segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Trabalho de um professor do secundário vale muitíssimo menos do que o trabalho de um advogado ?




Ainda na sequência do post acima, não custa acreditar que foi o facto dos deputados terem sido nas últimas décadas sempre a profissão maioritária na Assembleia da República, que explica que o Estado Português ande a pagar 6 euros por hora aos enfermeiros e pague a advogados um valor 1667% superior. 

No contexto supra reproduzo abaixo uma questão que formulei em 7 de Abril de 2019:
Tendo em conta que nos últimos 44 anos os advogados "tomaram de assalto" a Assembleia da República, porquanto sempre foram de longe, o grupo profissional predominante (quase 20% na presente legislatura), quando de acordo com a PORDATA os advogados representam menos de 1% da população activa, o que significa uma aberrante anomalia estatística, que se constitui como um notório prejuízo de uma diversidade profissional mínima na Assembleia da República, não faria sentido impor limites, que não permitam o referido e vetusto monopólio e bem assim obstem aos abusos decorrentes desse monopólio ?

PS - E porque é que há advogados a queixarem-se de miseráveis salários hora que em termos mensais rondam 4000 euros se o Governo Português anda a oferecer salários mensais a professores do secundário abaixo de 750 euros ?  Se o Governo pagasse aos Professores do secundário os tais 25 euros/hora que os advogados acham indignos e miseráveis isso significaria mais de 2000 euros mensais. Onde é que está escrito que o trabalho de um professor do secundário vale muitíssimo menos do que o trabalho de um advogado ?


Defender o direito da história a não se calar perante os fanáticos é defender a própria civilização


O título deste post foi retirado de um artigo do historiador Rui Tavares, vide link acima, que hoje aparece na última página do jornal Público. É certo que os historiadores nunca aparecem nas páginas dos jornais, associados a grandes invenções, merecedoras de um Nobel ou majestosas descobertas ainda assim e tendo em conta que apenas 200 empresas são responsáveis por 40% da investigação a nível mundial (a investigação rentável bem entendido) e que a esmagadora maioria das patentes são produzidas por cientistas que trabalham em empresas, sobra por isso para os académicos que trabalham em universidades a investigação básica não rentável (mas que muitos anos mais tarde até pode servir para engordar os lucros das empresas), mas que ainda assim pode conduzir à glória de um Nobel mas fundamentalmente sobra algo, que também não ocupa os cientistas do sector empresarial, que é a defesa da verdade que é a defesa da própria civilização. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/07/each-scientist-must-stand-up-at-all.html

PS - A imagem acima é do tecto da Câmara dos Direitos Humanos e Aliança das Civilizações, em Genebra https://ohchr.org/EN/NewsEvents/Pages/ArtForHumanRights.aspx


domingo, 18 de outubro de 2020

Covid-19___Malucos, hipócritas e psicopatas "pela verdade"



Anda lá fora um grupo de gente perturbada da cabeça, com umas teorias mirabolantes sobre o Covid-19, que como não podia deixar de ser contagiaram alguns Portugueses, que têm o estranho hábito de muito facilmente emprenharem pelo Facebook, alguns dos quais foram recentemente chatear (leia-se fizeram-lhe uma emboscada) o Presidente Marcelo, que como é muito paciente, os aturou durante 20 minutos e não chamou (como devia) as autoridades policiais para multar quem estava em espaços fechados sem máscara e também as autoridades de saúde para verificar se alguns deles não tinham fugido de um hospital psiquiátrico. Desde logo subsiste a dúvida, se o Presidente da República, ao longo do mandato gastasse algumas horas por dia, todos os dias do seu mandato, a ouvir Portugueses, mesmo assim só podia dedicar 2-3 segundos a cada Português, então por que carga de água é que gastou 20 minutos a ouvir um grupo de alucinados ?

No referido grupo de alucinados há alguns Portugueses que não são assim tão idiotas, mas que resolveram abraçar essa causa, porque a lógica deles é outra. Como o Covid-19 lhes está a prejudicar muito gravemente a sua actividade profissional e como eles não podem dizer publicamente o que lhes vai na alma, isto é, que o melhor para a economia (e para o bolso deles) seria acabar com as máscaras e o distanciamento social e deixar que o mais rapidamente possível o Covid-19 infectasse toda a gente, morresse quem morresse como também defendem nos EUA, então limitam-se a repetir a cassete da tal acéfala conspiração mundial, que serve na mesma os seus propósitos psicopatas, propósitos que não são muito diferentes do que fizeram ali ao lado na Espanha estes animais aqui. O mais irónico é o facto daqueles que constituem o subgrupo dos malucos, se socorrerem na defesa das suas "teses" de uma outra maluquinha dos Estados Unidos da América, que já tinha sido comentada há tempos neste blog https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/05/coronavirusjudy-mikovits-e-nova-estrela.html

Sobre os tais "médicos pela verdade" é bom que se diga que não deixa de ser intrigante que não haja lá nenhum especialista em epidemiologia, virologia ou pneumologia, disposto a fazer o frete de alinhar pela equipa dos "alucinados pela verdade"  https://expresso.pt/opiniao/2020-09-29-Medicos-pela-Verdade  ainda assim entendo que a existência de um grupo de médicos "pela verdade" a defender teorias alucinadas é uma prova que há poucos médicos em Portugal, pois num país onde não há desemprego médico isso significa que estão todos empregados, os médicos bons, os médicos menos bons, os médicos maus, os médicos medíocres e até mesmo os médicos alucinados "pela verdade".  

