quarta-feira, 9 de junho de 2021

Advances in the toxicity of construction and building materials

The field of toxicity of construction and building materials has less than 20 years and the book "Toxicity of building materials" published by Elsevier in 2012 is one of the first books in that field. This book has gained most of its citations in the last few years which shows this field is starting to gain traction. Let´s not forget that the toxic effects of several building materials on human health gained new importance in the context of the Covid-19 health crisis. Just because a healthy building environment is crucial to strengthen the immune system (Haahtela, 2019). The second edition entitled "Advances in the toxicity of construction and building materials" has just been terminated and will be published in a few months. Book cover below.    



Quando uma universidade não consegue fazer boa figura num ranking decente deve recorrer aos rankings da treta ?

 


Não são só as universidades Russas, como se escreveu no post acima, que à falta de melhor recorrem a rankings da treta, pois também entre nós há quem goste de rankings da treta como por exemplo esta universidade https://www.unl.pt/nova/rankings

Quem porém não deve gostar muito de ver a sua universidade associada a rankings da treta são os investigadores da Universidade Nova, pertencentes às áreas científicas mais competitivas de acordo com o ranking Shanghai por áreas, a saber as 22 áreas daquela universidade que conseguem aparecer no Top 500 e principalmente aquelas 6 áreas abaixo que aparecem nos 200 primeiros lugares do ranking Shanghai:

- Finance............................................51-75
- Business Administration...............101-150
- Civil Engineering..........................151-200
- Food Science and Technology.....151-200
- Political Sciences.........................151-200
- Tourism Management...................151-200


"Este país e este povo não servirão para mais nada? Não há ninguém que tenha uma ideia diferente, mais ousada ou melhor?"


No jornal Público de ontem alguém escreveu um texto de que abaixo se reproduz a parte final: "...a semana culminou com mais um anúncio futebolístico: Portugal e Espanha candidatam-se à organização do Mundial de futebol de 2030. Nada tenho contra o futebol, muito pelo contrário. Mas 25 anos depois do Campeonato Europeu de 2004, grande empreendimento do outrora ministro Sócrates, uma farta mobilização nacional vai fazer-se outra vez em torno do futebol? Este país e este povo não servirão para mais nada? Não há ninguém que tenha uma ideia diferente, mais ousada ou melhor? 

Curiosamente em 12 de Fevereiro de 2020 também eu já tinha escrito sobre este execrável "mundial" da bola: "Só pode ser por isso no mínimo uma piada de muito mau gosto que a Federação Portuguesa de Futebol-FPF ande a fazer um estudo para preparar uma candidatura com vista a receber o Mundial de 2030. Será que estes doentinhos da bola estão bons da cabeça ? A referida federação faça por isso o favor de meter esse perdulário e muito inoportuno estudo naquele sitio onde o Sol não brilha"

E uma semana depois, em 20 de Fevereiro, ainda antes mesmo do Covid-19 ter começado a atacar Portugal e do nosso país ter entrado em confinamento, escrevi o seguinte:
"...à conta de tanto terem andado a apaparicar claques compostas por traficantes,  ladrões e malfeitores, macacos e outros grunhos os clubes debatem-se agora com falta de sócios, pelo menos daqueles com boa apresentação e com escolaridade acima da mínima, pelo que sempre que há um evento futebolístico, é necessário alugar gente com uma apresentação minimamente decente, para dessa forma evitar o incómodo das câmaras filmarem para a posteridade, algum sócio a expressar-se em linguagem macaca ou quem sabe até a fumar crack ...a imagem do futebol vai-se degradando todos os dias e quando ele finalmente morrer daqui a 50 ou 60 anos (lá para 2070 ou 2080), já o futebol deixou de existir, sendo nessa altura lembrado como um retrógado epifenómeno,..."https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/02/um-primeiro-ministro-que-gosta-de.html

terça-feira, 8 de junho de 2021

Últimos desenvolvimentos sobre a toxicidade dos materiais de construção


Ainda na sequência do post acima segue abaixo a capa de um livro lá mencionado e o qual fica concluido este mês, seguindo depois para a fase de produção tendo publicação prevista para daqui a poucos meses. Como também aqui se deu conta, no passado mês de Maio, a 1ª edição deste livro aparece em 5º lugar dos livros de engenharia civil, mais citados de sempre, indexados na Scopus.  



segunda-feira, 7 de junho de 2021

Losing half a million a month through tired decisions

https://www.economist.com/business/2021/05/29/the-dangers-of-decision-fatigue

A recent article in The Economist (link above) shows that the fatigue of workers at a certain bank, caused a monthly loss of half a million dollars.  The article includes several other cases of bad decisions due to fatigue. 

