sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Untermensch of the 21st century__Part 2

In December of last year, i made a short commentary about an image published in The Economist that summarized 4 million online journalism articles. See post above. And this week a terrorist attack in Africa carried out by the barbarian Daesh group in which 50 Africans were beheaded (an event with little impact on the mainstream media) shows that the lives of 50 Africans are less worthy than the life of a single European.

The aforementioned terrorist attack also shows that the infamous "Management of savagery doctrine" is being enforced with a lot of success in Africa https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/11/manufacturing-jihad-in-europe.html

PS1 - From the several names (Isis, Isil, IS or Daesh) that refer to this terrorist group it seems that Daesh is the one they like the least so it seems to be the most accurate option

PS 2 - When the disgraceful and cowardly Trump administration (Lawrence O’Donnell said it in an amazing statement) comes to an end surely the new and most decent Biden Administration can join European efforts to eradicate Daesh terrorism from the face of the Earth



quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Duas propostas para reduzir a desigualdade científica no Ensino Superior

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/11/stanford-universityupdated-ranking-of_7.html

Ainda na sequência do post acima lista-se abaixo a distribuição dos SHCS pelas diferentes instituições do Ensino Superior. 

ULisboa.............118  Scopus Highly Cited Scientists
UPorto................86      
UCoimbra...........35    
UAveiro...............33
UNova.................33     
UMinho...............24     
UAlgarve.............11
FGulbenkian.........5
UÉvora.................5
UBI.......................5
Polit Bragança......4
UTAD....................4
F.Champalimaud..4
Polit Porto............3
UCatólica.............2
LNEG...................2
INL.......................2
Pol Setúbal..........1
Pol Leiria..............1
ULusofona...........1
ISCTE..................1   

Não parece nada benéfico que 95% dos SHCS trabalhem em instituições fora do Interior do país e bem assim isso também suceda  com a esmagadora maioria do financiamento da investigação (96% das unidades de investigação que recebem mais de 1.5 milhões de euros da FCT, estão localizadas fora do Interior do país, e 50% delas estão em apenas duas universidades de Lisboa, até porque convém lembrar aos esquecidos que no Interior deste país, no chamado Portugal profundo, não vivem somente 5% dos Portugueses, pelo que faria todo o sentido, que no cumprimento da obrigação Constitucional de ordenamento harmonioso do território nacional (alínea b do nº 2 do Artº 66 da CRP),  com vista a evitar desigualdades geradoras de injustiças sócio-economicas, o Governo arranjasse algum programa para incentivar investigadores que possuem uma produção científica invulgar a irem trabalhar para instituições de Ensino Superior Público localizadas no chamado Portugal profundo.  

Volto por isso novamente a recordar uma proposta que fiz há alguns anos atrás, que passaria pela abertura de um concurso internacional para 50 vagas de lugares de investigador-Coordenador para as instituições de Ensino Superior do Interior, sendo que os selecionados beneficiariam das mesmas regalias que são oferecidas aos médicos quando aceitam ir para hospitais do Interior do país (que passam por um suplemento remuneratório de mil euros mensais) e que o mesmo fosse acompanhado de uma verba para execução de um projecto de investigação ao longo de seis anos, no valor de 300.000 euros.

Uma outra hipótese, esta muito mais económica, para aumentar a competitividade científica das Instituições do Ensino Superior localizadas no Portugal profundo, passaria por conceder o referido suplemento remuneratório de 1000 euros/mês, aos docentes e investigadores que já trabalhem nas Universidades e Politécnicos do Portugal profundo, e que consigam ganhar uma daquelas bolsas milionárias do European Research Council ou que sejam coordenadores de um projecto de investigação internacional no qual a verba a trazer para Portugal seja igual ou superior a 2 milhões de euros. O mesmo valendo para os docentes e investigadores de Universidades e Politécnicos do Litoral, que nas mesmas condições, decidissem ir executar os seus projectos internacionais (ainda não assinados) em Instituições localizadas no Interior. 

PS - É de longe preferível gastar alguns milhões de euros a levar alguns cientistas de topo para as Instituições de Ensino Superior no Interior deste país (ou dar um prémio remuneratório a alguns dos que já lá estão para assim garantir que lá continuam), do que gastar uma quantia muito superior na regionalização com que sonha alguma classe politica parasita, que passa pela criação de vários Parlamentos Regionais, como aqueles que existem nos Açores e na Madeira  https://www.esquerda.net/artigo/deputados-da-madeira-recebem-subvencoes-mais-altas-do-pais/35131 pois a última coisa que este país necessita é de gastar ainda mais dinheiro a sustentar politicos parasitas.  


