quinta-feira, 22 de abril de 2021

The first bricks in the science publishing multibillionaire castle have fallen



Continuing from the previous post discussing a distastefully profitable business, take a moment to explore the article recently published in the journal Science. It sheds light on the profound transformations underway in the scientific publishing sector, indicating that the landscape is rapidly evolving and poised for even more significant changes in the years ahead
"15 journals are outsourcing something central to science itself: the peer-review process. The journals, which include BMJ Open Science and Royal Society Open Science, say they will accept articles reviewed by a nonprofit “peer community”  organization. It’s the first time that journals have guaranteed that they will accept the recommendations of another body with no further review....Or authors can choose to publish the paper—along with PCI RR’s recommendation—as a preprint, bypassing the journal system entirely..."

PS - It is crucial to recall that even Elsevier has acknowledged the diminishing relevance of traditional journals, signifying a recognition that their effectiveness is nearing obsolescence:
“…the leaders of Elsevier have now decided that the epoch of journals will soon be over..They now describe the company as a “global information analytics business that helps institutions and professionals progress science, advance healthcare, and improve performance.”...The company recognizes that science publishing will become a service that scientists will largely run themselves…The company thinks that there will be one company supplying publishing services to scientists—just as there is one Amazon, one Google, and one Facebook; and Elsevier aims to be that company.

Caíram os primeiros 15 tijolos do castelo imperial das revistas científicas



Depois de recentemente a Comissão Europeia ter criado uma plataforma para artigos que ficarão em acesso aberto e a custo zero, que veio colocar em causa o lucrativamente repugnante negócio bilionário das revistas científicas, que foi comentado no post acima, chega agora mais um claro sinal da mudança dos tempos, pois aquilo que sempre foi um privilégio exclusivo das revistas científicas vai deixar de o ser, porque 15 revistas acabam de anunciar que prescindem do mesmo, aceitando doravante que as revisões dos artigos passem a ser conduzidas por uma entidade independente. Mais importante ainda e como se reconhece no artigo acessível no link abaixo, depois de uma publicação ter sido revista pelas tais entidades independentes os seus autores podem logo colocá-la online, dispensando inteiramente as revistas científicas, exactamente como vai suceder com os artigos que ficarão online através da tal supracitada plataforma da Comissão Europeia  https://www.sciencemag.org/news/2021/04/fifteen-journals-outsource-peer-review-decisions 

quarta-feira, 21 de abril de 2021

"Ricos pensam que são mais espertos e trabalhadores do que os pobres, embora sejam simplesmente mais cruéis e vigaristas"


"...indivíduos ricos...mentem mais e cometem mais erros, enganos e até roubos quando enfrentam as mesmas situações que os pobres, como demonstrado neste vídeo..."

Apesar do post acima (cujo título foi utilizado como título para o presente post) ser de 21 de Abril deste ano, na verdade há um ano atrás, eu já tinha divulgado o estudo onde se concluiu que em média os ricos tem mais propensão para roubar, enganar e mentir. https://www.businessinsider.com/rich-people-more-likely-to-steal-cheat-lie-2018-8

A unified index to quantify scientists across disciplines


"the average h-index of the 125 Nobel laureates is approximately 6 times that of other researchers, while the average hu-index is nearly 10 times. The larger difference brought by hu-index gives a discriminative reputation to outstanding individuals”

The new index suggested in the recent paper above has some value but what is really amazing is that 16 years after Hirsh first suggested the h-index his paper has so far received more than 10.000 citations on scholar google. And if by 2008 Hirsch paper was cited more than 300 times a year in 2020 that number raised to more than 1300 citations meaning that the science community is even more obsessed with the quantification of the impact of researchers output

PS - Yesterday the former Director for Research, Innovation and Skills at the Higher Education Funding Council for England just said that UK  Research Excellence Framework should use metrics instead of experts panels to assess the research quality in several disciplines https://www.timeshighereducation.com/news/creator-says-ref-should-swap-expert-panels-metrics-science And one needs not to be a genius to understand that if REF back in 2014 already cost 250 million pounds, that´s a lot of money that is not spend hiring researchers and funding important investigations. Especially because recent studies showed that for a high number of disciplines "metrics agree quite well with peer review and may offer an alternative to peer review"

terça-feira, 20 de abril de 2021

Catedrático de Direito afirma que o Direito é uma aldrabice


Um famoso catedrático de Direito da Universidade de Coimbra, Orlando de Carvalho de seu nome, disse um dia que "O povo até tem razão (o Direito) em grande parte é aldrabice...". E nós não temos qualquer razão para duvidar dele, especialmente depois de termos ficado recentemente a saber que os corruptos deste país estão protegidos pela própria lei https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/04/a-bomba-atomica-judicial-do-tribunal.html

Será por certo a mesma aldrabice que permitiu que um catedrático de Direito da mesma universidade de Coimbra tenha feito um parecer a justificar que os 14 milhões de euros que o banqueiro Ricardo Salgado recebeu de um construtor civil eram apenas uma inócua liberalidade, bastando para isso ao referido banqueiro pagar os quase 30.000 euros que custou o douto parecer e dessa forma ajudando a perceber quem são aqueles (além dos corruptos) que muito beneficiam por conta deste país estar acorrentado ao Direito Romano-Germânico, pois é evidente que nos países onde vigora a Common Law, como por exemplo o Reino Unido, não há por lá catedráticos de Direito milionários como há em Portugal. 