It is said that the Greek historian Herodotus, who studied the first Persian empire, the first big empire in history, is attributed the following comment on that people:

“If an important decision is to be made, they [the Persians] discuss the question when they are drunk, and the following day the master of the house where the discussion was held submits their decision for reconsideration when they are sober. If they still approve it, it is adopted; if not, it is abandoned. Conversely, any decision they make when they are sober, is reconsidered afterwards when they are drunk."

So maybe it was not a bad idea that certain people in the 20th century should also repeat the old Persian custom, going back to re-analyzing their decisions made in a sober state after having had a few drinks. Who knows maybe that way we will have fewer bad decisions


Perder meio milhão por mês por conta de decisões cansadas

 

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/06/se-um-aluno-infectado-com-covid-19.html

No último número (agora penúltimo) da revista The Economist havia mais artigos com interesse para além daquele comentado no post acima, como é o caso do artigo onde se comentam resultados de investigações recentes, que mostram que o cansaço dos trabalhadores de um certo banco, que analisam propostas de restruturação de créditos, provocavam um prejuizo mensal de meio milhões de dólares ou o caso de um estudo sobre juizes que tomam decisões mais severas antes da hora do almoço e mais generosas imediatamente a seguir ao almoço 

Consta que ao historiador Grego Heródoto, que estudou o primeiro império Persa, a dinastia Aqueménida que chegou a ocupar três continentes, constituindo o primeiro grande império da história, é atribuido o seguinte comentário sobre aquele povo:
“If an important decision is to be made, they [the Persians] discuss the question when they are drunk, and the following day the master of the house where the discussion was held submits their decision for reconsideration when they are sober. If they still approve it, it is adopted; if not, it is abandoned. Conversely, any decision they make when they are sober, is reconsidered afterwards when they are drunk.”

Assim sendo talvez não fosse má ideia que certas pessoas no Século XX também devessem repetir o tal antigo costume Persa, voltando a reanalisar as suas decisões produzidas em estado sóbrio já depois de terem bebido uns copos. Talvez dessa forma o juiz Ivo Rosa conseguisse finalmente perceber a total falta de lógica da sua decisão no Processo Marquês.

domingo, 6 de junho de 2021

A model that can identify the future highly cited papers


https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/05/using-stanford-mit-harvard-citations-as.html

Still following the post above about a low cost proxy for innovative research check below a paper recently published in the Journal of Informetrics:

"Predicting the popularity of scientific publications has attracted much attention from various disciplines. In this paper, we focus on the popularity prediction problem of scientific papers, and propose an age-based diffusion (AD) model to identify papers that will receive more citations ...An experimental study shows that the AD model can achieve better prediction accuracy than other benchmark methods." 



sábado, 5 de junho de 2021

As universidades Alemãs mostram bem qual é a verdadeira excelência (e também a falta dela) da investigação Portuguesa



No post acima de 27 de Maio já se tinha visto que a investigação da Engenharia Civil Portuguesa, aferida atravès do ranking Shanghai, que compara publicações científicas, citações, colaborações internacionais e prémios, dominava o Top 10 Ibérico e agora fica-se também a saber que quando se compara Portugal com a Alemanha na área científica da Engenharia Civila universidade de Stuttgart ocupa o 1º lugar do Top 10 Luso-Germânico, mas o 2º e 3º lugares pertencem às Universidades de Lisboa e do Minho, que assim confirmam os excelentes que receberam no último exercicio avaliativo. 