Mais um coitadinho que quer uma indemnização



Não foi dificil prever no post acima que a sentença que indemnizou o tal criminoso Romeno encheu de esperanças todos os outros reclusos do sistema prisional Português ou pelo menos aqueles que tem advogados mais expeditos, como parece ser o caso do tal "maior traficante" Português, do qual hoje deu conta o jornal Público https://www.publico.pt/2020/11/12/sociedade/noticia/narcotraficante-franklim-lobo-queixase-condicoes-deploraveis-prisao-tribunal-direitos-humanos-1938855

Tenho dúvidas que a salubridade das prisões Portuguesas seja muito pior do que trabalhar dentro de uma mina, com risco da própria vida, pois minas subterrâneas totalmente seguras são coisa que não existe. Talvez não fosse por isso totalmente absurdo propor aos reclusos um abatimento da duração da pena de cadeia aqueles que aceitassem trabalhar dentro de uma mina. Seria algo que talvez não fizesse maravilhas pela ressocialização dos reclusos (porque talvez acentuasse a atracção pela vida mansa do mundo do crime) mas pelo menos ajudaria alguns a perceber o que custa a vida a muitos Portugueses.


quarta-feira, 11 de novembro de 2020

A ciência Portuguesa não necessita de investigadores excelentes mas sim de muitos Executive Managers !

Um Português muito indignado fez-me chegar informações oficiais, sobre um muito recente concurso para um lugar na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, com vista à contratação de 1 doutorado (vencimento 3201,39 €), para a unidade de investigação Cintesis, concurso esse no qual curiosamente não interessam para rigorosamente nada as actividades de investigação desenvolvidas pelos candidatos e a sua produção científica: 

Critérios e fatores de ponderação da avaliação curricular: 
a) Doutoramento em Psicologia da Saúde
b) Formação complementar em Gestão de Projetos
c) Experiência no apoio à submissão de projetos de investigação nas áreas das Ciências da Vida e da Saúde
d) Experiência na coordenação de equipas de gestão científica
e) Experiência na avaliação de projetos financiados por organizações internacionais

A este concurso apresentaram-se 8 concorrentes. Sete candidatos foram excluidos (incluindo, pasme-se, uma candidata excelente, com nada menos do que 125 publicações indexadas na Scopus) porque segundo o júri (constituído pelos senhores professores doutores, Presidente Altamiro Costa Pereira e Vogais Armando Cardoso, Lia Fernandes e João Fonseca) não tinham experiência na gestão e comunicação da ciência. O único candidato que sobrou, é um feliz titular de um absolutamente crucial doutoramento em Psicologia da Saúde, e de uma fraca produção cientifica de 2 publicações Scopus e 2 citações. 

Porque será que um doutoramento em Psicologia da Saúde é crucial para uma unidade que investiga na área da medicina preventiva e um doutoramento em qualquer outra área de medicina não é ? Trata-se de um facto curioso, tão curioso quanto a informação sobre a portentosa equipa de gestão deste unidade de investigação, onde trabalham 9 pessoas, sendo que o Executive Manager é por uma feliz coincidência, o tal candidato único que sobrou no concurso supracitado e que já exercia essas funções desde 2012: 

1 - Executive Manager 
1 - Research Manager
2 - Financial Managers
1- Innovation & TT Manager
1 - Media Relations Specialist
1 - Communication Manager
1 - Digital Marketing Manager
1 - Office Manager & Translator

Será compreensível que ao mesmo tempo que há unidades que recebem um financiamento inferior a 100.000 euros por ano, para fazerem investigação, haja outras que só com a "equipa de gestão" gastam mais de 250.000 euros por ano e isso ainda por cima quando lá fora dizem que o futuro passa pela redução dos cargos de gestão ?   https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/10/the-economistprimeiro-e-preciso-demitir.html 

E será provável que enquanto se andarem a contratar investigadores, com duas publicações indexadas e duas citações para fazer essa coisa importantissima que é a gestão da ciência, em detrimento de outros com uma obra científica muitssimo superior, como a tal candidata que possui 125 publicações indexadas (um valor superior ao da produção científica de muitos professores catedráticos da Universidade do Porto), para fazerem investigação com impacto, a ciência Portuguesa irá conseguir ultrapassar a do Chipre ? https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/11/stanford-universityupdated-ranking-of_7.html 

Cientistas que há muito perderam a virgindade



Ainda na sequência do tal post acima, onde comentei as palavras da cientista e actual Secretária de Estado da Valorização do Interior, que criticou aqueles cientistas oficialmente virgens, que não cumprem o dever académico da revisão, e contribuem com zero para o exepcional desempenho internacional de Portugal, segue abaixo a lista dos 10 revisores mais prolificos pertencentes ao Ensino Superior Politécnico, segundo a plataforma Publons (opção Web of Science only não activada), que pertence à conhecida Clarivate Analytics:

J.C Metrôlho..........................Politécnico de Castelo Branco............446 revisões
J.A. Tenreiro-Machado...........Politécnico do Porto............................440 revisões
J.Bernardino...........................Politécnico de Coimbra.......................409 revisões
Isabel Ferreira........................Politécnico de Bragança.....................408 revisões
R.Caldeirinha.........................Politécnico de Leiria............................406 revisões
Nidía Caetano........................Politécnico do Porto............................397 revisões
António Abreu........................Politécnico de Lisboa..........................352 revisões
P. Caldas................................Politécnico de Viana do Castelo.........350 revisões
J.Calado.................................Politécnico de Lisboa..........................328 revisões
Vasco Soares.........................Politécnico de Castelo Branco............285 revisões



terça-feira, 10 de novembro de 2020

Os resultados do Concurso de Projetos de investigação da FCT e o pouco respeito que o Governo tem pela Ciência


A FCT revelou há poucos dias os resultados dos concurso dos projectos de investigação. Link acima. Das 5847 candidaturas iniciais 2530 foram excluídas porque não cumpriam requsitos de elegibilidade. Significa isto que milhares de investigadores andaram a trabalhar para aquecer, porque não leram o regulamento e não sabiam quais os critérios de elegibilidade ?  

E tendo em conta que o custo da avaliação dos projectos é proporcional ao seu número e que este é muito elevado, na ordem dos milhões de euros, porque utiliza peritos estrangeiros, não faria sentido tentar minimizar a avalanche de projectos (cujo destino é na sua maioria a rejeição, porque não conseguem sequer uma classificação relevante no critério B, da qualidade científica da equipa) definindo requisitos mínimos para o Investigador Responsável ? Recorde-se que o dinheiro que se gasta a avaliar projectos de baixa qualidade é dinheiro que podia ser muito melhor utilizado a contratar jovens investigadores. 

Relativamente ás 3317 candidaturas consideradas elegíveis somente 312 foram selecionadas para financiamento 9.4% (ou 5.3% se considerarmos o total das 5847 candidaturas) às quais está alocado um financiamento de quase 75 milhões de euros. Este valor que à primeira vista e para um observador pouco informado parece elevado, deve no entanto ser comparado com outras despesas do Orçamento de Estado para 2021, como por exemplo, com os 500 milhões para a TAP (a somar aos 1200 milhões gastos em 2020), 850 milhões de euros para o Fundo de Resolução da Banca (leia-se financiar o Novo Banco e ainda o BPN) e a cereja no topo do bolo de 1600 milhões de euros para PPPs, despesa que no entender do Paulo de Morais não devia exceder 300 milhões de euros e isto mostra bem o pouco respeito que a Ciência merece a este Governo. https://rr.sapo.pt/2020/11/09/economia/paulo-de-morais-e-outros-17-cidadaos-questionam-governo-sobre-despesas-incompreensiveis-no-oe-2021/noticia/214215/

A respeito de PPPs convém recordar as palavras do Engenheiro Conselheiro, Luís Todo Bom, que em Abril deste ano, escreveu no caderno de economia do Expresso sobre as sanguessugas da “renda garantida tendo aquele inclusive proposto que não se aceitem “taxas de remuneração dos capitais próprios superiores a 6% e/ou aplicando taxas extraordinárias sobre os resultados que se situem acima destes valores” 

PS - E note-se que acima nem sequer mencionei os muitos milhões de euros que o Governo costuma gastar em pareceres juridicos, contratados a conhecidos escritórios de advogados 


The American tradition of taking credit for the efforts of others



Trump friends are now demanding credit for the most recent Covid-19 vaccine (link above) but that should not be a surprise because American scientists are the ones that invented the nice tradition that allows some super scientists to have thousands of papers conveniently forgetting the authorship standards. See paper below. And if USA scientists act like that how can it be surprising that Trump friends act in the same way?

“When cardiologists become directors of major clinical and research centers, for example, they can see their authorship go up 10-fold. Their names get embedded in what their center produces. It’s a norm that field has adopted, even though it doesn’t necessarily meet rigorous authorship standards.” https://www.sciencemag.org/news/2018/09/some-scientists-publish-more-70-papers-year-here-s-how-and-why-they-do-it

PS - Truth be told the American tradition of taking credit for the work of others is not as damaging as the other American tradition of not paying taxes in Europe https://www.taxjustice.net/2018/06/25/new-report-is-apple-paying-less-than-1-tax-in-the-eu/




Em Portugal as mentiras nos currículos académicos não são criminalizadas para favorecer os políticos ?

