terça-feira, 28 de julho de 2020

As lágrimas amargas de uma pura virgem

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/07/accionar-judicialmente-os-diretores-das.html

Ainda sobre o post acima é curioso ver hoje o Bastonário da Ordem dos Médicos, qual ofendida virgem a verter lágrimas amargas sobre o Ministro do Ensino Superior, dizendo que aquele anda a fazer uma pressão brutal sobre a A3ES (quase parecendo que o Ministro violou a A3ES) da qual ele decidiu em má hora autonomear-se porta voz, preocupado que está com a preservação da virgindade daquela. 

Trata-se convém lembrar do mesmo Bastonário que veio há não muito tempo atrás pedir desculpas aos Portugueses pela pouca vergonhas dos "atrasos" na avaliação dos processos disciplinares https://www.rtp.pt/noticias/pais/medicos-bastonario-pede-desculpa-por-atraso-na-avaliacao-de-processos-disciplinares_v1181558 mas que ainda não pediu desculpas por conta do elevado número de médicos envolvidos em acções criminosas como aqueles referidos aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/a-mafia-da-medicina.html 

Porém se o virginal Bastonário não fosse tão hipócrita deveria reconhecer que insuportável é haver muitos milhares de Portugueses sem médico de familia (como se fossem Portugueses de segunda categoria) ou haver Portugueses estropiados ou até já mortos e sepultados há muito, por conta da acção de médicos que a Ordem dos Médicos ainda não teve tempo para julgar. 


Oxford PhD Rowland-Rees was right

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/07/the-great-climate-migration.html

Still following the post above its worth mentioning that a very recent article published in Science entitled  "Earth's climate destiny finally seen more clearly" support a likely warming range of between 2.6°C and 3.9°C and this shows that Thomas Rowland-Rees, PhD in Physics from Oxford University was right. A 1.5 ºC warming scenario is just a fantasy.

P.S - If now we already have a European tradition of heatwaves then in a 2.6ºC warming we will surely have a lot more...and that is not the most worrying part !




Será que não é repugnante quem se dedica a uma repugnante actividade ?


Há poucos meses atrás os Portugueses tiveram de aturar as arrogantes afirmações de uma arrogante senhora, antigo quadro do BES, que achou boa ideia criticar os hospitais Portugueses no que respeita à resposta ao Covid-19, vide post acima. Trata-se da mesma senhora que dizia que o Dr. Salgado era um homem com visão

Por uma estranha ironia do destino agora que o Ministério Público concluiu a acusação ao caso da falência do BES que está ligado a um buraco de quase 12.000 milhões de euros, sabe-se que a dita fazia parte do grupo dos quadros do BES, a quem informa a revista Visão, quatro sociedades secretas sediadas em offshores pagaram 50 milhões de euros. Diz a revista que os pagamentos foram "uma contrapartida por terem aderido a uma alegada associação criminosa liderada por Ricardo Salgado". 

Segundo a revista o nome de código da senhora Administradora na lista de pagamentos era a Pititi (o filho do mesmo Dr.Salgado tinha o curioso nome de código de Labutes, talvez por ser um grande labutador e recebeu quase meio milhão de euros). Contactada pela revista Visão para confirmar quanto recebeu do saco azul do BES a histriónica gestora não esteve disponível para responder, nem que fosse para dizer que o seu advogado iria provar a falsidade da acusação, perdeu o pio. Deve andar muito ocupada a rezar para que os lesados do BES não lhe façam uma visita como aquele grupo que quer colocar o Dr. Salgado e os seus antigos gestores maravilha com nomes de código curiosos a pagar a conta. 

A matéria choque de hoje no Público é o facto do Novo Banco ter vendido milhares de imóveis (5552) e milhares de fracções (8719) com um preço médio de 25.000 euros a um fundo anónimo localizado nas Ilhas Caimão. Os Portugueses irão pagar o prejuízo da venda da mesma forma como já pagaram o prejuízo da venda de outro imóvel ao rei dos frangos https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/05/a-melhor-altura-para-comprar-e-quando.html

Acho contudo que antes de terem vendido os referidos milhares de imóveis ao tal fundo anónimo, o Novo Banco deveria ter feito um leilão electrónico para saber se havia Portugueses interessados em comprar imóveis com 70% de desconto. Aliás eu que também quero ajudar o Novo Banco a desfazer-se rapidamente dos seus imóveis ofereço-me por isso para comprar um deles com um desconto de 70%, financiado com um empréstimo ao mesmo Novo Banco e nas mesmas condições recebidas pelo tal fundo anónimo das Ilhas Caimão. Posso até mesmo considerar comprar uma dezena de imóveis, se a Caixa Geral de Depósitos me financiar um empréstimo nos mesmos moldes em que o concedeu à filha do Dr. Vara, no valor de 231.000 euros pagando apenas módicos 200 euritos a cada mês a título de prestação.  