Também os lugares seguintes, 4º, 5º, 6º são ocupados por universidades Portuguesas (Coimbra, Nova e Porto). Enquanto que o sétimo, o oitavo e o nono lugares são ocupados pela  Leibniz University Hannover, a Technical University of Braunschweig e a Technical University of Munich, sobrando o 10º lugar para a universidade de Aveiro. O que significa que na área da engenharia civil as universidades Portuguesas ocupam a maioria dos lugares do Top 10 Luso-Germânico.

Compare-se agora o acima referido desempenho da engenharia civil nacional com o da Física Portuguesa, uma área onde recorde-se 87% das unidades de investigação foram avaliadas com Excelente ou Muito Bom, mas onde a universidade Portuguesa melhor classificada, a Universidade de Lisboa, não consegue melhor do que um triste 10º lugar no Top Luso-Germânico ?

E o que dizer das unidades de investigação nacionais da área da Matemática, uma área científica onde 85% das unidades foram avaliadas como sendo Excelentes ou Muito Boas, sendo que a Universidade de Lisboa, a Portuguesa mais competitiva, também não consegue melhor do que um triste 10º lugar no Top Luso-Germânico ? Já a Universidade do Porto, a segunda melhor classificada nacional na área da matemática, não conseguiu melhor do que um desonroso vigésimo terceiro lugar no Top Luso-Germânico. 

PS - Razão antes do tempo teve o catedrático jubilado Ferreira Gomes, quando classificou como um concurso de beleza, aquilo que depois veio a produzir uma muito inusitada enxurrada de Excelentes e Muito Bons, https://maissuperior.blogspot.com/2017/10/ciencia-avaliacao-das-unidades-ou.html que à excepção de poucas áreas científicas, como a engenharia civil, são incapazes de traduzir aquilo que realmente separa a investigação Portuguesa da investigação levada a cabo nas melhores universidades da Europa. Coisa diferente, mas não menos bizarra (e que mostra bem que a politica da ciência em Portugal tem estado a cargo de quem não pretende incomodar minimamente o comodamente instalado status quo), é a de saber como poderia a avaliação das unidades ajudar Portugal a tornar-se científicamente mais competitivo, se apenas 6 áreas "tiveram direito" a ser avaliadas por painéis cujos Chairs eram provenientes de Universidades de topo (Top 100 do ranking Shanghai) tendo havido até uma dúzia de paínéis cujos Chairs pertenciam a Universidades que nem sequer conseguiam estar entre as 500 melhores universidades do Planeta ?  

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Será que o Estado Português deve garantir o pagamento de vencimentos de luxo ?


Depois de terem comido vários leitões na Mealhada (que de certeza não devem ter sido regados com água das pedras) os chefes dos clubes do chuto na bola, apresentaram uma lista de exigências ao Governo onde entre outras pérolas se inclui uma coisa que designam como "Linhas de Financiamento com garantia do Estado Português", leia-se se os clubes não pagarem pagam os contribuintes, como sucedeu por exemplo quando o BES comprou quase 2 milhões de acções do Benfica e depois o Novo Banco as vendeu em 2017 com um prejuízo de 77%,  que saiu dos bolsos dos contribuintes, inclusive dos bolsos daqueles que detestam esse jogo.

Ou seja já não nos bastam as obscenas garantias de muitas centenas de milhões de euros que foram dadas ao Novo Banco (ao BPN, à CGD etc etc) agora também é preciso que o dinheiro dos contribuintes sirva para garantir os salários milionários dos craques do chuto na bola e obviamente também os nada modestos salários dos chefes dos clubes (só o Pinto da Costa tem um salário mensal que daria para pagar 36 enfermeiros). 

Seria por isso igualmente obsceno que o mesmo Estado que lixou a vida a um cidadão que está há mais de 20 dias em greve de fome junto à residência do Presidente da República, a quem o Estado rejeitou uma candidatura a um projecto agrícola, alegando falta de garantias bancárias por parte daquele, quando o mesmo até apresentou um recurso para um organismo europeu, que disse que o Estado Português não lhe podia exigir essas garantias bancárias, fosse o mesmo Estado que iria agora dar de mão beijada garantias de centenas de milhões de euros, aos nababos devoradores de leitões dos clubes do chuto na bola, grupo onde até há quem seja  suspeito de enganar o fisco em dezenas de milhões de euros. 

