quinta-feira, 29 de outubro de 2020

A ministra que acha que nos concursos os candidatos não seleccionados não necessitam de ser informados desse pormenor !



Hoje no Público, link acima, há novidades  sobre um famoso concurso, onde até se pode ler que a ministra da justiça acha que informar os candidatos a um concurso, do resultado desse concurso é apenas uma cortesia e não uma obrigação: 
"Francisca Van Dunem admite que o podia ter informado “por razões de cortesia institucional”, mas que não tinha o dever legal de comunicar os resultados do processo de selecção"

Já o tinha escrito mas repito-o, esta é uma das piores ministra que ocupou a pasta da justiça https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/08/expressojuizes-de-aviario.html


quarta-feira, 28 de outubro de 2020

EU countries need to increase energy building renovation rate by at least 100%



Still following the post above see below an extract taken from a report published a few days ago on the assessment of the progress made by EU countries towards the implementation of the Energy Efficiency Directive:
"The NZEB requirements in the most Member States are less ambitious than the benchmarks recommended by the Commission in both residential and non-residential buildings....With the forthcoming introduction  of NZEB requirements for all new buildings as of 2021, the main challenge for the decarbonisation of the building stock by 2050 is to increase the current low renovation rates..."  

The report on the State of the Energy Union disclosed on October 14 also mentioned that
"...to at least double the annual energy renovation rate of residential and non-residential buildings" 

Also important is the fact that more than 220 million buildings need to be energy renovated. Fortunately, that will help to tackle the current economic crisis because  "per euro invested, building renovation is our biggest job creator" with 12-18 local jobs for every million invested.

PS - In this context, it makes sense to advertise the book below which is indexed in the Master Book List of the Web of Science.  Part One addresses thermal insulation materials, phase change materials, reflective materials, smart windows, solar collectors and building-integrated photovoltaics. Part Two reviews measurement and verification models, smart energy systems, and optimization with genetic algorithms and neural networks. The book concludes with several interesting case studies on energy-efficient retrofitting for various building types in different climatic zones.

O medo na universidade portuguesa



Ainda na sequência dos posts acima, sou a informar que fui alertado por um Colega da UTAD, Levi Fernandes da Silva, que irá realizar-se muito brevemente naquela universidade um Fórum subordinado ao tema "Direitos, Liberdades e Garantias: liberdade de expressão, informação e comunicação na universidade portuguesa".

O Colega supracitado endereçou-me um amável convite para ser orador no referido evento, porém declinei o mesmo (da mesma forma como declinei um outro convite que recebi para o mesmo efeito, para um evento relizado na Universidade de Évora), porque sendo certo que não há assim tantos Colegas na Academia que tenham no seu Curriculum Vitae, como eu tenho, a honrosa medalha de lhes ter sido  levantado um processo disciplinar por delito de opinião (cuja vergonhosa acusação pedia nada menos do que a minha suspensão de funções durante vários meses, mas que na altura um recurso hierárquico para o Ministro Mariano Gago reduziu a pó), e menos Colegas há que possuam igualmente a ainda mais honrosa distinção de terem sido "expulsos" de uma instituição de ensino superior, como eu fui, não por conta de um desempenho profissional insuficiente, porque na Academia Portuguesa essa razão nunca dá direito a "expulsão" (não raras vezes e muito paradoxalmente até dá direito a uma promoção) mas unicamente por conta de uma exposição, que há mais de uma década atrás enviei à Inspecção do Ensino Superior, alertando para situações que na altura entendi como muito pouco regulares, ainda assim tenho a certeza que há outros Colegas que podem dissertar sobre o tema da liberdade de expressão, informação e comunicação, de forma menos temperamental e mais académica.  


Uma linda história de embalar sobre uma bolsa de doutoramento e um catedrático com um índice-h platina=6


Era uma vez uma jovem de um país estrangeiro que há 8 anos veio a Portugal obter um doutoramento numa universidade Pública. Ao fim de dois anos de andar a pagar propinas e despesas de estadia candidatou-se a uma bolsa, num concurso de um dos programas doutorais financiados pela FCT, cujo regulamento permitia a candidatura de estudantes estrangeiros. O concurso em causa previa a atribuição de 9 bolsas e ela acabou graduada em 10º lugar, sem direito a bolsa, excepto se houvesse alguma desistência, que foi o que veio a acontecer. 

