terça-feira, 10 de novembro de 2020

Em Portugal as mentiras nos currículos académicos não são criminalizadas para favorecer os políticos ?

         


Entre os culpados da ciência Portuguesa estar pior do que a do Chipre (vide post acima) incluem-se não só o tal "nepotismo movido a favores" de que falou o Director do jornal Público (e que um magistrado aposentado no inicio deste ano comentou de forma mais contundente aqui) mas incluem-se também, obviamente, todos os professores que ganharam concursos com currículos contendo mentiras. 

Nesse contexto convém lembrar que o último número da revista Visão, achou boa ideia dedicar a sua atenção ao caso daquela Professora da Universidade da Madeira (foto acima) em artigo de título muito esclarecedor "Ex-eurodeputada do PS acusada de mentir no currículo"  tema esse que neste blog foi comentado em post de 17 de Outubro,  quando se ficou a saber que o Ministério Público mandou arquivar uma queixa, com a incrível justificação de que mentir no currículo não constitui um crime em Portugal https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/10/professores-universitarios-podem-mentir.html

O que a revista Visão não fez e devia ter feito era ter ido perguntar a alguns Penalistas qual a suprema razão porque não existe no Código Penal Português, rigorosamente nada, para criminalizar as mentiras nos currículos académicos, submetidos a concursos públicos ? Será que esta foi a forma, que os políticos arranjaram para se proteger, já que como estão tão habituados a mentir não conseguem fazer um currículo sem mentiras ?

PS - Nos países a sério, mentir no currículo, é crime, como sucede por exemplo no Reino Unido com o Fraud Act 2006,  ou como sucedeu na Austrália no caso de uma senhora condenada a uma pena efectiva de um ano de cadeia https://www.abc.net.au/news/2019-12-03/veronica-theriault-gets-12-months-jail-for-lying-to-get-job/11761316 mas é claro que nesses países não é a gatunagem que manda e desmanda, como já tinha comentado o famoso Medina Carreira, naquela entrevista,  https://www.youtube.com/watch?v=EzDAoHJ5NHs que já foi visualizada mais de 100.000 vezes e como também já tinha sido comentado aqui  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/09/o-bilionario-portugues-e-o-parlamento.html  

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Engenharia Civil__Qual a percentagem de auto-citações dos SHCS Portugueses no ranking Stanford 2020 ?

  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/11/engenharia-civil-em-portugalranking.html

Ainda na sequência do post acima segue a abaixo a percentagem de auto-citações dos Scopus Highly Cited Scientists da área da engenharia civil: 

Rodrigo Gonçalves......UNova............49.64%
D. Camotim.................ULisboa..........44.10%
Jorge de Brito.............ULisboa...........27.4%
Joaquim Barros...........UMinho..........26.83%
L.Simões da Silva.......UCoimbra.......25.82%
Paulo B. Lourenço......UMinho...........23.6 %
Álvaro Cunha..............UPorto............22.57%
J.R. Correia.................ULisboa..........22.25%
F.Pacheco Torgal........UMinho............9.97%

PS - A título de comparação, o catedrático de engenharia civil melhor classificado neste ranking na posição 367, Zdenek Bazant https://www.scopus.com/authid/detail.uri?authorId=35564759900 apresenta uma percentagem de auto-citações de 15.8%.



Ranking Stanford 2020__ Catedrático jubilado da UCoimbra é campeão da modéstia


Ainda na sequência do post acima listam-se abaixo os 20 Scopus Highly Cited Scientists (SHCS) Portugueses que possuem uma menor percentagem de auto-citações: 

Boaventura Sousa Santos (UCoimbra).............1.71%
José Luís Martins (ULisboa)..............................2.27%
Jorge Batista (UCoimbra)..................................2.94%
P. Verdelho (ULisboa)........................................3.09%
P.J. Costa (UPorto)............................................3.44%
Luís B. Almeida (ULisboa).................................4.19%
Nuno Peres (UMinho)........................................4.34%
J.Sobrinho (ULisboa).........................................4.61%
António Damásio (Southern California).............4.89%
P.J.Ferreira (ULisboa)........................................4.95%
Mário Figueiredo (ULisboa)................................5.03%
J.Peças Lopes (UPorto)......................................5.96%
M.M.Chaves (UNova).........................................7.19%
Caetano Reis e Sousa (Francis Crick Inst) .......7.35%
António Sarmento (UPorto)................................8.06%
Teresa Mata (UPorto).........................................8.15%
Maria Carmo-Fonseca (ULisboa).......................8.51%
Luís A. Alexandre (UBI).....................................8.63%
Rui Moreno (UNova)..........................................8.67%
Paulo Davim (UAveiro).......................................8.80%