Eu tenho por isso duas sugestões alternativas para arranjar as tais centenas de milhões de euros que os referidos clubes necessitam, a primeira passa por um corte simbólico de 70% das remunerações dos Administradores dos clubes do chuto na bola, pois estou certo que o Pinto da Costa consegue viver com um salário equivalente ao que ganham 10 enfermeiros, e a segunda passa pela prova do tal amor incondicional dos adeptos, que de certeza não se importarão de ser fiadores das tais linhas de financiamento, (se o Benfica tem 230.000 sócios então basta que cada um deles assine uma livrança de 500 euritos para conseguirem um financiamento bancário de 115 milhões de euros) porque se o amor fervoroso de adeptos ferrenhos não é suficiente para garantir os luxos dos seus clubes do coração porque raio teriam esses luxos de ser garantidos por aqueles que detestam esse jogo ?

PS1 - E acima nem sequer mencionei as garantias do Estado Português a Angola que eu comentei neste blog em Março passado https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/03/foi-voce-que-pediu-um-emprestimo-pagar.html

PS2 - Espero que os chefes dos clubes tenham pelo menos pago a almoçarada da Mealhada e não tenham dito ao dono do restaurante, que a mesma será liquidada mais à frente com dinheiro das tais Linhas de Financiamento garantidas pelo Estado.  

Declaração de interesses - O meu profundo amor pelo jogo do chuto na bola está bem explicito no conteúdo de post do passado dia 25 de Abril https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/04/uma-iniciativa-maravilhosa.html

 

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Qual o segredo da única área científica em Portugal que consegue meter na ordem as universidades Espanholas ?


No recente exercício de avaliação das unidades de investigação apurou-se que 85% das unidades da área da Matemática foram classificadas com Excelente ou Muito Bom. E porém quando olhamos para o ranking Shanghai relativamente às universidades melhor classificadas na área da Matemática, no espaço Ibérico, constata-se que a Universidade de Lisboa, é a única Portuguesa no Top 10 e nem sequer é capaz de aparecer nas 4 primeiras posições. 

1º - Universidade Politécnica da Catalunha 
2º - Universidade de Granada 
3º - Universidade Autónoma de Madrid 
4º - Universidade Complutense de Madrid 
5º - Universidade de Lisboa 
6º - Universidade de Madrid Carlos III 
7º - Universidade Autónoma de Barcelona 
8º - Universidade Politécnica de Madrid 
9º - Universidade Politécnica de Valência 
10º - Universidade de Sevilha 

E que sentido faz que haja universidades Portuguesas com unidades de investigação na área da Matemática que apesar de terem sido classificadas com Excelente (numa estranha avaliação sem métricas) nem sequer conseguem aparecer no Top 10 Ibérico ?  

Seja como for ainda assim a Matemática Portuguesa conseguiu melhor resultado do que a Nanociência e a Nanotecnologia, que não conseguiu melhor do que o 8 lugar Ibérico !

E porque será que nem a Matemática, nem a Física, nem a nanociência e nanotecnologia, nem qualquer outra área conseguem fazer o que faz a área da engenharia civil que é a única área Portuguesa que ocupa a maioria dos lugares do Top 10 Ibérico ?

PS - Ainda sobre métricas e ao contrário do que sucedeu na avaliação acima referida, onde elas foram proibidas ab initio (assim favorecendo as unidades que tinham más métricas) convém ler o que se diz num documento do Imperial College sobre a avaliação de unidades no Reino Unido: 
"Following consultations on the reform of the RAE there was an agreement to make greater use of metrics, to reduce the burden of assessing research quality...as bibliometric techniques have the potential to provide robust and usable indicators of research quality across a number of disciplineshttps://www.imperial.ac.uk/media/imperial-college/administration-and-support-services/planning/public/research-assessment/Bibliometrics-and-REF.pdf