Ainda na sequência do post acima sobre um caso de assédio ocorrido na Universidade do Porto, que levou a uma condenação daquela Universidade (e de professores da mesma) pelo tribunal, não havendo porém nada que indique que tenha havido consequências internas para os professores envolvidos, veja-se no recente artigo abaixo a rapidez e a forma implacável como lá fora tratam do assunto, afastando de funções dezenas de assediadores https://www.sciencemag.org/news/2021/06/nih-removed-more-70-lab-heads-grants-after-harassment-complaints
terça-feira, 15 de junho de 2021
domingo, 13 de junho de 2021
Contratação de Professores de ensino superior na Alemanha
Ainda na sequência do post acima, sobre a futura eliminação da Agregação nas universidades Alemãs, vale também a pena ver o recente artigo abaixo, sobre as especificidades da contratação de professores para o ensino superior público daquele país, tanto em universidades como em universidades de ciências aplicadas (Fachhochschule)
Ainda sobre Agregação, ou sobre aquilo que não deveria suceder numa Agregação, convém lembrar aquela vez em que um conhecido candidato, Saldanha Sanches (casado com a Procuradora anti-corrupção Maria José Morgado) foi "chumbado", alegadamente por "por não esconder algumas opiniões menos lisonjeiras sobre alguns elementos do júri". Um dos jurados era o agora Presidente Marcelo Rebelo de Sousa https://expresso.pt/actualidade/marcelo-desmente-saldanha-sanches=f110200 e um outro membro do mesmo júri, foi aquele famoso catedrático de apelido Menezes Cordeiro, que há poucos anos, foi publicamente ridicularizado, por ter escrito coisas muito pouco catedráticas, como seja por exemplo, que as mulheres recém casadas não podem ser contratadas como modelos https://www.dn.pt/pais/homossexuais-nao-devem-vigiar-internato-de-rapazes-professor-refuta-homofobia-10090150.html
Muito mais gratificante é porém saber que a unidade de investigação desse genial catredrático obteve muito recentemente a classificação de FRACO, tendo por isso direito a um orçamento de investigação de zero euros. Quem sabe se onde quer que esteja, o falecido Saldanha Sanches não se esteja a rir, por conta da deliciosa ironia, de um dos catedráticos que o "chumbou" foi também ele próprio "chumbado" pelos seus pares.
New Swiss Code on Scientific Integrity Wants to Punish Excessive Self-citations
It seems that the Swiss want to punish researchers who have the strange habit of extreme self-citation:
"To my knowledge, this is the first time that a code of conduct is expanded by a prestigious academic organization to include several additional dimensions of how scientific work is done, credited, recognized, cited and appropriated,” said John Ioannidis, an expert on the process of research at Stanford University who has raised the alert over extreme self-citation by scientists" https://www.insidehighered.com/news/2021/06/04/switzerland-classifies-unjustified-self-citation-violation-scientific-misconduct
However, in my view, Swiss should concentrate their efforts in trying to punish super-scientists that produce papers even when they sleep because they do much more harm to science integrity than scientists that engage in excessive self-citations
Novo código Suíço sobre integridade científica quer punir o excesso de auto-citações
Parece que os Suiços não querem facilitar a
vida aqueles investigadores que tem o curioso hábito de se auto-citarem de
forma excessiva.
"To my knowledge, this is the first time that a code of conduct is expanded by a prestigious academic organization to include several additional dimensions of how scientific work is done, credited, recognized, cited and appropriated,” said John Ioannidis, an expert on the process of research at Stanford University who has raised the alert over extreme self-citation by scientists"
https://www.insidehighered.com/news/2021/06/04/switzerland-classifies-unjustified-self-citation-violation-scientific-misconduct
"To my knowledge, this is the first time that a code of conduct is expanded by a prestigious academic organization to include several additional dimensions of how scientific work is done, credited, recognized, cited and appropriated,” said John Ioannidis, an expert on the process of research at Stanford University who has raised the alert over extreme self-citation by scientists"
https://www.insidehighered.com/news/2021/06/04/switzerland-classifies-unjustified-self-citation-violation-scientific-misconduct
Não faria porém muito mais sentido que os Suiços se preocupassem menos com uma infracção a que só recorrem cientistas pouco espertos, que é facilmente detectável e cujos efeitos são facilmente anulados de forma automatica, e se preocupassem muito mais com a falta de ética daqueles cientistas manhosos que conseguem produzir artigos mesmo quando estão a dormir ?