O júri porém, manhoso, decidiu não lhe atribuir a bolsa, nem fundamentar a sua decisão, nem sequer se dignando a responder a uma reclamação sobre a mesma. A candidata apresentou então, a meu conselho, uma queixa ao Provedor de Justiça, tendo aquela instituição sido inequívoca, no sentido de que tinha sido cometida uma injustiça e recomendando ao Presidente do júri (catedrático do IST) que diligenciasse no sentido de corrigir a injustiça, mediante a atribuição da bolsa à candidata. O júri contudo, de forma bastante prepotente (leia-se velhaca), decidiu manter a inexplicável e injusta decisão de não atribuir a bolsa de doutoramento, dessa forma mandando às malvas a recomendação do Provedor de Justiça, um orgão que recorde-se aprecia queixas e emite recomendações para "prevenir e reparar injustiças" cfr. Artº 23 da CRP .e que até tem assento no Conselho de Estado. 

Quanto à jovem estrangeira essa não teve outro remédio senão engolir a custo a prepotência Portuguesa e acabar o doutoramento sem bolsa. Por esta altura anda na terra do Sr. Trump e sem surpresa até já possui uma produção científica que é superior à produção de todos aqueles 8 candidatos que receberam a bolsa que a ela lhe foi injustamente negada, produção científica essa, que é inclusive superior, à produção científica de um dos catedráticos que fazia parte do referido júri.  

Catedrático esse que curiosamente (embora sem qualquer espanto) também fez parte do júri do concurso para um lugar de Professor Associado, que foi ganho por um portentoso candidato, que catorze anos depois de se ter doutorado tinha duas publicações Scopus e uma única miserável citação https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/10/post-sobre-concurso-anulado-na-univ-de.html E depois ainda há quem se admire que Portugal gasta mais dinheiro do que a Grécia no ensino superior e não consegue ter tantas citações como os Gregos, como foi demonstrado no estudo sobre os últimos 30 anos da Ciência em Portugal https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/os-ultimos-30-anos-da-ciencia.html

PS - Especialmente  elucidativo no que respeita à comparação da produção científica das publicações da jovem doutorada e do referido catedrático é o valor do índice-h platina (índice que procede à normalização da duração da carreira e portanto ao contrário do índice-h, não descrimina os jovens investigadores) que é 26 para a primeira e 6 para o segundo, deixando assim bem patente qual a diferença entre as publicações de um e de outro.  

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Engenharia Civil__Top 10 & Top 20

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/09/cientistas-virgens.html


Ainda na sequência do post acima se agruparmos os 10 revisores mais prolificos, da área da engenharia civil, pode encontrar-se abaixo o total de revisões  confirmadas por instituição, onde se constata que mais de 80% das revisões pertencem às Universidades de Lisboa e do Minho. 
 
Univ. Lisboa (3 revisores no Top 10)...........1776 revisões confirmadas
Univ. Minho (3 revisores)............................1515 
Univ. Nova (1 revisor)...................................269
Pol. Lisboa (1 revisor)...................................261
Univ. Coimbra (1 revisor)..............................261
LNEC (1 revisor)............................................83 
 
Já se estivermos a agrupar os 20 revisores mais prolíficos a lista passa a ter o seguinte aspecto:
 
Univ. Minho (6 revisores no Top 20)............1919 revisões confirmadas
Univ. Lisboa (5 revisores.............................1898 
Univ. Nova (1 revisor)...................................269
Pol. Lisboa (1 revisor)...................................261
Univ. Coimbra (1 revisor)..............................261
Pol. Setúbal (1 revisor).................................131
Univ. Aveiro (1 revisor).................................131
Univ. Porto (1 revisor)...................................118
UALG (1 revisor)...........................................115
Pol. Leiria (1 revisor).....................................114
Univ. Madeira (1 revisor)..............................109
LNEC (1 revisor)............................................83 


Será que o excesso de pessoas inteligentes é uma coisa perigosa ?

