sábado, 27 de março de 2021

Os investigadores do Instituto Superior Técnico no Top 1% do ranking Stanford



Relativamente ao ranking mencionado no link acima, que abarca o grupo dos 2% mais citados a nível mundial, se restringirmos somente ao grupo dos investigadores no grupo Top 1% mais citados, constata-se que o número daqueles que pertencem ao Instituto Superior Técnico reduz-se de forma muito acentuada para apenas duas dezenas e no caso concreto da área da engenharia civil (que recorde-se é só uma das seis áreas científicas mais competitivas da Universidade de Lisboa) o IST fica sem nenhum representante dessa área, já que os dois investigadores de engenharia civil que sobram no Top1% do ranking Stanford,  por uma estranha coincidência, pertencem os dois à Universidade do Minho. Um é o director da unidade de investigação ISISE e o outro é o dono deste blog. 


sexta-feira, 26 de março de 2021

Prémio de engenharia LGBT e prémio Nobel LGBT



https://www.dnoticias.pt/2021/3/26/255424-presidente-da-republica-felicita-elvira-fortunato-pelo-wfeo-gree-award-women2020/

A imprensa Portuguesa desatou hoje a publicitar a vitória da catedrática Elvira Fortunato, num alegado maior prémio mundial da engenhariaum prémio que recorde-se foi criado apenas em 2018, a que só podem concorrer mulheres e que tem o insignificante valor de 1000 dólares (848 euros) sendo  patrocinado pela firma Chinesa GREE Electric Appliances, Inc. Zhuhai http://www.wfeo.org/2020-wfeo-gree-women-in-engineering-award/

Mas será que como alega a imprensa esse prémio é mesmo o maior na área da engenharia a nível mundial? Pelo valor não é certamente o maior, nem pouco mais ou menos, porque existem vários outros prémios de engenharia de elevado valor, como por exemplo aqueles três no valor de meio milhão de euros, como por exemplo o prémio Charles Stark Draper, ou o prémio Fritz J. e Dolores H. Russ, ou o prémio Bernard Gordon 

Isto já para nem falar do prémio Rainha Elizabeth no valor de 1 milhão libras (aproximadamente um milhão e duzentos mil de euros) que alguns apelidam de Nobel da engenharia https://www.raeng.org.uk/grants-prizes/prizes/prizes-and-medals/awards/queen-elizabeth-prize-for-engineering

E será que faz sentido criar um prémio de engenharia a que só podem concorrer mulheres? E se os engenheiros LGBT se lembrarem de criar um prémio a que só podem concorrer os engenheiros daquele grupo ? E se os cientistas LGBT começarem a exigir que os prémios Nobel sejam divididos por géneros, separando aqueles prémios a que podem concorrer só homens cientistas, ou só mulheres cientistas ou só cientistas LGBT ? 

Melhoria seria porém que a Engenharia deixasse de servir de barriga de aluguer a ireparáveis fracturas de género e se concentrasse somente em ajudar a revolver os graves problemas que ameaçam a Humanidade como por exemplo os 14 grandes desafios da engenharia a nível mundial, cuja resolução (dizem aqueles que os definiram) ajudará a garantir que a vida Humana pode continuar a subsistir neste Planeta:

* Make solar energy affordable.
* Provide energy from fusion.
* Develop carbon sequestration methods.
* Manage the nitrogen cycle.
* Provide access to clean water.
* Restore and improve urban infrastructure.
* Advance health informatics.
* Engineer better medicines.
* Reverse-engineer the brain.
* Prevent nuclear terror.
* Secure cyberspace.
* Enhance virtual reality.
* Advance personalized learning.
* Engineer the tools for scientific discovery.


quarta-feira, 24 de março de 2021

The highly profitable disgusting business of scientific journals has finally begun to crumble with a little help by the European Commission



Following the platform suggested in the link above, it is good to know that the European Commission has just launched a platform on which the articles produced in investigations financed by European projects will be published free of charge and in open access. "All research is welcome and will be published irrespective of the perceived level of interest or novelty"https://erticonetwork.com/dg-research-and-innovation-opens-new-publishing-platform/

The submission of articles to the referred platform is done here https://open-research-europe.ec.europa.eu/for-authors/publish-your-research

And now that the European Commission has kicked off, it is the duty of all universities to quickly create similar platforms, to thereby free themselves from the yoke and exploitation of publishers (whose desk rejection arrogance increases from year to year), to whom they give free articles and also free reviews, which they then sell for a high price, including ironically to those who gave them initially. 