sábado, 12 de junho de 2021
A excelência científica Portuguesa (de algumas áreas) pelas ruas da amargura
Ainda na sequência do post acima onde se analisou o desempenho de três áreas cientificas no Top Luso-Germânico seguem abaixo mais três áreas, a Quimica, as Ciências da Terra e a Nanociência e nanotecnologia.
Química
A universidade Portuguesa melhor classificada nesta área, a Universidade de Lisboa, não consegue aparecer entre os 16 primeiros lugares do Top Luso-Germânico. https://www.shanghairanking.com/rankings/gras/2021/RS0103
Ciências Biológicas
A universidade Portuguesa melhor classificada nesta área, a Universidade de Lisboa, não consegue aparecer entre os 17 primeiros lugares do Top Luso-Germânico https://www.shanghairanking.com/rankings/gras/2021/RS0301
Nanociência e nanotecnologia
A universidade Portuguesa melhor classificada nesta área, a Universidade de Aveiro, não consegue aparecer entre os 19 primeiros lugares do Top Luso-Germânico. https://www.shanghairanking.com/rankings/gras/2021/RS0214
Porque é que as referidas três áreas, que apesar de até terem tido mais excelentes do que a área da engenharia civil (!), não conseguem fazer o que faz a área da engenharia civil Portuguesa, que ocupa o 2º e o 3º lugar do Top Luso-Germânico ?
Curiosamente na sua persistente ignorância a imprensa continua a achar que engenharia civil é quase o mesmo que construção civil, um tema que os jornalistas não acham nada interessante, talvez porque não saibam que no livro A Histório do Mundo do Andrew Marr está escrito que a Engenharia Civil, por via do saneamento básico, salvou mais pessoas do que a medicina, ignorância essa que explica porque é que a mesma imprensa é responsável por uma cobertura tendenciosa sobre aquilo que é feito nesta área científica. Uma pesquisa no jornal Público sobre as palavras "Engenharia civil cientistas" devolve muito pouca coisa, onde se destaca um artigo de 2019 sobre um catedrático da Universidade do Minho que ganhou uma bolsa de 3 milhões de euros e ainda velhos artigos sobre o facto de na Itália quatro cientistas terem sido condenados, por um juiz idiota, porque não foram capazes de prever a ocorrência de um sismo. https://www.publico.pt/2012/10/24/jornal/como-nasce-um-terrivel-precedente-judicial-25468017 Curiosamente se a pesquisa for feita pelas palavras "Elvira Fortunato" encontram-se dezenas de artigos e isto muito embora a sua área científica, a da nanociência e nanotecnologia seja uma das que faz bastante má figura no supracitado ranking Luso-Germânico.
sexta-feira, 11 de junho de 2021
The risk of catastrophic climate change
Still following the catastrophic scenarios in the post above check below a recent paper published in the Elsevier journal Futures:
Highlights
• There is a risk of catastrophic climate change (CCC).
• Time for action is now very limited.
• Non-carbon fuels and energy efficiency are no longer viable solutions.
• Only deep cuts in energy use can avert CCC.
PS - Still speaking about catastrophic climate change it's worth mentioning that Peter Thomson who is currently serving as the United Nations Secretary-General's Special Envoy for the Ocean recently said that we'll bequeath a burning world to our grandchildren.
quinta-feira, 10 de junho de 2021
Jornal Público volta hoje a dar destaque a um ranking universitário da treta
Mais
uma vez o jornal Público não se coibe de promover hoje um ranking da treta, o QS World University Rankings. Ou
talvez no jornal Público não saibam que o ranking Shanghai, é o único ranking mencionado num documento da Comissão Europeia sobre excelência cientifica. Ou
talvez no jornal Público não saibam aquilo que conhecidos académicos, como o conhecido catedrático David Blanchflower, ou o catedrático da universidade de Oxford Simon Marginson, escreveram, em termos nada elogiosos sobre o ranking QS. Vide aqueles 8 reproduzidos na parte final deste post.