Prémio Nobel excluído de um concurso para um lugar de professor catedrático numa Universidade Portuguesa


O que dizer do facto de nas Universidades Públicas Portuguesas, ter havido há pouco tempo, largas centenas de concursos, aos quais só puderam concorrer aqueles candidatos que já estivessem na "casa" há pelo menos 10 anos (que parece ser o tempo necessário para se adquirir o estatuto de mobíliário nobre), mesmo que o seu currículo fosse muitíssimo inferior ao de outros possíveis candidatos da mesma "casa", que lá estivessem há  6, 7, 8 ou 9 anos ou de "outras casas" e até mesmo à hipótese extrema de haver algum cientista galardoado com um prémio Nobel, que quissesse trabalhar numa universidade Portuguesa e que pelas referidas regras nem sequer poderia atrever-se a participar no concurso ? 

Será que isto é que é a legalização e cristalização da tal "burocracia cuidadosamente arquitetada para defender os interesses da mediocridade instalada" de que falou aquele conhecido cientista que ganhou o prémio Pessoa em 2018 (que agora no ranking Stanford 2020 é o cientista português com a segunda melhor classificação, o melhor classificado em termos absolutos é o conhecido catedrático António Damásio) ? 

E de que forma é que as bizarras e incompreensíveis regras de recrutamento de professores, que determinam que a idade é um posto, exactamente como sucede nos fossilizados e acéfalos regulamentos das praxes académicas, em instituições financiadas pelos impostos dos Portugueses, trarão algum beneficio ao futuro de Portugal e dos Portugueses ?

PS -  Compare-se a tal burocracia Portuguesa, acima descrita, com a forma como nos EUA selecionam professores em universidades de topo. Ou mesmo na Alemanha, vide descrição na secção II do artigo, pág 6, http://www.geaba.de/wp-content/uploads/2017/07/DP_17-22.pdf que é prova de um sistema de selecção extremamente competitivo, que não tem qualquer semelhança com aquilo que acontece no nosso pobre e endividado país. Não admira por isso que a Alemanha tenha 23 universidades no ranking das 100 mais inovadoras da Europa (ranking elaborado pela conhecida firma de nome Clarivate Analytics que é especialista em acertar em previsões de prémios Nobel), e onde até a Espanha tem 5 universidades, enquanto que Portugal tem zero e nos próximos anos vai continuar a ter zero. como bem se percebeu aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/08/foi-hoje-publicado-o-unico-ranking.html

domingo, 8 de novembro de 2020

Segadães Tavares__As 6 fases de um projecto



O jornal Sol publicou ontem uma entrevista ao conhecido projectista de estruturas, Segadães Tavares, para falar da pala do Pavilhão de Portugal e onde a certa altura aquele falou sobre as 6 fases de um projecto:
-Entusiamo
-Desilusão
-Pânico
-Procura dos culpados
-Condenação dos inocentes
-Pompa e honra para os não participantes

Tendo em conta que hoje uma noticia no Expresso, debruçou-se sobre um recente relatório do Eurostat e o resultado coloca Portugal nos primeiros lugares europeus por péssimas razões. https://expresso.pt/economia/2020-11-08-Classe-media-portuguesa-tem-das-piores-casas-da-Europa quem é que são os inocentes e quem é que são os culpados, pelo péssimo estado do parque habitacional Português, que pasme-se, até faz má figura quando comparado com o da Roménia ?

PS - A imagem no inicio deste post, relativa ao doutoramento Honoris Causa do mesmo Segadães Tavares, foi tirada daquele documento comentado no post https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/10/universidade-nova-de-lisboa-quem-nao.html


Os sacos pretos de uma rica instituição


A tal rica instituição, com milhões em depósitos bancários, que acumula lucros de ano para ano e onde os contribuintes Portugueses metem mais de um milhão de euros por ano (mesmo contra a decisão de um tribunal, vide link acima), e onde até já foram detectados  ″Indícios de violação grave dos Direitos Humanos″, corrupção e burla 
continua a dar que falar, pois hoje o jornal Público dá conta de um testemunho, sobre a directora da referida instituição, em termos muito pouco elogiosos e que mostra que os contribuintes Portugueses não só pagam muito como ainda por cima pagam um péssimo e vergonhoso serviço:
"A directora...chamava aos idosos ‘caquécticos’...Quando calhava morrer alguém, a reacção dela era...‘Há por aí sacos pretos para despachar a encomenda?"


PS2 - Quanto é que ganhará o ex-deputado Penedos que há 15 anos é Presidente da Assembleia Geral da referida rica instituição ?



