Cronista do Expresso exige ouvir negacionistas

Ontem um cronista do Expresso, historiador e cientista politico, queixou-se que não o deixam ouvir os negacionistas, nos seguintes termos:

"Eu não sei se os cientistas minoritários que negam a tese do aquecimento antropocêntrico têm ou não razão mas eu quero ouvi-los em nome da liberdade"

Descontando o pequeno pormenor do cronista parecer não fazer a mínima ideia do que é um cientista, como sucede com outros diplomados da mesma área https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/cientistas-deshumanizados-versus.html não se sabe porém muito bem do que é que ele se queixa porque se ele está como afirma realmente interessadíssimo em ouvir essa gente basta procurar no google ou no Facebook que muito rapidamente os encontra. 

Exactamente com o mesmíssimo direito de "em nome da liberdade" que aqueles que também não sabem se os minoritários "cientistas" creacionistas têm ou não razão e querem ouvir as suas " científicas" teses basta que para esse efeito os procurem na web. O mesmo valendo para aqueles indivíduos (que usualmente costumam padecer de um estranho tique no braço direito não se sabendo se é por eventualmente terem o cérebro nesse membro) que também têm dúvidas se os "cientistas" que defendem que os brancos são intelectualmente superiores aos negros têm ou não razão e podem ouvir as suas "científicas" explicações nos muitos fóruns que existem a respeito desse minoritário ramo da  "ciência". 

Coisa bem diferente é se o cronista em questão acha que essa minoritária mas muito "científica gente" também deveria poder escrever crónicas no Expresso, ter direito de antena em prime time ou até eventualmente e "em nome da liberdade" poderem ser financiados pela FCT nas suas "investigações científicas" para se saber se têm ou não razão, o que a ser assim poderá revelar que o cronista em questão pode padecer não de um problema de ignorância científica mas de algum tipo de perturbação do foro mental. 

A máquina de estupidificar os Portugueses ataca novamente

Depois do patético exercício, ocorrido no final de Junho deste ano, que revelou a identidade dos 50 consagrados Portugueses e Portuguesas, cujo pódio em termos de destaque foi para o treinador Bruno Laje e para a Leonor Beleza, sobrando o terceiro lugar para o comediante Ricardo Araújo Pereira, sendo que entre os referidos 50 consagrados, havia apenas 4 cientistas, que todos somados, mereceram menos espaço do que o Bruno Laje, a mesma máquina (de estupidificar os Portugueses) volta novamente à carga, na última edição da revista Visão, desta vez porém com um título muito mais abragente das "100 figuras da década". 

Entre as 100 referidas figuras que marcaram para todo o sempre a última década há nada menos do que 29 Portugueses e Portuguesas (!!!) E entre esses 29 não podiam faltar obviamente o fabuloso quarteto maravilha, composto pelo Ronaldo, Jesus, Éder, Fernando Santos (e depois admiram-se que os paizinhos deste triste país andem por aí à pancada nos jogos dos seus rebentos, porque julgam que tem em casa o próximo Ronaldo, que os vai arrancar da irrelevância). 

E claro também não podia faltar para compor o murcho ramalhete da última década, a luxuosa senhora empresária Paula Amorim como líder do segmento luxo (o tal segmento onde o mundo do crime costuma lavar os seus proveitos), não obstante o maior feito que se lhe conhece foi ter sido filha do seu pai.

Entre os referidos 29, que a revista referida assim pretende libertar da lei da morte, muitos por bons motivos mas outros por péssimos, como a viscosa trindade Berardo, Salgado, Sócrates, há somente um único cientista, Rui Costa da Fundação Champalimaud, que entretanto se mudou para a universidade de Columbia e que o artigo coloca na secção "Inspiradores". Já na secção "Inovadores" a revista achou que nenhum(a) cientista Português(a) merecia lá entrar tendo antes preferido o Arquitecto Souto Moura e pasme-se o senhor cozinheiro José Avillez. 

Eu nem quero imaginar o que dirão muitos daqueles médicos que salvam vidas todos os dias, ou este bombeiro https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/governo-da-ouro-a-bombeiro-heroi-que-salvou-varias-pessoas-em-incendio pois parece que salvar vidas se tornou uma coisa absolutamente rotineira porque difícil, difícil, difícil nestes tempos conturbados é marcar golos e fazer pratos que mereçam uma estrela Michelin. coisa extraordinariamente meritória e sem dúvida alguma merecedora de honras de Panteão Nacional. 