PS - É importante recordar que o famigerado QS World University Rankings é produzido pela firma Quacquarelli Symonds, que foi fundada por um Italiano espertalhaço de nome Nunzio Quacquarelli, quando andou a fazer o seu MBA, firma essa que ganha milhões a vender (aos incautos) estrelas e outros serviços de aconselhamento, sobre como subir nos rankings. Vide email de 2018, https://www.docdroid.net/uniDTYH/vice-reitor-docx onde comentei o facto da Universidade de Coimbra ter sido um dos pagantes desse caro serviço, apesar de muito ironicamente isso não ter impedido logo a seguir que essa universidade caisse no ranking Shanghai. Email esse que na altura até foi divulgado pelo Carlos Fiolhais no seu blog.
-David
Blanchflower in an article for the New Statesman entitled "The QS Rankings
are a load of old baloney"
"This ranking is complete rubbish and nobody should place any credence in it.The results are based on an entirely flawed methodology that underweights the quality of research and overweights fluff"
-Simon
Marginson, professor of higher education at University of Oxford:
"I will not discuss the QS ranking because the methodology is not sufficiently robust"
-Fred
L. Bookstein, Horst Seidler, Martin Fieder and Georg Winckler in the journal
Scientometrics:
"There are far too many anomalies in the change scores of the various indices
-Isidro
F. Aguillo, Judit Bar-Ilan, Mark Levene, José Luis Ortega in the journal
Scientometrics:
"The QS is based on a not large and not representative enough survey that means the results are biased towards certain countries
-H.
Jons and M. Hoyler in the Geoforum; Journal of Physical, Human, and Regional
Geosciences
"The QS ranking was also criticized for the low response rates of the review surveys and for a general lack of methodological transparency
-V. Safon in the journal Scientometrics:
"the majority of the received questionnaires come from English-speaking countries, clearly favoring their universities
"This ranking is complete rubbish and nobody should place any credence in it.The results are based on an entirely flawed methodology that underweights the quality of research and overweights fluff"
"I will not discuss the QS ranking because the methodology is not sufficiently robust"
"There are far too many anomalies in the change scores of the various indices
"The QS is based on a not large and not representative enough survey that means the results are biased towards certain countries
"The QS ranking was also criticized for the low response rates of the review surveys and for a general lack of methodological transparency
"the majority of the received questionnaires come from English-speaking countries, clearly favoring their universities
-Mu-Hsuan
Huang in the journal Research Evaluation:
"the statistic data adopted by QS Rankings should be further questioned.
Andrejs Rauhvargers in Global University Rankings and their Impact- Report II:
"QS admits that a university may occasionally be nominated as excellent and ranked in a subject in which it “neither operates programmes nor research”
"the statistic data adopted by QS Rankings should be further questioned.
"QS admits that a university may occasionally be nominated as excellent and ranked in a subject in which it “neither operates programmes nor research”
quarta-feira, 9 de junho de 2021
Advances in the toxicity of construction and building materials
The field of toxicity of construction and building materials has less than 20 years and the book "Toxicity of building materials" published by Elsevier in 2012 is one of the first books in that field. This book has gained most of its citations in the last few years which shows this field is starting to gain traction. Let´s not forget that the toxic effects of several building materials on human health gained new importance in the context of the Covid-19 health crisis. Just because a healthy building environment is crucial to strengthen the immune system (Haahtela, 2019). The second edition entitled "Advances in the toxicity of construction and building materials" has just been terminated and will be published in a few months. Book cover below.
Quando uma universidade não consegue fazer boa figura num ranking decente deve recorrer aos rankings da treta ?
