Ainda sobre o tema do livro "Virus, Bacteria and Fungi in the Built Environment: Designing healthy indoor environments" comentado em post anterior e iniciado muito recentemente (em co-edição conjunta com o professor catedrático jubilado Joseph Falkinham e o professor Volodymyr Ivanov) e mencionado em Maio passado no final do post acima, é curioso constatar que poucas semanas depois foi publicado um post sobre o mesmo tema
https://theconversation.com/the-new-architectural-frontier-buildings-and-their-microbiomes-139777 cujo título adaptei como título para o presente post, o que só mostra que se trata de um tema de grande actualidade.
Facto esse que por sua vez vem de certa forma contraditrar a teoria de um professor-auxiliar de arquitectura da FBAUL, José Nuno Beirão que há poucos anos escreveu um ensaio de título "Educação para o Arquitecto desempregado na era do Educador analfabeto" onde até mencionou a existência de plataformas que alegadamente tornam os arquitectos irrelevantes:
“...a plataforma que torna o arquitecto praticamente irrelevante. O website architechtures 2 presta um serviço baseado numa plataforma com suporte em inteligência artificial, onde o utilizador pode desenvolver, para um lote, o projecto de um edifício de habitação manipulando um conjunto de parâmetros e descarregar o modelo BIM para eventuais ajustes. Este modelo de negócio fornece em poucas horas o projecto de execução acabado incluindo orçamento e infra-estruturas a qualquer interessado..."
Previsão catastrófica essa, que pelo menos a meu ver, é altamente improvável, na justa medida em que é desde logo por demais evidente que nenhuma plataforma de arquitectura consegue (ou conseguirá tão cedo, ou algum dia) simular o microbioma de um edifício.