Nem muito menos o que dirão muitos cientistas, como por exemplo, aquele Engenheiro da Universidade do Porto, de nome Adélio Mendes, criador da patente mais lucrativa alguma vez produzida em Portugal, para produção de células solares de baixo custo, com elevada eficiência e durabilidade http://noticias.uc.pt/multimedia/videos/adelio-miguel-magalhaes-mendes-e-distinguido-com-o-premio-universidade-de-coimbra-2016/ pois como é evidente células solares de baixo custo é coisa que os bilionários, como a Srª Amorim não podem comer nos restaurantes de luxo e portanto jamais poderiam ter o mesmo mérito que os refinados cozinhados do senhor José Avillez.  

E isto permite-nos perceber aquilo que alguns acham que deve ser o futuro de Portugal, que passa por endeusar futebolistas e treinadores, fundamentais para manter o povo embrutecido sobre aquilo que realmente é importante para o seu futuro e também refinados cozinheiros, para que os bilionários deste país, como a senhora empresária Amorim, possam desfrutar de uma ementa sempre luxuosamente inovadora. 

Declaração de interesses - Como se percebe pelo link abaixo tenho pouca consideração pela bola, cuja utilidade social, pelo menos numa sociedade decente é inferior à de um trabalhador do lixo https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/celebrar-quem-efectivamente-o-merece-no.html

Duelo de catedráticos__Seriedade contra cinismo e hipocrisia

Ontem o caderno principal do Expresso, convidou dois catedráticos (Viriato Soromenho Marques e João Duque) para "analisar o fenómeno Greta e o seu significado no âmbito da discussão sobre o combate às alterações climáticas ".

O primeiro cumpriu aquilo para o qual foi convidado em termos tais que honram a Universidade de Lisboa e a cátedra que os Portugueses lhe pagam. Já o outro catedrático achou que era óptima ideia tentar ridicularizar a jovem Greta Thunberg dizendo que ela se limita a gritar evidências, mas que quando perguntada não oferece soluções para resolver o problema das alterações climáticas. E isso foi escrito pela portentosa sumidade que é o catedrático João Duque, com as suas 9 publicações indexadas na base Scopus, com um média de 4 citações por publicação e um índice h platina inferior à unidade, que compara miserávelmente com o de outros catedráticos da sua área, como por exemplo o Pedro Santa-Clara da Nova SBE, cujo rácio é só 100 vezes superior ao do catedrático João Duque http://dererummundi.blogspot.com/2018/10/indice-h-de-platina.html  Eu sinto-me por isso defraudado enquanto cidadão por saber que os meus impostos servem para pagar a este catedrático estéril, que foi incapaz até hoje de deixar uma marca na sua área científica, reconhecida pelos seus pares a nível mundial e  que ainda por cima se permita debitar publicamente estas indignas enormidades. 

Como é evidente esta "espécie" de catedrático não se conta entre os cientistas que acham muito importante a acção da jovem Thunberg (e de outros jovens e isso apesar de eles também não terem nenhum solução para o problema das alterações climáticas), pelo simples facto de terem conseguido fazer aquilo que os cientistas não foram capazes até agora, isto é, de conseguir colocar o problema na ordem do dia, como reconheceu por exemplo aquele cientista que escreveu que: “Speaking as a climate change scientist who has been working on this issue for 20 years and saying the same thing for 20 years, she is getting people to listen, which we have failed to do,” https://www.nbcnews.com/mach/science/climate-scientists-say-greta-thunberg-s-efforts-are-building-real-ncna1059321 

Pela simples razão que aquilo que por norma ocupa a agenda mediática são trivialidades estupidificantes como por exemplo as eternas discussões sobre a bola, que neste país merecem dezenas de milhares de horas, tema que curiosamente é muito do agrado do catedrático João Duque.  É preciso não esquecer porém que se trata do mesmo catedrático que há um ano atrás escreveu umas alarvidades no Expresso, mostrando-se indignado pelo facto de Portugal ter sido assaltado por uma febre ambientalista e dizendo (da forma como só um inteligente catedrático é capaz) que é preciso optar entre ter dinheiro no bolso ou ter bom ambiente. 

Isto já para nem falar da ironia negra que é ouvir o catedrático João Duque criticar a jovem Thunberg por não ter conhecimentos profundos sobre as quais as soluções para resolver as alterações climáticas, quando foi o mesmo João Duque, que achou que o conhecido Dono Disto Tudo era quase um génio da banca, merecedor por isso de um doutoramento "honoris causa", tendo na qualidade de padrinho do referido produzido as seguintes pérolas : 