Hoje mesmo no jornal Público o jornalista João Miguel Tavares fornece mais informações sobre como é que o Direito Português protege os acusados de corrupção, por conta de oportunos e muito generosos prazos de prescrição e como não podia deixar de ser o seu artigo até menciona um douto parecer de um famoso catedrático de Direito da Universidade de Coimbra.  https://www.publico.pt/2021/04/20/politica/noticia/juiz-deputada-advogado-professor-filho-1959198

Mas se é verdade que o Direito Português é uma refinada aldrabice curiosamente na vizinha Espanha o Direito que por lá utilizam está muito longe de o ser porque naquele país já meteram oito banqueiros na cadeia enquanto que em Portugal nunca houve nenhum que lá tivesse entrado (o Dr. Salgado vai morrer de velhice antes mesmo de ser concluído o processo da falência do BES lá para 2060, o próprio advogado Rui Patrício o afirmou) e o mais espantoso ainda é que vizinha Espanha até há pasme-se Ministros presos por corrupção enquanto em Portugal nunca houve nem haverá algum tão cedo. 

O  conhecido e corajoso Medina Carreira disse há menos de uma década atrás que "não é possível que num regime onde a gatunagem funciona predominantemente que a democracia sobreviva" e de facto não há qualquer razão para acreditar que ainda vivamos numa democracia mas antes num simulacro dela, capturada que ela foi há muito pela excelsa gatunagem e pelas leis que protegem a própria gatunagem e que ajudam a explicar porque é que o destino de Portugal, sangrado pela corrupção que enriqueceu os tais que se andam a rir de nós, é inexoravelmente acabar por tornar-se um dos países mais pobres da Europa.  

PS - Sem qualquer surpresa hoje no Expresso um Conselheiro de Estado diz que a sentença do juiz Rosa sobre o processo Marquês "escancarou duas portas à corrupção", o que parece significar pelo menos uma coisa, os corruptos deste país já estão neste momento a esfregar as mãos de contentamento com a grande festa que vão fazer à conta dos muitos milhares de milhões de euros da bazuca Europeia. Vai ser um regabofe de festas regadas com champagne Louis Roederer Cristal, o tal de mil euros a garrafa, com múltiplos brindes ao juiz Rosa e também como não podia deixar de ser com inúmeras compras de viaturas de luxo, com a vantagem adicional das despesas das mesmas até poderem ser abatidas no IRC. 


segunda-feira, 19 de abril de 2021

Nominations are now open to a 3 million USD prize for science and technology researchers (deadline June 7th)

Still following the Call above for the 1 million euro Gulbenkian prize see below the Call for another prize related to Sustainable Development: 
"The Prize aims to recognize exceptional inventors and researchers from prestigious global academic universities, research labs, as well as grassroots inventors who might not be working in a formal research environment. Any research or technological innovation is eligible to be nominated for the Prize if it addresses everyday issues of people, by being aligned with one or more of the Sustainable Development Goals (SDGs) of the United Nations" https://vinfutureprize.org/

PS - Back in 2019 i made a few comments on a provocative question made by senior Professor Paul de Grauwe at London School of Economics "Why top footballers earn much more than top scientists ?". He advised that it was up to politicians to compensate scientists in an adequate manner because the market could not do it. Which is basically the same as waiting indefinitely for politicians to act.  Fortunately, private organizations like Gulbenkian Foundation and VinFuture Foundation are doing politicians´s job. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/12/london-school-of-economicswhy-top.html

A guerra entre cientistas e engenheiros

O último número da revista da Ordem dos Engenheiros tornado público há poucos dias contém um artigo de título "Dez axiomas e meio para o Engenheiro Civil" cujo último "meio axioma" afirma que "O cientista descobre o que existe, enquanto o engenheiro cria o que nunca existiu", que me parece possuir o condão de provocar (e no limite até irritar) os cientistas. 

Mas será mesmo assim ou será que a verdadeira diferença entre os primeiros e os segundos é que os engenheiros (pelo menos de algumas especialidades) arriscam muito mais do que os cientistas ? Vide por exemplo o colapso da ponte Tacoma, ou muito recentemente da ponte Morandi, ou o colapso de várias barragens, não esquecendo o famoso naufrágio do Titanic ou a explosão do vaivém espacial Columbia em 2003.  


