Ainda sobre o mediano desempenho do curso de engenharia civil da universidade do Porto mencionado no post acima, que contrasta de forma flagrante com a competitivadade do clube de futebol da mesma cidade, faz todo o sentido questionar se a referida mediania tem alguma coisa a ver com as declarações, feitas em Junho de 2018, pelo José Ferreira Gomes, conhecido catedrático jubilado da FEUP, nas quais aquele estranhou que em Portugal, ao contrário do que sucede em universidades estrangeiras, a lógica da selecção de professores não é a mesma altamente competitiva do desporto.
"Outras universidades buscam
desesperadamente os melhores. Não é expectável que em Portugal os melhores
sejam quase sempre os da casa. No desporto não é assim"
E de facto se o futebol copiasse a moda das contratações caseiras das universidades Portuguesas, isto é se por exemplo o FCPorto somente pudesse utilizar jogadores formados naquele clube é garatindo que ainda hoje não teria nenhuma taça internacional.
Em 7 de Setembro de 2018, reproduzi via email, sucintas declarações de um catedrático do MIT, que tentava explicar como é que alguém era selecionado para se tornar professor em universidades como Harvard, Stanford ou o MIT:
"The people chosen for interviews typically have outstanding publications… The focus is on people who have the potential to be (or are) stars -- e.g., who have done something that is viewed as seminal or "game changing"
E no ano seguinte em Junho de 2019 fiz um post com cópia de dois emails os quais incidiam na exigência de mínimos, seja para se poder ser arguente em provas de doutoramento e também de Agregação para evitar situações aberrantes dos candidatos serem "avaliados" por arguentes que possuem uma produção científica muito inferior e onde num deles foi colocada a questão:
"Será que Harvard ou Stanford precisam de uma A3ES para terem os niveis de exigência que tem ? Ou será que como escreveu esta semana o Director do Público na academia Portuguesa o amiguismo e o nepotismo mandam mais ?"