PS - O mesmo jornal Público contém hoje uma citação que permite entender a pouca vergonha acima referida, feita por um conhecido Professor de Harvard falecido em 2006
"A maneira como os bancos ganham dinheiro é tão simples que é repugnante" e que permite as seguintes perguntas:
- Será que não é repugnante quem se dedica a uma repugnante actividade ? 
- E se a resposta for positiva não deveriam os restaurantes ser obrigados a informar os clientes sempre que um banqueiro esteja a almoçar ou jantar no seu estabelecimento, para que os clientes possam decidir se querem ou não refeiçoar perto de tão repugnante presença ?

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Um documentário capaz de levar os espíritos mais frágeis à loucura


https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/earthlings-narrated-by-joaquin-phoenix.html

É verdade que o documentário que já tinha mencionado no post acima é "pesado", trata-se do mesmo que o Professor Peter Singer disse ser, o único filme no Planeta que merecia ser visto e que até têm potencial para mudar a vida de muitos daqueles que o viram integralmente, (entre os quais me incluo) infelizmente também parece ter a capacidade para levar pessoas psicologicamente menos estáveis a cometerem loucuras, como aquela referida na recente noticia abaixo, sobre alguém na Ucrânia, que ficou tão perturbado com o referido documentário, que fez reféns 13 pessoas e disse que só as libertava quando o Presidente daquele país, Vladimir Zelenskiy, colocasse um post no seu Facebook a apelar à visualização do referido documentário https://www.dailymail.co.uk/news/article-8547011/Ukraines-President-won-freedom-13-bus-hostages-posting-clip-urging-people-watch-vegan-doc.html

Fará algum sentido que a abordagem da "engenharia civil nos vetores da actualidade" não inclua a Covid-19 ?


https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/07/o-misterio-do-curso-de-engenharia-civil.html

No tal anúncio de página inteira pago pela FEUP e pelo Departamento de Engenharia Civil daquela Faculdade e comentado no post acima, havia ainda a originalidade da pergunta  "Qual o papel da engenharia civil nos vetores da actualidade ?"   cuja resposta era descriminada em oito sucintas rubricas. 

Tendo em conta que as rubricas não estavam hierarquizadas alfabeticamente e também que não é possível admitir que a ordem fosse aleatória, então só resta admitir que a hierarquização feita corresponde aquilo que o referido departamento entende como aquela que faz mais sentido. Abaixo os títulos das rubricas ordenados como apareciam no referido anúncio (com excepção dos números), onde a ferrovia é líder e o edificado é o última da lista, leia-se é (ou parece ser) o parente pobre:
1-Ferrovia
2-Mar
3-Economia circular
4-Energias renováveis
5-Mobilidade
6-Alterações climáticas
7-Água
8-Património ambiental e edificado

Desde logo não deixa de ser intrigante ou no mínimo curioso que num texto produzido em plena crise pandémica mundial haja uma tão evidente desvalorização da Covid-19, naquilo que são os tais "vetores da actualidade". Será que quem ler o referido anúncio ficará a pensar que a engenharia civil em geral e em particular aquela lecionada e investigada na Universidade do Porto, vive num mundo paralelo onde não existe Covid-19 ?

PS - No inicio de Maio a Sociedade dos Engenheiros Civis dos EUA (ASCE) publicou um Editorial acerca da influência da pandemia nos transportes e no final desse mês um pequeno artigo online dava conta que a ASCE já tinha feito previsões quanto a um futuro pós-pandémico no documento Future World Vision https://www.enr.com/articles/49440-before-covid-19-asce-project-envisioned-post-pandemic-future onde se fala por exemplo da necessidade de um salto na robotização da construção, das tensões entre os transportes públicos necessários à sustentabilidade e os grupos de pessoas que afora não querem viajar junto a outras pessoas ou da valente martelada ("hammered pretty hard"que levaram as megacidades, facto que já tinha sido comentado no final de Abril na conhecida revista The Economist e que já era perfeitamente perceptível antes mesmo dessa data ou ainda antes disso email que enviei para algunsmuitos Colegas com o título "Will pandemics reverse the urbanization rate" em 18 de Março de 2019 e depois publicitado como post aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/03/will-coronavirus-reverse-urbanization.html

domingo, 26 de julho de 2020

A desonestidade do Estado Português



https://www.publico.pt/2020/07/26/sociedade/noticia/estado-quer-ficarlhes-certificados-aforro-tribunal-manda-devolver-dinheiro-1925862