Não são só as universidades Russas, como se escreveu no post acima, que à falta de melhor recorrem a rankings da treta, pois também entre nós há quem goste de rankings da treta como por exemplo esta universidade https://www.unl.pt/nova/rankings
Quem porém não deve gostar muito de ver a sua universidade associada a rankings da treta são os investigadores da Universidade Nova, pertencentes às áreas científicas mais competitivas de acordo com o ranking Shanghai por áreas, a saber as 22 áreas daquela universidade que conseguem aparecer no Top 500 e principalmente aquelas 6 áreas abaixo que aparecem nos 200 primeiros lugares do ranking Shanghai:
- Finance............................................51-75
- Business Administration...............101-150
- Civil Engineering..........................151-200
- Food Science and Technology.....151-200
- Political Sciences.........................151-200
- Tourism Management...................151-200
"Este país e este povo não servirão para mais nada? Não há ninguém que tenha uma ideia diferente, mais ousada ou melhor?"
No jornal Público de ontem alguém escreveu um texto de que abaixo se reproduz a parte final: "...a
semana culminou
com mais um anúncio futebolístico: Portugal
e Espanha candidatam-se à organização
do Mundial de futebol de 2030. Nada
tenho contra o futebol, muito pelo contrário.
Mas 25 anos depois do Campeonato Europeu
de 2004, grande empreendimento do
outrora ministro Sócrates, uma farta mobilização
nacional vai fazer-se outra vez em
torno do futebol? Este país e este povo não servirão
para mais nada? Não há ninguém que tenha
uma ideia diferente, mais ousada ou melhor?
Curiosamente em 12 de Fevereiro de 2020 também eu já tinha escrito sobre este execrável "mundial" da bola: "Só pode ser por isso no mínimo uma piada de muito mau gosto que a
Federação Portuguesa de Futebol-FPF ande a fazer um estudo para preparar uma
candidatura com vista a receber o Mundial de 2030. Será que estes
doentinhos da bola estão bons da cabeça ? A referida federação faça por
isso o favor de meter esse perdulário e muito inoportuno estudo naquele sitio
onde o Sol não brilha"
E uma semana depois, em 20 de Fevereiro, ainda antes mesmo do Covid-19 ter começado a atacar Portugal e do nosso país ter entrado em confinamento, escrevi o seguinte:
"...à conta de tanto terem andado a apaparicar claques compostas por traficantes, ladrões e malfeitores, macacos e outros grunhos os clubes debatem-se agora com falta de sócios, pelo menos daqueles com boa apresentação e com escolaridade acima da mínima, pelo que sempre que há um evento futebolístico, é necessário alugar gente com uma apresentação minimamente decente, para dessa forma evitar o incómodo das câmaras filmarem para a posteridade, algum sócio a expressar-se em linguagem macaca ou quem sabe até a fumar crack ...a imagem do futebol vai-se degradando todos os dias e quando ele finalmente morrer daqui a 50 ou 60 anos (lá para 2070 ou 2080), já o futebol deixou de existir, sendo nessa altura lembrado como um retrógado epifenómeno,..."https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/02/um-primeiro-ministro-que-gosta-de.html
"...à conta de tanto terem andado a apaparicar claques compostas por traficantes, ladrões e malfeitores, macacos e outros grunhos os clubes debatem-se agora com falta de sócios, pelo menos daqueles com boa apresentação e com escolaridade acima da mínima, pelo que sempre que há um evento futebolístico, é necessário alugar gente com uma apresentação minimamente decente, para dessa forma evitar o incómodo das câmaras filmarem para a posteridade, algum sócio a expressar-se em linguagem macaca ou quem sabe até a fumar crack ...a imagem do futebol vai-se degradando todos os dias e quando ele finalmente morrer daqui a 50 ou 60 anos (lá para 2070 ou 2080), já o futebol deixou de existir, sendo nessa altura lembrado como um retrógado epifenómeno,..."https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/02/um-primeiro-ministro-que-gosta-de.html
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