quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Nobel da Economia e a fraca ciência Portuguesa

 https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/10/metodologia-da-clarivate-analytics.html

Depois de como se comentou no link acima, de ter acertado no nome de um dos vencedores do Nobel da Medicina e ainda no nome de um dos vencedores do Nobel da Física a metodologia da Clarivate Analytics volta a acertar em mais um nome, Roger Wilson, da Universidade de Stanford, que foi um dos vencedores do Nobel da Economia de 2020. Resumindo e desde que foi criada em 2002 a referida metodologia já acertou em 57 nomes, o que é uma forte prova que ter um histórico de citações excepcional, é um requisito fundamental para se poder vir a receber um Nobel. 

Infelizmente Portugal ainda não têm nenhum cientista tão citado que consiga entrar no referido "Hall of Citations Laureates" e isso é um indicador inequivoco do muito que ainda falta à ciência Portuguesa para conseguir entrar no Campeonato mundial da Ciência, pois até agora têm-se limitado a jogar em campeonatos secundários e mesmo nesses nem sequer consegue fazer boa figura contra a vizinha Espanha, país que ao contrário de Portugal até conseguiu aumentar o número de universidades no Top 500 do ranking Shanghai e já nem falo da França que conseguiu inclusive colocar uma universidade como a terceira melhor europeia no referido ranking. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/09/the-economistcomo-franca-criou-uma.html 

A estratégia da fraca ciência Portuguesa, essa continua a passar por uma forte aposta na endogamia (no amiguismo e no "nepotismo movido pelos favores") que permite a selecção de professores com uma única citação no seu currículo e por confiar a maior parte do pouco dinheiro que è alocado à Ciência a um grupo de sequiosos aristocratas que nem sequer conseguem fazer excelente figura cá dentro e muito pior figura fariam, como recentemente se percebeu aqui, e muito mais recentemente também aqui, se a DGEEC, já tivesse feito o trabalho que lhe compete, de produzir estatísticas que forneçam informação útil, avaliando em todas as unidades, o custo para se obter uma citação, que é uma medida de gestão tão básica que é conhecida há milhares de anos porque os contribuintes deste país têm todo o direito de saber, que há unidades (apaparicadas por uma imprensa incompetente e por vezes até ignorante) nas quais é necessário gastar quase 1000 euros para se obter uma única citação, enquanto que noutras unidades a mesma citação se consegue com um investimento de apenas 30 euros.