In the last dozens of years, even after the internet was invented and the marginal cost of publication has become practically nil, countries still paid billions to scientific publishers, considered to be The Most Profitable Obsolete Technology in History, so as soon as more platforms like the one mentioned above are created, more articles will be made available freely and many billions will be saved that can be used to hire more researchers and to finance important investigations and not to fatten the huge profits of publishers that are estimated to amount to the astronomical figure of $ 20 billion annually.

A Harvard professor once said that "The way banks make money is so simple that it is disgusting". However, and compared to how much more easily scientific Publishers make money (therefore more disgusting) that´s extremely unfair to the banking business. 

PS - Back in  2012, a mathematician from the University of Cambridge initiated the Cost of Knowledge boycott. However, not only it fail to have any impact on the profits of Elsevier but it forgot that Elsevier is not the only shark in the publishing Ocean. A boycott is needed all rigth but against all scientific publishers. 


O repugnantemente lucrativo negócio das revistas científicas começou felizmente e finalmente a ruir



Na sequência da plataforma proposta no post acima, em 1 de Dezembro de 2020, é bom saber que a Comissão Europeia acaba de lançar uma plataforma (não tão ambiciosa quanto aquela que eu próprio tinha idealizado, mas ainda assim capaz de provocar grandes mudanças no mundo científico) na qual serão publicados sem qualquer custo e em acesso aberto os artigos produzidos em investigações financiadas por projectos europeus. 

A submissão de artigos para a referida plataforma é feita aqui https://open-research-europe.ec.europa.eu/for-authors/publish-your-research 

Uma das consequências mais evidentes da criação desta plataforma (além da óbvia redução dos lucros bilionários das empresas proprietárias das revistas) é que as universidades Portuguesas terão agora de rever com urgência os seus regulamentos de avaliação de desempenho, onde os artigos eram, independentemente do seu conteúdo (!!!), valorizados em função somente do tipo de revista onde tivessem sido publicados e onde não estava prevista a publicação numa plataforma como aquela mencionada acima. 

E agora que a Comissão Europeia deu o pontapé de saída é dever de todas as universidades rapidamente criarem plataformas similares, para dessa forma se libertarem do jugo e exploração das revistas (cuja arrogância e prepotência aumenta de ano para ano), a quem são praticamente obrigados a dar artigos de borla e também revisões de borla, que elas depois vendem por um elevado preço, incluindo ironica e paradoxalmente a quem as deu incialmente. Tenha-se presente a este respeito que as editoras de revistas científicas facturam anualmente a quantia astronómica de quase 20.000 milhões dólares.  

Nas últimas dezenas de anos, já depois da internet ter sido inventada e do custo marginal de publicação se tornar praticamente nulo, Portugal pagou centenas de milhões de euros de dinheiro dos contribuintes para poder ter acesso aos conteúdos dessas revistas (só no ano de 2005 Portugal pagou quase 11 (onze) milhões de euros)pelo que assim que mais plataformas, como aquela acima mencionada, forem sendo criadas, tanto em Portugal como por esse mundo fora, mais artigos serão disponibilizados em acesso aberto e a custo zero a nível mundial e mais cedo se começarão a poupar milhares de milhões que poderão ser muito melhor utilizados para contratar mais investigadores e a financiar investigações importantes. 

Um conhecido Professor de Harvard falecido em 2006 disse que "A maneira como os bancos ganham dinheiro é tão simples que é repugnante", porém atenta a forma muito mais simples e até isenta de riscos, logo muito mais repugnante, como as editoras de revistas científicas ganham muito dinheiro, que foi considerada como sendo a tecnologia obsoleta mais lucrativa da história, é caso para dizer que se trata de uma afirmação muito injusta para com o negócio bancário !