         


Entre os culpados da ciência Portuguesa estar pior do que a do Chipre (vide post acima) incluem-se não só o tal "nepotismo movido a favores" de que falou o Director do jornal Público (e que um magistrado aposentado no inicio deste ano comentou de forma mais contundente aqui) mas incluem-se também, obviamente, todos os professores que ganharam concursos com currículos contendo mentiras. 

Nesse contexto convém lembrar que o último número da revista Visão, achou boa ideia dedicar a sua atenção ao caso daquela Professora da Universidade da Madeira (foto acima) em artigo de título muito esclarecedor "Ex-eurodeputada do PS acusada de mentir no currículo"  tema esse que neste blog foi comentado em post de 17 de Outubro,  quando se ficou a saber que o Ministério Público mandou arquivar uma queixa, com a incrível justificação de que mentir no currículo não constitui um crime em Portugal https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/10/professores-universitarios-podem-mentir.html

O que a revista Visão não fez e devia ter feito era ter ido perguntar a alguns Penalistas qual a suprema razão porque não existe no Código Penal Português, rigorosamente nada, para criminalizar as mentiras nos currículos académicos, submetidos a concursos públicos ? Será que esta foi a forma, que os políticos arranjaram para se proteger, já que como estão tão habituados a mentir não conseguem fazer um currículo sem mentiras ?

PS - Nos países a sério, mentir no currículo, é crime, como sucede por exemplo no Reino Unido com o Fraud Act 2006,  ou como sucedeu na Austrália no caso de uma senhora condenada a uma pena efectiva de um ano de cadeia https://www.abc.net.au/news/2019-12-03/veronica-theriault-gets-12-months-jail-for-lying-to-get-job/11761316 mas é claro que nesses países não é a gatunagem que manda e desmanda, como já tinha comentado o famoso Medina Carreira, naquela entrevista,  https://www.youtube.com/watch?v=EzDAoHJ5NHs que já foi visualizada mais de 100.000 vezes e como também já tinha sido comentado aqui  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/09/o-bilionario-portugues-e-o-parlamento.html  

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Engenharia Civil__Qual a percentagem de auto-citações dos SHCS Portugueses no ranking Stanford 2020 ?

  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/11/engenharia-civil-em-portugalranking.html

Ainda na sequência do post acima segue a abaixo a percentagem de auto-citações dos Scopus Highly Cited Scientists da área da engenharia civil: 

Rodrigo Gonçalves......UNova............49.64%
D. Camotim.................ULisboa..........44.10%
Jorge de Brito.............ULisboa...........27.4%
Joaquim Barros...........UMinho..........26.83%
L.Simões da Silva.......UCoimbra.......25.82%
Paulo B. Lourenço......UMinho...........23.6 %
Álvaro Cunha..............UPorto............22.57%
J.R. Correia.................ULisboa..........22.25%
F.Pacheco Torgal........UMinho............9.97%

PS - A título de comparação, o catedrático de engenharia civil melhor classificado neste ranking na posição 367, Zdenek Bazant https://www.scopus.com/authid/detail.uri?authorId=35564759900 apresenta uma percentagem de auto-citações de 15.8%.



Ranking Stanford 2020__ Catedrático jubilado da UCoimbra é campeão da modéstia


Ainda na sequência do post acima listam-se abaixo os 20 Scopus Highly Cited Scientists (SHCS) Portugueses que possuem uma menor percentagem de auto-citações: 

Boaventura Sousa Santos (UCoimbra).............1.71%
José Luís Martins (ULisboa)..............................2.27%
Jorge Batista (UCoimbra)..................................2.94%
P. Verdelho (ULisboa)........................................3.09%
P.J. Costa (UPorto)............................................3.44%
Luís B. Almeida (ULisboa).................................4.19%
Nuno Peres (UMinho)........................................4.34%
J.Sobrinho (ULisboa).........................................4.61%
António Damásio (Southern California).............4.89%
P.J.Ferreira (ULisboa)........................................4.95%
Mário Figueiredo (ULisboa)................................5.03%
J.Peças Lopes (UPorto)......................................5.96%
M.M.Chaves (UNova).........................................7.19%
Caetano Reis e Sousa (Francis Crick Inst) .......7.35%
António Sarmento (UPorto)................................8.06%
Teresa Mata (UPorto).........................................8.15%
Maria Carmo-Fonseca (ULisboa).......................8.51%
Luís A. Alexandre (UBI).....................................8.63%
Rui Moreno (UNova)..........................................8.67%
Paulo Davim (UAveiro).......................................8.80%