Sobre as declarações dessa máquina de fazer dinheiro, que dá pelo nome de Elon Musk, no recente video de dois minutos, no link acima, é importante recordar que ele nem sequer se referiu aos efeitos altamente nocivos desses cursos, mencionados nos emails abaixo ou ao facto de muitos dos titulares desses cursos só conhecerem uma única receita de sucesso, a de utilizarem esquemas viciosos para que as empresas não paguem impostos e talvez seja por isso que a actual Secretária do Tesouro dos EUA acaba de avançar com uma ideia radical, forçar a criação a nível mundial de um imposto minimo de 21% sobre os lucros das empresas https://www.npr.org/2021/04/05/984461923/janet-yellen-proposes-bold-idea-the-same-minimum-corporate-tax-around-the-world?t=1617780995800 que de certeza absoluta deve ter deixado com os cabelos em pé, pelo menos aquele país europeu que contribui anualmente com 5000 milhões de euros para o orçamento europeu, mas que "rouba" ao mesmo orçamento 10.000 milhões de euros por conta de impostos não cobrados. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/04/netherlands-has-cost-eu-countries-10bn.html mas muito maior será a dor de cabeça para os responsáveis daquela empresa que se vangloria de nos ultimos três anos ter lucrado 34.000 milhões de euros e ter pago zero em impostos https://jornaleconomico.sapo.pt/en/noticias/google-lucra-34-mil-milhoes-de-euros-sem-impostos-em-tres-anos-com-paraiso-fiscal-das-bermudas-681814
________________________________________________________________________
De: F. Pacheco Torgal
Enviado: 10 de Dezembro de 2018 7:28
Assunto: Prof. Martin Parker___"Why we should bulldoze the business schools"
“ There are 13,000 business
schools on Earth. That’s 13,000 too many. And I should know – I’ve taught in
them for 20 years... schools have huge influence, yet they are also widely
regarded to be intellectually fraudulent places, fostering a culture of
short-termism and greed. (There is a whole genre of jokes about what MBA –
Master of Business Administration – really stands for: “Mediocre But
Arrogant”, “Management by Accident”, “More Bad Advice”,
“Master Bullshit Artist” and so on.) Critics of business schools
come in many shapes and sizes...Since 2008, many commentators have also
suggested that business schools were complicit in producing the
crash…If we want to be able to respond to the challenges that face human life
on this planet, then we need to research and teach about as many different
forms of organising as we are able to collectively imagine. For us to assume
that global capitalism can continue as it is means to assume a path to
destruction...”
https://www.theguardian.com/news/2018/apr/27/bulldoze-the-business-school
_______________________________________________________________________
De: F. Pacheco Torgal
Enviado: 4 de Dezembro de 2018 6:35
Assunto: O ranking da treta sobre Escolas de gestão que a imprensa Portuguesa adora
De: F. Pacheco Torgal
Enviado: 4 de Dezembro de 2018 6:35
Assunto: O ranking da treta sobre Escolas de gestão que a imprensa Portuguesa adora
A mesma
imprensa que solenemente desprezou o facto de recentemente se ter sabido que
Portugal tem um elevado número de highly cited researchers e do que isso
significa no próximo e prestigiado ranking Shanghai de universidades mostrou-se
ontem embasbacada e quase hipnotizada pelo desempenho das escolas de gestão no
ranking Financial Times, assunto que acho só não foi abordado nos jornais da
bola.
E porém
nenhum jornalista achou por bem questionar-se por que carga de água tão
excelente desempenho das Portuguesas escolas de gestão não se reflecte no
desempenho da área científica que lhe está associada no ranking Shanghai Top
500, como se percebe pelo link https://www.docdroid.net/RX2xh1G/portugal-top-500-shanghai-ranking-pdf onde
a mesma não se conta entre as áreas com melhor desempenho, realçadas a azul e
principalmente a amarelo.
Aliás não
deixa de ser paradoxal e até caricato que havendo em Portugal tantas excelentes
escolas de gestão que já formaram milhares de excelentíssimos gestores, que
hoje no Público haja artigo que se inicie da seguinte forma: “Ano após ano,
continuamos na cauda da Europa em termos de produtividade do trabalho por hora
trabalhada, sendo que em 2017 ainda piorámos o desempenho...” restando por isso
concluir que a excelência das nossas escolas de gestão ainda não chegou às
empresas e nem se sabe se algum dia lá chegará. E já agora como explicar que em
muitas empresas a remuneração dos excelentes gestores não seja afectada pelo
desempenho da empresa ? Havendo até muitos gestores que muito recebem mesmo que o
desempenho da empresa seja mediano ou até medíocre como ontem foi reportado no
jornal Público https://www.publico.pt/2018/12/02/economia/noticia/salario-gestores-nao-afectado-desempenho-empresa-1853049
Faz por
isso todo o sentido perguntar, o que mede um ranking de escolas baseado nos
salários dos diplomados ? Será mesmo a excelência do ensino que por lá se
pratica ? E se alguém se lembrasse de fazer ranking similar para escolas de
engenharia e tendo em conta os miseráveis salários de muitos jovens
engenheiros, incluindo muitos diplomados pelo IST (o Bastonário da Ordem dos
Engenheiros fala mesmo em salários indignos) qual seria a posição do IST e de
outras escolas de engenharia Portuguesas no referido ranking ?
É claro
que muitos colegas das referidas excelentes escolas de gestão que agora andam
muito ufanos com a posição da sua escola no referido ranking ficarão
ressentidos com o facto de o ter designado como ranking da treta. A esses
Colegas deixo apenas seis singelas e académicas perguntinhas:
1 - Como é
que as escolas de gestão de um país pobre podem aparecer destacadas num ranking
baseados em salários dos diplomados ?
2 - Será
que os únicos alunos Portugueses que responderam aos inquéritos estão todos a
trabalhar no estrangeiro ?
3 - Porque
é que o Financial Times não revela quantos inquéritos recebeu de cada uma das
escolas que aparecem no tal ranking ?
4 - Quem é
que garante ou confirma a veracidade daquilo que está nos inquéritos ?
5 - Alguém
pode garantir que nenhuma escola eliminou inquéritos associados a menores
remunerações de alunos ?
6 - O
Financial Times diz que aceita a candidatura daquelas escolas, onde mais de 20%
dos diplomados responderam aos inquéritos, com um mínimo de 20 inquéritos.
Ainda admitindo que todo o processo é transparente e integro e que nenhum aluno
mentiu no inquérito (deixa-me rir) será que estes valores são representativos
do que quer que seja ?