PS - Em 2012, um matemático da Universidade de Cambridge iniciou o boicote do Custo do Conhecimento, ao qual se juntaram alguns milhares de cientistas, porém o referido boicote não teve impacto porque os lucros da editora alvo do boicote continuaram a crescer de forma substancial. Além disso apelar ao boicote de uma única editora não faz sentido porque há outros tubarões no Oceano das editoras científicas, pelo que qualquer boicote só pode obviamente obter resultados se for dirigido a todas as editoras, ou pelos menos ao grupo das mais lucrativas como a Elsevier, Springer Nature, Wiley-Blackwell, Taylor &Francis, SAGE.   


Caixa Geral de Depósito__Mais um generoso empréstimo com juros amigos e garantias virtuais



Como é que Angola (o mesmo país que tem centenas de multimilionários) vai pagar o empréstimo, mencionado no recente artigo, acessível no link acima, que recebeu da Caixa Geral de Depósitos, se nem sequer paga a alimentação aos doentes Angolanos que envia para Portugal e os quais informou a imprensa Portuguesa nem dinheiro tem para comer ?

Que garantias é que Angola deu para receber esse empréstimo ? Será que são idênticas aquelas garantias de milhares de milhões que foram dadas pelo anterior Presidente de Angola e que depois se esfumaram ?  

E porque será que não foi um banco Chinês a fazer o empréstimo já que eles não só possuem muito mais dinheiro do que Portugal mas também são agora os maiores interessados no sucesso da referida Mota-Engil ? 
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/construcao/detalhe/construtora-chinesa-compra-23-da-mota-engil-por-1694-milhoes

E porque é que por uma questão de igualdade qualquer Português não pode também ir à Caixa Geral de Depósitos contrair um empréstimo a pagar em 10 anos com juros amigos ? 

PS - Sobre os empréstimos da Caixa é bom não nos esquecermos aquele famoso empréstimo no valor de 231.000 euros feito à filha do Dr. Armando Vara pelo qual ela pagava apenas 200 euritos a cada mês ou os outros ruinosos empréstimos que motivaram a proposta que fiz em Junho de 2020 https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/06/a-experiencia-cientifica-que-urge.html


terça-feira, 23 de março de 2021

The Economist__For the sake of science


In a letter to the Editor of The Economist entitled "For the sake of science" Professor Brian Stramer of King´s College London complained about Britain´s new obsession with Advanced Research Projects Agency and the projects that give a payout to the economy. On it, he remembers the words of the Nobel Laureate Ramón y Cajal about the unhealthy preoccupation with applied research: "An extreme focus on short-term gain will in the long-run risk severing the mysterious threads that connect ideas to applications"

PS -  Also on Ramón y Cajal see its interesting book "Advice for a Young Investigator"  especially on page 149 that starts with "Many scholars are accustomed to adding their own names to the first papers of their students..." that is most important in the context recently mentioned in here https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/03/camille-nous-gosth-french-researcher.html


segunda-feira, 22 de março de 2021

Institutos Politécnicos - Esterilidade e irrelevância científica




Tendo no post acima divulgado quais os Institutos Politécnicos que são mais ou menos estéreis em termos de produção científica, ou aqueles que produzem mais artigos com algumas dezenas de citações, entendo agora importante divulgar quais são aqueles mais ou menos irrelevantes, leia-se que possuem uma maior (ou menor) percentagem de publicações indexadas na base Scopus, produzidas durante o quinquénio 2016-2020, que nunca receberam uma única miserável citação. 

IPLeiria............25% de publicações indexadas não citadas
IPBragança.....25%
IPSantarém.....28%
IPLisboa..........31%
IPPortalegre....30%
IPGuarda........33%
IPBeja.............34%
IPC.Branco.....36%
IPViseu............37%
IPV.Castelo.....38%
IPCoimbra.......38%
IPTomar...........39%
IPCA................41%
IPSetúbal.........42%

Obs - Não foi possível calcular o resultado do Pol. do Porto porque a Scopus só permite a visualização das primeiras 2000 publicações mais citadas

PS – Ainda sobre publicações que nunca receberam uma única citação, abaixo percentagens de alguns investigadores Portugueses:

Manuel Heitor.....................12% de artigos não citados publicados em revista indexada

