O artigo "forte" da secção de tecnologia do último número da revista The Economist incide na importância da ventilação de edifícios como uma importante estratégia no combate ao Covid-19. https://www.economist.com/leaders/2021/05/29/it-is-time-to-clean-up-the-air-in-buildings Nele é mencionado um recente artigo de investigadores do MIT que descobriram que o tempo de segurança, decorrido desde que um aluno infectado, sem máscara, entra numa sala de aula, ventilada naturalmente, é de 72 minutos, isto se o aluno não estiver a falar alto ou a cantar na referida sala, o que diminui esse tempo de segurança.
O artigo menciona também a possibilidade de se utilizarem detectores de CO2 como forma de avaliar o grau de ventilação de um espaço, sendo que um valor abaixo de 500 ppm (partes por milhão) é indicativo de um espaço bem ventilado. Porém a investigadora Australiana lá mencionada Lidia Morawska, especialista em qualidade do ar, afirma que levou um detector de CO2 para um restaurante onde havia apenas 10 pessoas tendo registado concentrações de CO2 entre 1000 e 2000 ppm.
O que porém não é dito no artigo da revista The Economist (pois que o mesmo é sobre o Covid -19 e não sobre CO2) é que em 2019 um artigo de título "Direct human health risks of increased atmospheric carbon dioxide" publicado numa conhecida revista científica mostrou que a exposição a concentrações de CO2 superiores a 1000 ppm pode causar problemas de saúde, facto esse que aliado ao que acima foi referido, poderá originar uma corrida à compra desse tipo de detectores. Aliás faria sentido que todos os restaurantes, discotecas e sítios similares tivessem detectores de CO2, para os clientes possam em face dessa informação poder decidir se estão interessados em pagar para respirar ar com uma elevada concentração de CO2 que até pode trazer à mistura Covid-19 como brinde.