No passado mês de Agosto, ridicularizei o notável crescimento do número de alunos sobredotados em Portugal, consubstanciado em milhares de alunos com média de 20 valores e mais de uma dezena de milhar com média de 19 valores. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/08/covid-19-provoca-aumento-de-alunos.html

Menos piada achei porém esta semana ao ler na imprensa que, há um mês atrás foi criado o Observatório para a Sobredotação e Talento, o que me parece relevar de algo que oscila entre a insensatez e o delírio. Esta obsessão ajuda desde logo, ainda que indirectamente, a alimentar a tese de que se há alunos sobredotados é porque também há raças mais inteligentes do que outras https://www.theguardian.com/news/2018/mar/02/the-unwelcome-revival-of-race-science E um inquérito que teve lugar muito recentemente mostra que um elevado número de Portugueses (pouco inteligentes) acreditam nessa tese esdrúxula.  https://expresso.pt/sociedade/2020-10-17-Ha-racas-mais-inteligentes--23-dos-portugueses-acreditam-que-sim

Entendo como especialmente bizarro e até irónico que  à "inteligência" seja atribuída uma sobrevalorização e uma quase divinização, esquecendo que a Humanidade perdeu bastante pelo facto do Hitler e do Staline não serem mentalmente diminuidos, o mesmo valendo para o inteligentíssimo Sr. Madoff (que durante tanto tempo enganou tantas pessoas, incluido pessoas bastante inteligentes) e também para os inteligentes CEOs de bancos dos EUA, que em 2008 nos deram a crise econômica mundial do subprime. O mundo estaria muito melhor se todos eles também tivessem nascido com capacidades intelectuais diminuídas. 

E já nem falo dos inteligentes investigadores que descobriram tantas armas de destruição maciça com nomes tão sugestivos como "Vx, Sarin, Cyclosarin, Soman, Novichok, Tabun, Sulfur mustard, Nitrogen mustard, Lewisite, R-33, CS, CR, BZ"  que são a prova defintiva que este Planeta precisa menos de mais pessoas inteligentes e mais de pessoas altruístas (que o sistema de ensino tem revelado muitas dificuldades em conseguir formar) https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/escolas-portuguesasos-mafiosos-e.html sendo especialmente irónico que esta obssessão com a inteligência ocorra logo na década da inteligência artificial, que até vai enviar para o desemprego pessoas inteligentes https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/02/the-economistartificial-intelligence.html

 PS - Por uma estranha coincidência um artigo na revista The Economista desta semana, tem como título a pergunta que utilizei para o título deste post, onde se fala dos perigos da insatisfação das pessoas inteligentes, quando ao contrário do que a sociedade os fez acreditar, não conseguem ocupar um lugar no topo da pirâmide alimentar https://www.economist.com/finance-and-economics/2020/10/24/can-too-many-brainy-people-be-a-dangerous-thing

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

A estratégia para a islamização da Europa


Ainda sobre o post acima vale a pena ler o artigo hoje no jornal Público, no qual um Ex-Ministro da Cultura de Guterres, escreve sobre a estratégia para a islamização da Europa: 
"Em 2000 foi aprovada numa Cimeira Islâmica em Doha um documento com o título “Strategy of Islamic Cultural Action in the West”... a estratégia resume-se ao reforço da implantação da “nação islâmica em toda a Europa”, à oposição enérgica à integração das comunidades muçulmanas nos países europeus...A educação das novas gerações é considerada a arma necessária e indispensável para atingir estes fins. A acção cultural é definida como um acto de devoção (pág. 8) com vista à preservação da superioridade espiritual e moral do Islão (pág. 9)...Macron preconiza diversas medidas para atenuar o mal já feito, nomeadamente diminuindo ou proibindo as infiltrações estrangeiras transmitidas por imãs radicalizados, controlando a entrada de fundos provenientes de países muçulmanos para financiar os objectivos do Islão radical... Em imediata resposta a Macron, o principal dirigente da Irmandade Muçulmana, Ibrahim Mounir, proclamou no Cairo que as “leis de Alá são superiores às da República”. https://www.publico.pt/2020/10/26/opiniao/opiniao/vinte-anos-macron-interpela-nacao-islamica-1936106

PS - Entretanto os países Árabes furiosos com as palavras do Presidente da França apelam a um boicote aos produtos Franceses

O juíz amigo de Sócrates que não gosta mesmo nada do Ministério Público


O tal juiz comentado no post acima voltou a submergir das profundezas para dizer meia dúzia de asneiradas, onde se inclui tentar (mais uma vez) justificar porque mandou destruir as escutas sobre Sócrates, o que mostra que aquilo deve-lhe pesar bastante na consciência
 https://www.publico.pt/2020/10/22/sociedade/noticia/antigo-presidente-supremo-teme-manipulacao-interferencia-politica-investigacao-criminal-1936052
 