Na engenharia civil, a minha área, os especialistas de pontes não se armam em especialistas de eficiência energética, nem estes se armam em especialistas de hidráulica, nem os de hidráulica se armam em especialistas de materiais de construção e nem estes se armam em especialistas de urbanismo. Que na área da medicina vá grande confusão qual albergue espanhol e haja especialistas de ossos a dar lições sobre o aparelho digestivo e especialistas de dermatologia e nefrofologia armados em especialistas em epidemiologia significa apenas que eu tinha razão quando há alguns meses atrás defendi uma sindicância à Ordem dos Médicos.    https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/sindicancia-ordem-dos-medicos.html

Aditamento em 19 de Outubro - O jornal Observador informa que a Ordem dos Médicos já deu corda aos sapatos e já está a investigar os tais alucinados "médicos pela verdade" 



Presidente da Comissão Europeia quer um futuro verde sem aço nem cimento



Parece que alguém explicou à Presidente da Comissão Europeia que o ambiente construído é responsável por 40% de todas as emissões de gases com efeitos de estufa (talvez tenha sido o Bill Gates). E foi por isso que ela escreveu num artigo, publicado ontem no caderno principal do Expresso (que também foi publicado noutros jornais de outros países europeus) onde foi até ao pormenor de dizer que na produção do aço e do cimento se consome uma elevada quantidade de energa e há também elevadas emissões de carbono, inclusive a partir de reacções químicas. E tendo em conta este grave problema, avisa a Drª Ursula von der Leyden, que nos próximos dois anos serão lançados cinco projectos em vários países europeus focados em diferentes perspectivas de ataque ao referido problema, desde os materiais de construção, passando pela eficiência energética, mobilidade sustentável... etc etc sendo que o objectivo é "estimular o debate sobre novos métodos de construção e as novas formas de concepção" como parte da tal estratégia dos 750 mil milhões para a recuperação económica da Europa.

É bom saber que depois de faraónicos projectos de investigação na área da medicina, os quais parecem ter saído da cabeça de alguns cientistas que padecem do complexo do Napoleão, como aquele projecto mencionado aqui onde foram derretidos mil milhões de euros,  alguém se lembrou do sector da construção, mas ao contrário dos investigadores de outras áreas (que com pouca ética) não se importam de prometer grandes descobertas para encher o olho à classe politica, como os tais do supracitado projecto, os investigadores da área da construção têm os pés bem assentes na terra e pelo menos aqueles da área do cimento não têm excelentes notícias para dar à Presidente da Comissão Europeia, pois muito infelizmente o futuro ainda terá que ser construído com muito cimento https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/09/environmental-impacts-and.html pelo menos até que seja criado um imposto suficiente para penalizar as emissões de dióxido de carbono que permita viabilizar economicamente outras soluções tecnológicas  ao nível de ligantes alternativos ao cimento e outros materiais de construção, porém ainda mais caras do aquelas que constituem o status quo. Seja como for os investigadores da área da construção agradecem desde já os (muito atrasados) milhões agora prometidos, na certeza porém que serão muito melhor empregues do aqueles mil milhões de euros que foram derretidos no tal faraónico Brain project, que acabou por se revelar uma grande desilusão https://www.theatlantic.com/science/archive/2019/07/ten-years-human-brain-project-simulation-markram-ted-talk/594493/

É importante também referir que apesar da investigação na área da construção em Portugal, ser uma das áreas com maior competitividade cientifica internacional, não deixa de ser curioso constatar que a Fundação para a Ciência e Tecnologia tenha investido nessa área, ao longo das últimas décadas um valor miserável, tendo preferido apostar de forma quase maciça noutras áreas onde à semelhança da medicina, também gostam de prometer mundos e fundos que no entanto nunca são alcançados e nem sequer conseguem fazer boa figura no ranking Shanghai, como é o caso da área da Física, onde o falecido Ministro Mariano Gago injectou muitos milhões de euros, mas que hoje faz pior figura no referido ranking em comparação com as unidades da área da engenharia civil  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/08/uma-area-cientifica-com-5-excelentes.html