Sobrinho Simões.................9%
Elvira Fortunato...................6%
Nuno Peres.........................6%
João Hespanha...................3%
Miguel Seabra.....................2%
Pacheco-Torgal...................1.4%
Miguel Bastos Araújo..........1.1%
Caetano Reis e Sousa........0.8%


Meike Stoverock__"The Beginning and the End of the Male Civilization"

"Stoverock proposes that our modern society, its structures of marriage, private property, religion and capitalism is actually a civilization made by men and for men, its main design purpose was to oppress and control women, specifically their basic evolutionary drive of female choice. In all animal species, Stoverock says, it is the females who chose males, while the males are driven to mate with as many females as possible...Stoverock proposes how to reform our society...her proposal is to return to a female choice world where women select few men for mating while the larger rest goes around without ever having sex at all..."https://forbetterscience.com/2021/03/18/female-choice-by-meike-stoverock-book-review/

On the subject, above i have only one question, has Meike Stoverock heard of the mating habits of the Tasmania devil ? 


domingo, 21 de março de 2021

O conhecido editor que adora o deputado Ventura


O conhecido editor da Gradiva, Guilherme Valente, tem dedicado as suas crónicas no semanário Sol (agora Nascer do Sol) a defender o deputado Ventura chegando inclusive a prognosticar (o que não abona à sua inteligência) que nas próximas eleições legislativas o partido CHEGA conseguirá ter 46 deputados !!!

Quando não está a defender o deputado Ventura o referido editor dedica-se a defender causas ainda mais indefensáveis, como sucedeu ontem, quando defendeu aquilo que a China tem feito relativamente à minoria Uyghur, alegando que aquele país é a última possibilidade de resistência contra o Islamismo, que ele associa de forma quase automática ao terrorismo, que é quase o mesmo que associar automaticamente todos os cristãos à pedofilia pela simples razão que há muitos padres cristãos que são pedófilos. 

Trata-se curiosamente da mesma alienada e reducionista "filosofia" dos terroristas islâmicos quando dizem que todos os Ocidentais merecem a morte porque são todos cristãos ou tem antepassados que o foram ou porque vivem em pecado, simplesmente porque a educação Ocidental é um pecado e alargando essa "classificação" aos próprios muçulmanos que vivem na Europa https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/03932729.2020.1712136?journalCode=rspe20

PS - As posições do Editor Guilherme Valente são tanto mais estranhas pelo facto de ele ser diplomado em filosofia, o que faria pressupor que tivesse uma formação humanista superior ao comum dos mortais. Porém algo de estranho se deve passar nos cursos de filosofia deste país porque há um outro conhecido diplomado em filosofia, Presidente da associação Prótoiro, que afirmou que "O espetáculo tauromáquico não traduz violência, é pedagógico e recomendável, é extremamente didático porque ensina às crianças a forma de estar na vida." 

Resposta do Ex-Bastonário da Ordem dos Engenheiros ao infeliz Presidente da ANA, que mais valia nem sequer ter nascido

 

Reproduzo abaixo o link para um artigo em que o  Ex-Bastonário da Ordem dos Engenheiros, o Engenheiro Matias Ramos, responde no jornal Público às anteriores quase injuriosas declarações do mal educado Presidente da ANA, o Sr. Dr. José Luís Arnaut https://www.publico.pt/2021/03/20/opiniao/opiniao/afirmacoes-presidente-ana-rocam-injuria-1955195  

Contudo devo dizer que não concordo com a forma como o Ex-Bastonário da Ordem dos Engenheiros, talvez por um excesso de boa educação, concluiu o seu artigo, comentando o facto do Sr. Dr. José Luís Arnaut se ter furtado a um debate, como sendo um sinal de insegurança. No meu diccionário isso tem um nome bem diferente, chama-se cobardia e sobre cobardia é pertinente recordar uma citação do mais famoso poeta Alemão, Johann Wolfgang von Goethe, segundo o qual quem perdeu a coragem perdeu tudo. E quem perdeu tudo não passa de um pobre coitado, apenas merecedor de pena, já que como também escreveu Goethe no final da referida citação, mais valia que nem sequer tivesse nascido.