segunda-feira, 13 de julho de 2020

Corrigir uma gravíssima injustiça



Agora que o Governo da República decidiu que os Portugueses irão pagar todos os prejuízos da TAP, passados e futuros, o que diga-se de passagem é uma excelente medida, que apenas uns tripeiros egoístas não aceitam é chegada a altura de corrigir uma gravíssima injustiça que há pouco tempo foi cometida contra os trabalhadores da mesma TAP, quando naquela empresa, somente a alguns foram pagos prémios. Como é evidente ou há moral ou comem todos. Assim sendo é necessário que o mesmo prémio seja pago a todos os trabalhadores da TAP o que dará um valor entre 200 e 300 milhões de euros, coisa pouca quando comparada com os milhares de milhões de euros que os Portugueses irão ter de meter na TAP. E isto sem contabilizar sequer os elevados prejuízos das futuras greves, porque quase parece que há muitos que padecem de graves problemas de memória e já se esqueceram que volta e meia há greves na TAP e quantos são os muitos milhões de euros que se evaporam com elas. 

Uma hipótese alternativa para corrigir a referida injustiça poderia passar pela devolução dos prémios recebidos, como por exemplo os quase 20.000 euros recebidos pela Exma mulher do Presidente da Câmara de Lisboa, que lidera a secção jurídica da TAP, essa Ronalda do Direito que todas as empresas de aviação querem contratar e que as Faculdades de Direito deste país também gostariam de poder contar entre o seu corpo docente. Já no que diz respeito a premiar médicos e enfermeiros eles que se contentem com a final da Champions que já é prémio suficiente pois neste país a prioridade é premiar as Ronaldas do Direito. Tenho por isso a certeza que nesta hora difícil em que o país é "chamado" a meter milhares de milhões de euros na TAP, os beneficiados com o referido prémio, como a referida Ronalda do Direito, não ficarão na miséria se o devolverem e os contribuintes Portugueses ficarão assim um pouco menos com a sensação que mais uma vez os querem fazer de palermas. É claro que os Portugueses que vivem no Interior do país querem mais do que a devolução do referido prémio, querem também poder viajar na TAP sempre que queiram ir a Lisboa https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/07/revolucionarios-do-interior-ameacam-com.html

A professora mais famosa da Nova SBE, que escreve coisas que deixam algumas pessoas com os cabelos em pé (ou pelo menos alguns "financiadores" cobardes daquela Escola) escreveu em 3 Julho no jornal Público não entender a prioridade de enterrar dinheiro na TAP: 
"o transporte aéreo não faz parte dos sectores prioritários onde devemos gastar o dinheiro dos nossos impostos. Assim de repente, lembro-me de várias formas alternativas de gastar os recursos escassos do erário público: transportes públicos, saúde, educação, transferências de rendimento para quem perdeu uma grande parte ou todo o seu rendimento com a crise pandémica"

Coincidentemente na secção de Economia do Expresso do passado sábado alguém, bastante conhecido (que em tempos foi convidado para liderar a TAP tendo porém recusado o convite) lembrou as questões que já em 2006 se tinha colocado sobre a TAP:
"a) Integra-se a empresa (TAP) nas funções indeclináveis do Estado ? Não
b) Subsistem as razões históricas da sua criação ?Não, desde há muito.
c) Trata-se de bem que, de outro modo, não seria fornecido ? Não.
d) Produz o Estado melhor do que os privados ? Não.
e) Tem o Estado trazido mais concorrência ao sector ? Não.
f) Quanto mais vai o Estado lá meter ? Muito.
g) Passa essa despesa pública nas análises custos-benefícios? Não. 
h) Têm as finanças públicas arcaboiço para as manter? Não, está visto que não."