PS - Sobre a pouca ética acima referida convém recordar que a área da medicina é aquela onde existe um elevado número de investigadores apanhados em estudos fraudulentos. Nesse pouco ético campo não existe nenhuma área científica que se lhe aproxime. Sendo particularmente elucidativo o facto da medicina ser uma área que é responsável por menos de 20% das publicações indexadas a nível mundial embora seja responsável por mais de 50% das que foram retractadas. E facto curioso é que o país com mais publicações retractadas devido a manipulação de imagens ou de dados de experiências sejam os EUA e não um país do terceiro mundo. Ver a este respeito: Bar-Ilan, J. and Halevi, G., 2020. Retracted articles–The scientific version of fake news. The psychology of fake news: Accepting, sharing, and correcting misinformation. London: Routledge.
 

"Magistrados querem enriquecimento ilícito na lei de uma vez por todas"



É muito refrescante ler hoje no jornal Público, a noticia no link acima, cujo título também dá título a este post. É claro que já se sabe o que vão dizer o Governo e os deputados do PS, que uma lei contra o enriquecimento ilícito seria inconstitucional. Desgraçadamente neste país aquilo que é muito constitucional é o empobrecimento de milhões de Portugueses, para servir o enriquecimento de alguns filhos da puta, que não podem de forma alguma ser incomodados pelas autoridades judiciais, da mesma forma como o são noutros países, como o Reino Unido https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/10/a-nova-ferramenta-juridica-britanica.html

Ainda sobre enriquecimento ilícito ver também a publicação "On the Take: Criminalizing Illicit Enrichment to Fight Corruption" a qual é citada numa tese de doutoramento defendida na Universidade de Londres, com o sugestivo título "Establishing a Common EU Anticorruption Framework: Institutional Enablers and Inhibitors" e também a forma como outros Tribunais Constitucionais na Europa tratam o tema:
“The Constitutional Court held that, when implementing the criminal policy pursued by the state, the legislature has declared illicit enrichment as a dangerous criminal act and prohibited it by Paragraph 1 of Article 1891 of the CC, seeking to make economically not viable the commission of crimes related to corruption, property, economy, finance, as well as other selfish crimes, and to prevent such acts and damage inflicted on the state and society. Thus, the legislature has implemented its wide discretion to choose the norms of a particular branch of law in order to define certain violations of law and to impose concrete sanctions for these violations. Having assessed the purpose of the impugned legal regulation, the dangerousness of illicit enrichment, and the sanction imposed for this crime in Paragraph 1 of Article 1891 of the CC, the Constitutional Court held that there is no ground for stating that, as a legal measure, criminal liability established for illicit enrichment is disproportionate".

sábado, 17 de outubro de 2020

Professores podem mentir à vontade nos concursos universitários porque a mentira não é crime tipificado pelo Código Penal



Acima link para recente noticia onde se dá conta que alguns professores acusam uma ex-eurodeputada socialista de ter ganho um concurso universitário para um lugar de professor Associado, com um currículo contendo falsas declarações. O Ministério Público porém mandou arquivar a queixa porque alega que mentir no currículo não é crime !

E eu que ingénuamente pensava que as falsas declarações num currículo equivaliam a um crime de falsificação de documento ! Porque será que as leis neste país parecem feitas para facilitar a vida aqueles que vivem de mentiras (de burlas, fraudes e da corrupção em geral) ? 

Advogados acham que um salário de 4000 euros/mês é indignamente baixo


O director da revista Sábado explica na edição desta semana a receita para para sacar 149 milhões ao Estado Português, tendo escrito que "o Governo de Sócrates foi modificando o contrato, já depois de aprovado pela comissão de avaliação, e adaptando-o a conveniências espúrias" levando a que o Estado Português fosse condenado a pagar uma indemnização de 149 milhões de euros, por ter decidido não avançar com o projecto do TGV por falta de verbas. Isto é, apesar de não se ter contruído sequer um quilómetro, sequer um metro ou sequer um milimetro da linha de TGV, os contribuintes Portugueses ainda assim tiveram que desembolsar 149 milhões de euros, acrescidos de juros que fazem com a conta final tenha saltado para 200 milhões de euros. 

