sábado, 4 de julho de 2020

Uma prostituta barata (mas pouco limpa e pouco segura) de nome Portugal



Ontem os jornais das 20 h de diversos canais televisivos exibiram o deplorável espectáculo de mostrar a República Portuguesa a prostituir-se em directo. Comentando a recente decisão de Inglaterra que classificou Portugal como sendo país não merecedor do selo "Clean & Safe" ouviram-se vários testemunhos chorosos com tal má sorte. A Inglaterra como todos sabem, está muito mais contaminada com o Covid-19 do que Portugal, porém como está muitos furos acima do nosso país em termos de riqueza, comporta-se com aquele individuo contaminado com SIDA que vai à avenida inspeccionar quais são as prostitutas mais "Clean & Safe" que ele possa fazer o favor de alugar, as rejeitadas como Portugal, choram a sua desgraça, ao mesmo tempo que juram que estão tão limpas e seguras como a prostituta escolhida. 

Por espantoso que possa parecer toda a gente sabe como é que chegamos a esta miséria moral. A banca fez desaparecer 20.000 milhões e porém ao contrário de Espanha que prendeu 8 banqueiros Portugal prendeu Zero e no entretanto o sr. Oliveira e Costa morreu de velhice, antes de ter cumprido a pena a que foi condenado e daqui a alguns anos também o Sr. Ricardo Salgado irá morrer de velhice, antes mesmo de haver uma sentença definitiva sobre as falcatruas do BES. As centenas de ex-governantes (saídos de Governos daqueles três partidos que ajudaram a transformar este país numa prostituta barata) que sem qualquer formação em gestão acabaram em administradores de empresas privadas ou os 20.000 milhões de prejuízos por conta de negociatas com PPPs ajudam a perceber porque é que Portugal passa a vida de falência em falência. 

O passatempo nacional é enviar dinheiro para off-shores onde já se acumulam mais de 40.000 milhões de euros e porém na hora de decidir quem são as empresas que merecem ser ajudadas (com os impostos cobrados aos Portugueses) aquelas com sede em off-shores (e que cá não pagam impostos) não se fizeram rogadas no que toca a reclamarem a parte a que se acham com direito. E nem vale a pena falar das pensões vitalícias com que a classe politica se auto-beneficiou, dos ministros e secretários de estado que entre 2006 e 2013 acharam boa ideia gastar 300 euros por refeição, em restaurantes de luxo (saídos do bolso dos contribuintes) ou daquele inqualificável ex-primeiro ministro, que jurou que é impossível viver neste país com menos de 20.000 euros por mês.  Uma lei contra o enriquecimento ilícito não temos, nem vamos ter tão cedo como é evidente, e 95% dos condenados por corrupção recebem pena suspensa. E se alguma lei houver será para facilitar ainda mais as burlas e as fraudes, que o Governo do sr. Sócrates achou excelente ideia descriminalizar no ano de 2007. 

P.S - Na Suécia (aquele país que tem um PIB per capita que é o dobro do nosso, mas tem menos dinheiro em off-shores do que Portugal, três vezes menos, o mesmo país onde um juiz disse que os luxos pagos com o dinheiro dos contribuintes, são coisa pouco ética e imoral) de certeza absoluta que ontem não andaram a chorar a falta de turistas Ingleses.