O director da revista Sábado explica na edição desta semana a receita para para sacar 149 milhões ao Estado Português, tendo escrito que "o Governo de Sócrates foi modificando o contrato, já depois de aprovado pela comissão de avaliação, e adaptando-o a conveniências espúrias" levando a que o Estado Português fosse condenado a pagar uma indemnização de 149 milhões de euros, por ter decidido não avançar com o projecto do TGV por falta de verbas. Isto é, apesar de não se ter contruído sequer um quilómetro, sequer um metro ou sequer um milimetro da linha de TGV, os contribuintes Portugueses ainda assim tiveram que desembolsar 149 milhões de euros, acrescidos de juros que fazem com a conta final tenha saltado para 200 milhões de euros.
Antigamente quem queria arranjar depressa uma elevada quantidade de dinheiro dedicava-se à impressão de notas falsas (ou mandava imprimir notas verdadeiras como fez o Alves dos Reis) ou ia assaltar um banco. Isto até que alguns Portugueses muito inteligentes (e cujo sonho de vida nunca foi trabalhar para pagarem as suas despesas) se lembraram que o maior banco deste país é aquele que é alimentado todos os anos com o dinheiro das receitas fiscais, o que segundo a Pordata, é coisa superior a 45.000 milhões de euros a cada ano e também que a forma mais segura e mais cómoda de sacar dinheiro desse "banco" é fazer com seja o próprio Estado a depositá-lo directamente na conta bancária dos interessados, através de contratos espúrios, com cláusulas abusivas, como aquele contrato acima referido ou os contratos mencionados pelo Paulo Morais ou estes contratos aqui ou até mesmo os contratos limpinhos limpinhos limpinhos, como aqueles que andam a encher os bolsos das sociedades de advogados https://expresso.pt/sociedade/2020-10-07-Duas-firmas-de-advogados-fizeram-contratos-com-o-Estado-no-valor-de-18-milhoes
Ainda sobre advogados convém recordar a noticia publicada no Jornal de Negócios que deu conta que há advogados que acham indigno receberem 25 euros à hora. E isto quando 25 euros por hora significam 200 euros num dia de 8 horas de trabalho e 4000 euros ao fim do mês ! Mas se 4000 euros por mês é um valor indignamente baixo então isso significa que eles queriam receber 100 euros por hora (valor esse comentado na parte final de post de 24 de Agosto) o que dá uma remuneração mensal de 16,000 euros ? Mas como pode o Estado Português pagar esse valor absurdo se anda a pagar 6 euros/hora aos enfermeiros ?