Sobre a polémica lei que de forma muito expedita permite a concessão da nacionalidade Portuguesa aos descendentes de judeus sefarditas, que há vários séculos atrás foram expulsos de Portugal, vários advogados tem sido autores de diversos artigos mostrando a sua insatisfação quanto à sua mudança. Eu porém só tenho uma perguntinha, quantos milhões de euros é que os advogados Portugueses já ganharam com esta lei ?
O Miguel Sousa Tavares que uma vez por outra tenho maltratado
como por exemplo neste post aqui, por vezes também escreve coisas acertadas, como quando no passado sábado escreveu sobre este assunto o seguinte:
“Porém,
onde a argumentação a favor da sua nacionalidade me parece insuficiente é
quando ela tem como único título de legitimação o facto de terem sido expulsos
daqui há mais de 500 anos. De acordo com esse princípio, raros devem ser os
povos que não teriam também o poder de baralhar as leis de nacionalidade
estabelecidas por esse mundo fora. A começar logo aqui: muito anos antes de
expulsarmos os judeus já tínhamos expulsado os mouros, que aqui haviam chegado
600 anos antes de Portugal existir, quando Tarik atravessou o estreito. Os
mesmos Reis Católicos expulsaram-nos definitivamente de Espanha em 1492 e nós
quase dois séculos e meio antes, quando D. Afonso III conquistou o Algarve e
estabeleceu as fronteiras definitivas de Portugal. O que diríamos agora se,
invocando o mesmo princípio que os judeus sefarditas, os mauritânios (presumo
que a população inteira…) nos batessem à porta a pedir a nacionalidade? Eu sou
a favor de um país diverso e misturado. Mas não de uma identidade nacional
completamente descaracterizada, ao sabor de vistos gold ou direitos de
antiguidade tão antigos que já perderam há muito qualquer relação com o país
que hoje somos. Por isso, acho que aos clássicos jus soli e jus sanguini, como
fundamentos da nacionalidade, se deve acrescentar a aquisição por efeito de
residência — efectiva, actual e continuada durante um certo período —, a qual,
a par do conhecimento da língua, garante a tal relação entre um cidadão e o seu
país. Mas não mais do que essas vias”
Como bem explica uma jovem Brasileira (ao serviço de uma firma de nome Martins Castro) ter um passaporte Português (pela via Sefardita) é maravilhoso. A parte que eu mais apreciei é aquela em que a dita "jovem" enumera uma série de vantagens de se viver na Europa e depois acrescenta "e você enquanto cidadão Português pode usufruir de tudo isso". https://www.facebook.com/watch/?v=171334307513472 Uma pessoa ouve aquilo e quase parece que está a comprar um bilhete premiado da lotaria.
PS - E porque será que as revistas Sábado e Visão, que andam sempre tão atentas a temas tão interessantes nunca acharam importante ir conhecer melhor esta autêntica mina de ouro ? Nomeadamente quanto há possibilidade de alguém poder andar a contornar a mui flexível lei Portuguesa. Será que têm medo do todo poderoso, hipócrita e ultra-sensível lobby sionista, que passa o tempo a disparar acusações de anti-semitismo por tudo e por nada ?