O jornal Público informa hoje que  "Todos os anos há herdeiros a perder poupanças feitas pelos familiares por causa do prazo de prescrição. Estado arrecada uma média de dois milhões de euros por ano". Que o Estado queira cobrar um imposto ainda se percebe agora querer ficar com 100% por conta de ter sido ultrapassado um prazo para reclamar uma herença secreta é que é coisa de um Estado pirata. Aqueles Portugueses que tiverem dinheiro suficiente para demandar judicialmente o Estado durante os muitos anos que os tribunais levam a decidir, esses ainda têm alguma hipótese de reaver esse dinheiro, já os outros fazem parte do grupo a quem o Estado tirou mais de 10 milhões de euros só nos últimos 5 anos.

E já que o tema deste post é a desonestidade do Estado Português, então é conveniente referir que também hoje o mesmo jornal Público, logo na capa revela aquela que é a nova estratégia saloia do referido Estado para conseguir convencer aqueles que criticam as explorações mineiras, que passa pela "generosa" oferta de entre um mínimo de 33% e um máximo de 50% dos royalties da exploração das minas. Ou seja aquelas zonas que ficarão com a poluição da exploração mineira como esta aqui, podem no máximo dos máximos aspirar a 50% dos lucros já Lisboa ficará com o restante, entre 50% e 67%. Eu espero que os autarcas das zonas onde serão feitas explorações mineiras não sejam parvos e exijam 100%, pelo menos até que essas zonas consigam atingir 70% do rendimento mediano de Lisboa

De facto se a Madeira e também os Açores ficam com 100% de toda a riqueza produzida nessas regiões, e se lá houvesse a maior mina de lítio do mundo, 100% dos lucros da sua exploração ficariam lá, então porque é que concelhos mais pobres no Continente não podem ficar com 100% dos lucros das minas, pelo menos até deixarem de ser pobres ?

E para se perceber que as explorações mineiras são negócios miseráveis que nunca enriqueceram nenhum país, basta ler no mesmo artigo que por cada 100 milhões de euros de minério vendido a empresa que o explora pagará ao Estado em royalties um valor a variar entre 2 a 3 milhões, dependendo a diferença de haver ou não tratamento do minério em Portugal. E é por isso que a maior parte das minas são apenas cancros a cêu aberto, porque se a miserável receita que é paga pelas empresas exploradoras fosse utilizada na recuperação ambiental das zonas das minas então não sobraria praticamente nada. Irónico é por isso que o mesmo jornal Público contenha uma citação muito elucidativa: 
"A actividade mineira é uma missão de busca e destruição"

A powerful documentary



The documentary that i mentioned in a previous post and that was narrated by Joaquin Phoenix and endorsed by Professor Peter Singer as the only movie in the world worth seeing is indeed a very disturbing one but it does not justify the kidnapping of 13 human beings in Ukraine (by a disturbed person) that fortunately were released after the Ukrainian President Zelenskiy accepted to post a video on Facebook urging people to watch the documentary https://www.dailymail.co.uk/news/article-8547011/Ukraines-President-won-freedom-13-bus-hostages-posting-clip-urging-people-watch-vegan-doc.html

O mistério do Curso de Engenharia Civil da Universidade do Porto

Ontem o curso de Engenharia Civil da Universidade do Porto pagou uma página inteira de publicidade num destacável do semanário Sol. A parte mais lamentável é aquela onde se pode ler que aquele curso se destaca "no Top 100 mundial no conceituado ranking QS World University Rankings". 

É evidente que não se esperava que o curso em causa mencionasse que ocupa o 5º lugar nacional no ranking Shanghai, (em 2019 estava em quarto lugar mas entretanto tropeçou) que é o único que convém lembrar a Comissão Europeia associa à excelência científica  nem muito menos que fizesse publicidade ao 4º lugar neste outro ranking dos 40 artigos em revistas que até hoje receberam mais citações de investigadores estrangeiros  ou que publicitasse o facto de não conseguir aparecer no Top 10 dos livros de engenharia civil indexados na Scopus mais citados, que é dominado pela UMinho, UCoimbra e ULisboa  ou o fraco desempenho na plataforma Publons onde é difícil encontrar docentes do curso de engenharia civil da universidade do Porto, em lugares de destaque, porém sempre teria sido preferível não mencionar qualquer ranking a mencionar a posição num ranking da treta e ainda por cima ir ao extremo de o classificar com sendo um ranking conceituado, depois daquilo que várias pessoas lá fora disseram sobre esse ranking que é baseado numa "entirely flawed methodology that underweights the quality of research and overweights fluff" https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/03/o-expresso-ao-servico-de-um-ranking-fake.html