Sobre este antigo juiz a única coisa que se me oferece dizer é reproduzir o que escreveu sobre ele um corajoso jornalista:
"Noronha de Nascimento, o homem que vai presidir ao Supremo, representa a face sombria da nossa justiça. Querem um símbolo, um expoente, um sinónimo, dos males da justiça portuguesa? É fácil: basta citar o nome da Noronha de Nascimento e tudo o que de mal se pensa sobre corporativismo, conservadorismo, atavismo, manipulação, jogos de sombras e de influências, vem-nos imediatamente à cabeça...é um homem tão inteligente como maquiavélico. Anos a fio, primeiro na Associação Sindical dos Juízes, depois no Conselho Superior da Magistratura, por fim no Supremo Tribunal de Justiça, esta figura de que a maioria dos portugueses nunca ouviu falar foi tecendo uma teia de ligações, de promiscuidades, de favores e de empenhos (há um nome mais feio, mas evito-o) que lhe assegurou que ontem conseguisse espetar na sua melena algo desgrenhada a pena de pavão que lhe faltava: ser presidente do Supremo Tribunal de Justiça...O presidente daquele agigantado colégio de reverendíssimos juízes pouco poder tem tido, só que Noronha de Nascimento apresentou-se aos eleitores - ou seja, aos seus pares, aos que ajudou a subir até ao lugar onde um dia o elegeriam - com uma espécie de programa que arrepia os cabelos do mais pacato cidadão. O homem não fez a coisa por pouco: ao mesmo tempo que vestiu a pele do sindicalista (pediu que lhe aumentassem o salário e que dessem menos trabalhos aos juízes...), pôs a sobrecasaca de subversor do regime (ao querer sentar-se no Conselho de Estado) e acrescentou o lustroso (pela quantidade de sebo acumulado) chapéu do "resistente" às reformas no sector da justiça. Se era aconselhável que um presidente do Supremo Tribunal desse mais atenção a Montesquieu e ao princípio da separação de poderes do que à cartilha da CGTP, Noronha de Nascimento fez exactamente o contrário. Reivindicou como um metalúrgico capaz de ser fixado para a posteridade numa pintura do "realismo socialista" e, esquecendo-se de que é juiz e representante máximo do "terceiro poder", o judicial, pediu assento à mesa do "primeiro poder", o executivo...O homem, creio sem receio de me enganar, é tão inteligente e habilidoso como é perigoso..."
 
PS - Entretanto alguém deu-se ao trabalho de ir escalpelizar as infâmias do juiz Noronha para que a história possa contar uma narrativa bastante diferente da dele e que a mim me merece mais credibilidade


Why does the German Government hate tax transparency ?


See in the link below the article entitled "German Finance Minister Scholz blocks tax transparency": 
"documents of the German Federal Government from the secret negotiations of the Council of Member States show that especially Germany rejects the proposal for public tax transparency" https://sven-giegold.de/en/scholz-blocks-tax-transparency/


Um espectáculo criminoso pago com o dinheiro dos contribuintes

O autódromo do Algarve é aquela coisa onde foram gastos mais de 100 milhões de euros, que até o próprio Armando Vara foi apanhado numa escuta a dizer que era um projecto economicamente irracional, na altura chamou-lhe um sorvedouro de dinheiro. E já se sabe quem é que neste país paga esses sorvedouros. Pode não haver dinheiro para aumentar pensões mínimas de 275 euros ou para aumentar os enfermeiros que recebem 6 euros/hora ou para baixar os custos das portagens....etc etc etc mas para os sorvedouros dos amigos dos políticos nunca faltaram milhões, nem que seja para espectáculos ambientalmente criminosos como o espectáculo da Fórmula 1 que a cada ano emite 256.551 toneladas de dióxido de carbono. (vide imagem abaixo). 

Peter Singer, Professor Catedrático de Bioética na Universidade de Princeton, escreveu que um condutor de um jipe num país ocidental pode ser indirectamente responsável pela morte de camponeses no Bangladesh, ao contribuir com um elevado nível de emissões de CO2 para as alterações climáticas, que provocam a seca e também o aumento do nível das águas naquele país causando a ruína das suas colheitas e a disseminação de doenças tropicais. E se assim é para um veículo todo o terreno, muito mais o é para os veículos desportivos da Fórmula 1, cuja pegada carbónica total é de 2.5 milhões de toneladas de carbono a cada dez anos. E o mesmo vale obviamente para outros veículos como por exemplo os da marca Bugatti que emitem meia tonelada de carbono por cada 1000 kms percorridos.