PS - Importa porém não esquecer que também houve no passado muitos cientistas que arriscaram muito como aqueles cientistas mencionados aqui, ou aqueles cientistas Portugueses cujo nome aparece a págs 28-32 no documento acessível no link http://www1.ci.uc.pt/cd25a/media/Pdf/NReg%208121.pdf ou ainda aqueles cientistas que em pleno século XXI  também arriscam muito e que são mencionados no documento https://www.scholarrescuefund.org/wp-content/uploads/pdf-articles/srf_report-scholar_rescue_in_the_modern_world.pdf o que significa que riscos elevados não advém somente do exercício profissional, mas muitas vezes também do simples exercício da cidadania. 

 

domingo, 18 de abril de 2021

Juízes Portugueses ganham muito mais do que os juízes dos EUA



O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça em Portugal, que até há bem pouco tempo ganhava 8130 euros/mês foi aumentado no valor de 700 euros/mês passando agora a ganhar 8830 euros/mês. Ou seja antes do aumento já tinha um salário que era 36% superior (atenta à diferença da riqueza entre os EUA e Portugal aferida pelo PIB/capita) ao cargo que no Supremo dos EUA, é designado por Chief Justice, (e ocupado pelo Juiz John G. Roberts) porém depois do referido aumento a diferença ainda mais se acentuou  passando agora a ser 50% superior. Note-se que por incrível o próprio juiz Ivo Rosa ganha quase tanto como um juiz do Supremo Tribunal de Justiça dos EUA..Aliás sobre o narcisista juiz Rosa merece bem a pena a leitura da recente Oração hoje publicada na revista Sábado "Oração a Ivo Rosa (homilia da Nossa Senhora de Paris)"  

E não deveriam os Portugueses que pagam aos seus juízes excelentes salários, muito maiores do que permite a escassa riqueza deste país, terem direito a juízes com um desempenho profissional excelente como sucede com o juiz Carlos Alexandre ou com os juízes que enviaram o Dr. Armando Vara para a cadeia, em vez de ao contrário, terem juízes do calibre do Rui Rangel e da sua mulher Fátima Galante que somente depois de muitos escândalos é que foram afastados da magistratura, ou juízes do calibre daquele denunciado pelo advogado Teixeira da Mota, ou juízes como aqueles a quem os clubes de futebol pagam bilhetes e viagens para estrangeiro, ou juízes como aqueles que tem a sorte de ter amigos muito generosos ou juízes como aqueles que passam a vida a produzir Acórdãos que fazem a felicidade dos corruptos deste país ?

sábado, 17 de abril de 2021

Ventura campeão da corrupção

 

Relativamente aos 109 posts deste blog onde aparece mencionada a palavra corrupção (quinze no último trimestre de 2019, oitenta e um em 2020 e quase dezena e meia em 2021, o que dá uma média de um por semana) o post sobre o André Ventura ainda continua a ser o campeão das visualizações. Já o segundo e o terceiro lugares são ocupados respectivamente pela Procuradora Jubilada Maria José Morgado e pela prostituição da República Portuguesa:


PS - Hoje na imprensa alguém que foi Director do Expresso durante 22 anos, escreve que o juiz Rosa não quis fazer justiça no processo Marquês mas apenas atacar o Ministério Público e o juiz Carlos Alexandre e avança com três hipóteses sobre o comportamento do juiz Rosa, ou ele fez-se de parvo, ou quis fazer os Portugueses de parvos ou é então é ele próprio que é parvo. 


sexta-feira, 16 de abril de 2021

Patentes__Univ. do Minho com melhor desempenho que a Univ. de Lisboa e a Univ. Nova juntas



Relativamente à recente noticia no link acima sobre as universidades com mais patentes nos últimos 5 anos, é evidente que só se pode comparar aquilo que é comparável, não fazendo sentido comparar uma universidade que tem milhares de docentes com uma universidade que tem poucas centenas, pelo que no mínimo importa fazer comparações para igual número de pessoal docente. Lista Abaixo.

1º - Univ. do Minho............20 patentes por cada centena de docentes ETI
2º - Univ. do Porto.............16
3º - Univ. de Coimbra........14
4º - Univ de Aveiro............12
5º - Univ. Nova..................10
6º - Univ. de Lisboa.............9
7º - UBI...............................8
8º - Univ. de Évora..............4

Já não bastava às duas universidades Lisboetas apresentarem um resultado muito abaixo do esperado em termos de produção de livros indexados ou em termos do número de revisores mais prolificos e o mesmo também agora se confirma com a produção de patentes.  E como aceitar ou sequer compreender esta ineficiência implicita no facto destas duas ricas Universidades (para onde vai a maioria das verbas da Fundação para a Ciência e Tecnologia) juntas apresentarem um desempenho inferior à Universidade do Minho ? 

E como é que a Vice-Reitora da Universidade Nova, Elvira Fortunato, que coordena a investigação daquela universidade consegue explicar a baixa produção de patentes da sua universidade ? Não constituirá isso mais uma prova (a somar à péssima descida daquela universidade no conhecido ranking Shanghai) da evidente ineficácia da sua coordenação ?