Ranking Stanford 2020__Qual a universidade com menos culpas no facto de Portugal estar pior do que a Grécia e do que o Chipre ?

 


Ainda sobre o ranking comentado no post acima abaixo as universidades com o melhor rácio SHCS por docente ETI que são as que tem menos culpas no péssimo resultado de Portugal:

Universidade do Porto.........0.06

Universidade de Aveiro........0.05

Universidade de Lisboa........0.05



Universidade do Minho__Ranking Stanford 2020 (TOP 100.000)


Na sequência do post acima, sobre o tal ranking construído por cientistas da Universidade de Stanford, segue abaixo o nome dos investigadores da Universidade do Minho e a sua posição no referido ranking. Como é evidente não é possível fazer comparações entre investigadores de diferentes áreas científicas, pois há áreas onde as citações abundam e outras onde elas são mais escassas, vide artigo no link
Seja como for a elevada densidade de investigadores altamente citados na área da Engenharia Biológica é absolutamente evidente. 

9685..........Nuno Peres...................Física
32382........Paulo B. Lourenço........Engenharia Civil
36280........Artur Cavaco-Paulo......Engenharia Biológica
42574........Rui L. Reis....................Biomateriais
47696........Nuno Sousa..................Medicina
49872........Paulo Flores.................Engenharia Mecânica
56226........F.Pacheco Torgal..........Engenharia Civil
68969........Eliana Souto.................Engenharia Biológica
69397........Lígia Rodrigues............Engenharia Biológica
71916........Subhas Kundu..............Biomateriais
77228........Rosário Oliveira............Engenharia Biológica

Ao contrário do ranking de 2019, desta vez os autores incluíram também o nome de investigadores que não estão no Top 100.000, alegando que:
"include also scientists who are not in the top 100,000 according to the composite index but are nevertheless within the top 2% of scientists of their main subfield discipline"
cujo nome e posição se apresenta abaixo:

102013......Jorge Pacheco.............Matemática
105817......Vasco Teixeira..............Física
121815......Paulo Cortez................Sistemas de Informação
122552......José Teixeira................Engenharia Biológica
130305......Maria F. Assunção.......Educação
137153......Filipe S. Silva...............Engenharia Mecânica
137772......Manuela E. Gomes......Engenharia Biológica
139250......António Vicente............Engenharia Biológica
140930......Joaquim Barros............Engenharia Civil
142968......Madalena Alves............Engenharia Biológica
144560......António Salgado...........Medicina
148124......Eduardo Soares............Engenharia Biológica
154837......Y.Bludov........................Física
156927......José Neves..................Informática




sábado, 7 de novembro de 2020

Stanford University___Updated ranking of 100.000 Top Scientists

 



Still following the 2019 ranking by Stanford scientists that have put Professor Michael Grätzelthe inventor of dye-sensitized solar cells (“Grätzel cells”) in the first position (check link above) see below an updated ranking on Scopus Highly Cited Scientists (SHCSpublished a few weeks ago on October 16:

Below data for the ratio of (SHCS/million inhabitants) for several countries taken from that ranking:

Switzerland.........295 
Denmark.............257
Sweden...............247
UK......................225
Australia..............217
USA....................207
Finland................188
Israel...................185
Norway................175
New Zeland.........164
Singapore...........135
Iceland.................118
Germany.............105
Italy.......................66
Greece.................60
Cyprus..................47
Portugal...............37

Engenharia Civil em Portugal__Ranking Stanford 2020 (Top 100.000 scientists)


Na sequência do post acima sobre o tal ranking dos 100.000 cientistas, mais citados a nível mundial, na conhecida base Scopus, apresenta-se abaixo o desempenho dos investigadores Portugueses, da área científica da Engenharia Civil, que constam no mesmo:

32.382............Paulo B. Lourenço......UMinho
56.226............F.Pacheco Torgal........UMinho
84.163............Jorge de Brito.............ULisboa

Ao contrário do ranking de 2019, desta vez os autores incluiram também o nome de investigadores que não estão no Top 100.000, alegando que:
"include also scientists who are not in the top 100,000 according to the composite index but are nevertheless within the top 2% of scientists of their main subfield discipline"
cujo nome e posição mundial no referido ranking se apresenta abaixo:

136.816..........L.Simões da Silva.......UCoimbra
140.930.........Joaquim Barros............UMinho
146.278..........Álvaro Cunha..............UPorto
147.254..........J.R. Correia.................ULisboa
156.412..........D. Camotim.................ULisboa
159.049..........Rodrigo Gonçalves......UNova