Antigamente quem queria arranjar depressa uma elevada quantidade de dinheiro dedicava-se à impressão de notas falsas (ou mandava imprimir notas verdadeiras como fez o Alves dos Reis) ou ia assaltar um banco. Isto até que alguns Portugueses muito inteligentes (e cujo sonho de vida nunca foi trabalhar para pagarem as suas despesas) se lembraram que o maior banco deste país é aquele que é alimentado todos os anos com o dinheiro das receitas fiscais, o que segundo a Pordata, é coisa superior a 45.000 milhões de euros a cada ano e também que a forma mais segura e mais cómoda de sacar dinheiro desse "banco" é fazer com seja o próprio Estado a depositá-lo directamente na conta bancária dos interessados, através de contratos espúrios, com cláusulas abusivas, como aquele contrato acima referido ou os contratos mencionados pelo Paulo Morais ou estes contratos aqui ou até mesmo os contratos limpinhos limpinhos limpinhos, como aqueles que andam a encher os bolsos das sociedades de advogados  https://expresso.pt/sociedade/2020-10-07-Duas-firmas-de-advogados-fizeram-contratos-com-o-Estado-no-valor-de-18-milhoes

Ainda sobre advogados convém recordar a noticia publicada no Jornal de Negócios que deu conta que há advogados que acham indigno receberem 25 euros à hora. E isto quando 25 euros por hora significam 200 euros num dia de 8 horas de trabalho e  4000 euros ao fim do mês ! Mas se 4000 euros por mês é um valor indignamente baixo então isso significa que eles queriam receber 100 euros por hora (valor esse comentado na parte final de post de 24 de Agosto) o que dá uma remuneração mensal de 16,000 euros ? Mas como pode o Estado Português pagar esse valor absurdo se anda a pagar 6 euros/hora aos enfermeiros ? 

Avaliação da Pegada Ecológica e da biocapacidade das cidades portuguesas

 "the Ecological Footprints of all cities are higher than the world-average biocapacity available for each person (1.7 gha...indicating that, if the entire world population lived like the citizens of these countries, humanity would require between 1.9 and 2.4 planets"
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0264275119302306#f0010



sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Engenharia Civil__ Condicionar a atribuição do grau de Mestre a um desempenho científico mínimo ?

Ainda na sequência do post cima e tendo em conta que os resultados das colocações dos últimos anos, mostram que os cursos de engenharia civil dos Politécnicos de Lisboa e Porto ultrapassam no conjunto mais de 80 colocados, na primeira fase, fenómeno que se tem vindo a suceder repetidamente desde o ano lectivo de 2017/2018, enquanto que a soma dos alunos colocados naquele curso na primeira fase, nas universidades de Coimbra, Aveiro, UBI, UTAD não chega sequer aos 60 alunos, o que significa que nos últimos 4 anos aqueles dois Politécnicos admitiram na primeira fase e no total global, quase o dobro dos alunos admitidos por aquelas quatro universidades públicas, então talvez não seja absurdo que alguém faça o favor de lembrar à tutela e à A3ES, que se agora os doutoramentos estão reservados apenas a formações onde participe no mínimo uma unidade classificada como Muito Bom, então talvez não fosse má ideia, condicionar naqueles dois Politécnicos (e em todos os restantes, embora nos outros não haja praticamente alunos nos Mestrados ou mesmo nas licenciaturas) a atribuição do grau de Mestre, somente aqueles cursos onde haja uma maioria de docentes que sejam membros de unidades que tenham sido avaliadas pelo menos com Bom.

Até porque convém ter presente que de acordo com um estudo da DGEEC de 2017, apenas 34% dos docentes, de cursos de engenharia civil, do ensino superior Politécnico estavam integrados numa unidade de investigação avaliada pela FCT, havendo até muitos desses docentes, que estão habilitados somente com a Licenciatura (a carreira docente do ensino superior Politécnico inicia-se desde 2009 com o grau de Doutor ou de especialista, mas não obstante esse facto há, de acordo com a DGEEC, ainda aproximadamente 5911 docentes naquele subsistema de ensino habilitados apenas com a licenciatura ou o mestrado e até 86 com habilitação inferior) sem capacidades de investigação  e que nunca sequer publicaram um único artigo numa revista científica, e isso quando o Quadro de Qualificações para um Mestrado faz exigências sobre: "Conhecimentos altamente especializados, alguns dos quais se encontram na vanguarda do conhecimento numa determinada área de estudo ou de trabalho, que sustentam a capacidade de reflexão original e ou investigação"
Fazendo por isso pouco sentido que haja elevadas exigências, quanto a quem reúne condições mínimas para poder atribuir o grau de Doutor ao mesmo tempo que as exigências para se poder atribuir o grau de Mestre sejam muitíssimo inferiores. 

Professora mais corajosa da Universidade Nova quer dar um abanão ao Primeiro-Ministro

No artigo hoje publicado a mais famosa Professora da Universidade Nova, além de recordar as palavras do Presidente de Saúde Pública da Universidade do Porto, que disse que a ideia da obrigatoriedade da aplicação "StayAway Covid" é autoritária e estúpida,  lembrou também que:
"António Costa disse ontem ao PÚBLICO que sentiu que “era preciso haver um abanão”. Acontece que em democracia são os eleitores que dão abanões aos políticos, e não o contrário" https://www.publico.pt/2020/10/16/opiniao/opiniao/stayaway-covid-sera-antonio-costa-perdeu-nocao-1935439