segunda-feira, 5 de outubro de 2020

A previsão do Nobel de Física e as estranhas declarações da catedrática Fortunato

Ainda na sequência do post acima vale a pena ler o artigo abaixo:
"Here we perform an experiment using the K-index, producing a shortlist of twelve candidates for major scientific prizes, including the Physics Nobel award, in the near future. For example, our top-12 K-index list naturally selects the 2019 Nobel laureate James Peebles. The list can be updated annually and should be compared to laureates of the following years" 

O artigo é especialmente útil, pelo menos para aqueles que como o tal infeliz Redator Principal do Expresso, ainda não perceberam que ganhar um prémio Nobel requer no mínimo dos mínimos, uma obra científica com um determinado padrão de citações, algo que não sucede com a catedrática Elvira Fortunato (K-index Scopus=182), razão porque ela nem sequer foi selecionada para entrar num grupo designado por "Hall of Citation Laureates": 
"In seeking Citation Laureates, our analysts refine their search for instances in which this highly cited work is clearly associated with a significant discovery or advance on a scale that the Nobel committees typically reward" https://clarivate.com/webofsciencegroup/citation-laureates/hall-of-citation-laureates/ onde entre 360 "world class researchers", Portugal não consegue marcar presença, e isso apesar de se saber que Portugal é dos países com maior densidade de cientistas exepcionais (e também de professores universitários excelentes) e que somente por razões politicas é que não recebe prémios Nobel com regularidade, pelo menos foi isso, que muito infelizmente, disse a catedrática Elvira Fortunato, na peculiar entrevista que lhe fez o tal Redator Principal, que foi publicada na revista do Expresso. 

O que é muito lamentável, embora nada surpreendente, é que o jornalista Virgílio Azevedo, não lhe tenha perguntado, se com tanta excelência de investigação que existe na Universidade Nova de Lisboa, porque motivo é que a referida Universidade deixou de fazer parte do Top 500 do ranking Shanghai (que importa relembrar é o único que aparece no documento de 2019, Europe – the Global Centre for Excellent Research) , ao contrário do que sucede com a Universidade do Minho, que estranhamente até recebe menos dinheiro da FCT do que a Universidade Nova de Lisboa e ao contrário também do que sucede com universidades do Irão e do Paquistão  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/08/o-incompreensivel-desempenho-cientifico.html ou será que devemos acreditar que o desempenho científico da Universidade do Minho (e das referidas universidades do Irão e do Paquistão), se deve ao seu poderoso peso politico ?