de sarjeta" do mesmo professor/comentador avençado do grupo do Dr. Balsemão
trata-se do mesmo professor/comentador que tendo a sua primeira publicação indexada em 2002, nos últimos 17 anos produziu mais 5 (cinco), o que em média mostra que ele precisa de aproximadamente três anos para produzir uma única publicação indexada. Deve por certo gastar muito tempo no comentariado e não lhe sobra assim para a investigação e publicação que de acordo com o ECDU é o primeiro dever da carreira académica antes mesmo da actividade lectiva. E isto ao mesmo tempo que há muitos doutorados na área dele e com uma produção científica muito superior mas que estão desempregados. 

2019 paper by two German researchers: "income inequality results in more domestic terrorism"



Paper in the link above by two German authors (Kriege & Meierrieks, 2019) who studied the effect of income inequality on terrorism for a sample of 113 countries. 

In this context it's worth remembering that in 2014 Eric Schmidt & Jared Cohen (when they were respectively the Chairman of Google and the Director of Google Ideas) wrote a book entitled “The New Digital Age: Transforming Nations, Businesses, and Our Lives”. 

On it, they recall the fact that the world has hundreds of millions of young people living in miserable conditions that can easily be radicalized to engage in terrorist actions. They also quote the words of US General Stanley McChrystal (pictured above) to the German magazine Der Spiegel, when he said that what will defeat terrorism is not military actions but basically two things: the Rule of Law and basic living conditions like education and jobs.

PS - Also on this issue see the statement of a German deputy who wrote: 
"wealth inequalities are as immoral as they are grotesque". in the report "Sustainable Equality-2019-2024". https://www.progressivesociety.eu/publication/report-independent-commission-sustainable-equality-2019-2024