O último número da nada socialista revista The Economist contém um artigo de opinião (link acima) que começa com uma referência a um Português (duque de Viseu e Senhor da Covilhã) e no qual compara os CEOs aos antigos reis medievais, acusando-os de usarem a mesma patológica arrogância, dando o exemplo do conhecido CEO Robert Maxwell, que quando não estava satisfeito com a comida atirava com o prato para o chão (esqueceram-se de mencionar o caso dos trabalhadores do Sr. Bezos forçados a urinar em garrafas). Mas com a grande diferença que quando os antigos reis que perdiam o trono perdiam também a cabeça ao passo que os CEOs quando deixam a sua aristocrática posição levam como presente de despedida uma autêntica fortuna.
O artigo não fala da China, mas pelo menos neste aspecto naquele país sabem bem qual é a receita para tratar dos "novos reis", a quem frequentemente humilham, para que nunca se esqueçam quem é que manda https://www.globalcapital.com/article/b1pd2svtwrt97g/alibaba-ceo-learns-lesson-in-humility o que embora pareça há primeira vista um abuso do poder politico Chinês, capaz até de prejudicar o negócio é porém "sustentado" pela literatura que defende CEOs humildes https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0149206315604187
PS - Não há neste blog nenhum ódio ou sequer má vontade contra o Sr. Bezos pelo facto de na mesma semana aquele ser criticado em dois posts, o presente e este outro aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/08/arrancar-forca-os-seus-confortaveis.html