É por isso muito pouco provável que os melhores alunos da cidade do Porto, cidade essa que até têm um clube de futebol, que foi campeão europeu por duas vezes e campeão do mundo outras duas, irão a correr fazer fila para ingressar num curso que nem sequer consegue ser campeão nacional, optando assim por ir engrossar a lista daqueles alunos que preferem tirar o curso em universidades estrangeiras que são muito mais competitivas
tendência essa que não parece que o Covid-19 esteja a diminuir como de pode ler aqui, tratando-se de uma grave situação que empobrece duplamente o país (e é muito irónico que seja precisamente a academia a contribuir para esse empobrecimento), já que esses estudantes não só estão a financiar o ensino superior de outros países, como é muito pouco provável que voltem para Portugal depois que se diplomem, atentos os vencimentos pouco acima do salário mínimo que por cá se praticam, excepto na advocacia, claro está e por isso a médio prazo é altamente provável que o referido agravamento da baixa competitividade das universidades Portuguesas, leve a que por cá só fiquem os alunos que não conseguem ingressar em universidades estrangeiras por dificuldades intelectuais ou por dificuldades financeiras. 

sábado, 25 de julho de 2020

Accionar judicialmente os Diretores das Faculdades de Medicina para pagarem 20 milhões de euros



Acaba de saber-se que as universidades públicas decidiram não abrir nem uma única das 215 novas vagas de medicina autorizadas pelo Governo. Significa isso que no próximo ano mais 215 famílias Portuguesas terão de pagar para que um dos seus filhos vá tirar o curso de medicina numa universidade estrangeira, admitindo que ter um filho numa universidade estrangeira não custe menos de 1500 euros por mês isso significa que as referidas 215 famílias irão pagar ao longo de 5 anos quase 20 milhões de euros, que é o custará à economia Portuguesa a inqualificável decisão das Universidades Públicas Portuguesas. O que essas 215 familias deveriam agora fazer era accionar judicialmente os Diretores das Faculdades de Medicina para pagarem essa conta. 

Esta pouca vergonha tem forçosamente de ter consequências e é por isso boa altura para rever uma tão danosa autonomia académica (uma falsa autonomia porque as Faculdades de Medicina mais parecem apêndices da Ordem dos Médicos) para impedir que a mesma possa continuar a lesar o país. Mas no entretanto é necessário "estimular" também a A3ES para que aquela deixe de achar que os pareceres comprometidos da Ordem dos Médicos, possam continuar a servir de desculpa para impedir que a Universidade Católica possa abrir um curso de medicina. Não tenho grande simpatia pela Universidade Católica mas tenho ainda menos pelos rapaces fidalgotes da medicina cujos interesses privados aprisionam, desde o tempo do Salazarismo, o superior interesse público. 

Portugal precisa não só de mais médicos, como de forma corajosa o admitiu este médico aqui https://www.publico.pt/2020/06/22/sociedade/opiniao/confirmado-precisamos-faculdades-medicina-1921098 e como também o comprova o recente concurso aberto no Algarve para 60 médicos que vergonhosamente não teve uma única candidatura, mas precisa essencialmente de médicos mais honestos, para substituir os muitos médicos que andam a roubar o sistema nacional de saúde quase parecendo que tiraram não um curso de medicina mas antes um curso de gamanço. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/a-mafia-da-medicina.html

Será que no ambiente construído os parâmetros controlados pelo projeto e pelos ocupantes influenciam a sua saúde mental?

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0360132319301982#sec2

Ver secção 2.2 no artigo acima. Igualmente importante neste contexto aqui é a questão na secção 2.5, 
Does the microbiome of the built environment influence mental health?

PS - Uma pesquisa pelos termos "pacheco torgal" no google revela que ontem foi carregado para a plataforma Youtube um curto video https://www.youtube.com/watch?v=yCMQLtj-bGE onde se menciona o livro "Toxicity of Building Materials" publicado em 2012 https://www.elsevier.com/books/toxicity-of-building-materials/pacheco-torgal/978-0-85709-122-2 mas o que a autora do vídeo não sabe é que no passado mês de Junho foi iniciada a segunda edição desse livro a qual será mais volumosa do que a primeira.