"O BES na forma como hoje se encontra e pela forma como tem evoluído é um exemplo de liderança e de visão de quem conhece o negócio, tem as relações nacionais e internacionais certas, que delas faz a gestão sensata, e zela pelo ativo mais preciso da atividade bancária: a confiança. ..Sem dúvida que este será o caso do Dr. Ricardo Salgado a quem se reconhecem as já citadas qualidades de liderança em tranquilidade, de visão, de antecipação, de decisão em serenidade, de conhecimento técnico e capacidade de gestão..O BES, foi o único dos grandes bancos portugueses, que não necessitou do apoio estatal para poder aumentar o seu capital em resultado da revisão recente dos rácios de solvabilidade bancária, o que mais uma vez denota a elevada confiança que os acionistas sentem nessa liderança. Magnífico Reitor, Pelo que expus...penso justificar-se a atribuição do doutoramento honoris causa pela Universidade Técnica de Lisboa ao Dr. Ricardo Espírito Santo Silva Salgado.”

https://www.iseg.ulisboa.pt/aquila/publico/units/announcements.do?method=viewAnnouncement&unitID=102&announcementId=862302&contentContextPath_PATH=/instituicao/ISEG/pagina-inicial&_request_checksum_=3ad6a436ead71b3badd8e807300559714cc9243e

P.S1 - Como não podia deixar de ser, o catedrático Duque não se esqueceu, no seus deploráveis comentários, produzidos ontem no Expresso de referir acusadoramente (como se ele, atento o risível impacto da sua obra científica tivesse moral para acusar quem quer que fosse) que a jovem Thunberg deixou de ir "à escola" e porém a verdade nua e crua é que se o Dr. Ricardo Salgado não tivesse ido à escola um único dia da sua vida isso teria sido a melhor coisa que poderia ter acontecido a Portugal nas últimas décadas.  

P.S 2 - O link abaixo diz respeito a um ficheiro com quase 50 MB, contendo valores de índice-h platina, relativos à base Scopus de 100.000 cientistas   https://drive.google.com/file/d/1soTXCVXKckmULnSo2pEbliwYvcxnPb0_/view

Highly cited researchers (HCRs) seem to be part of the problem

There are only 141 HCRs that have at least 100 confirmed reviews 

https://publons.com/researcher/?hcr=1&order_by=num_verified_reviews

they are not into editorial activities also because there are only 18 HCRs who have at least 100 confirmed editorial records https://publons.com/researcher/?hcr=1&order_by=verified_editor_records

It seems that what they love to do is to publish, publish, publish and publish again because there are 227 HCRs who have at least 700 ISI indexed publications. Owen Petchey and Jeremy Fox defined them as“cheats” for co-authoring hundreds of papers without doing proportionate reviewing but I think that the accurate term is parasites. 

Also this not the best way to tackle the deluge publication which is mentioned in the paper below

"Scientific production is steadily growing, exhibiting 4% annual growth in publications…science has become stifled by a publication deluge destabilizing the balance between production and consumption....an increasing focus on production over consumption also means that researchers will spend...less time reading and digesting the literature"

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1751157717303139

Not to mention that since now "More than 40 per cent of global R&D is now performed by just 200 companies" https://sciencebusiness.net/news/governments-risk-losing-control-over-direction-technology-research-oecd-warns that means Academia has a special duty to ensure the publications generated by corporate researchers are helping science instead of helping to destroy it. On this issue see below the cases of research fraud by Theranos and Monsanto: 

“High‐valuation companies that publish little or nothing in the peer‐reviewed literature may still have patents related to their products… However, patents do not offer the same level of documentation as peer‐reviewed articles. For example, Theranos had over 100 patents, but....when a team of investigators used the Theranos technology to run 22 common lab tests versus the same tests run with other companies’ technologies, the problematic error rates became manifest...”  https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/eci.13072

https://corporateeurope.org/en/food-and-agriculture/2018/03/what-monsanto-papers-tell-us-about-corporate-science

https://www.spiegel.de/international/world/monsanto-papers-reveal-company-covered-up-cancer-concerns-a-1174233.html

Um catedrático muito pouco sapiente

https://observador.pt/opiniao/pisa-made-in-china/

No artigo acima um catedrático daquele Instituto Universitário que domina com grande vantagem a pole-position do campeonato dos concursos aconchegados https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/12/concursos-aconchegadosiscte-e.html 
escreveu coisas muito pouco catedráticas 

Diz o insigne catedrático, titular de 13 publicações indexadas na base Scopus, nenhuma dela em co-autoria com um académico Chinês ou de outra nacionalidade, a propósito do facto da China dominar o ranking PISA, o tal que foi recentemente comentado aqui  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/12/pisa-best-students-in-world.html 
que Portugal precisa de trabalhar tanto e tão bem como a China ! 

Se é certo que o trabalho é coisa virtuosa (embora não pareça atenta a forma como o nosso sistema fiscal persegue os rendimentos do trabalho https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/englobamento-de-todos-os-rendimentos-no.html) e condição necessária para muitas coisas não é porém condição suficiente, como se vê por exemplo pelo baixo número de prémios Nobel ganhos pela China. E falo apenas em números absolutos porque em termos de prémios Nobel/milhão de habitantes a China não atingirá o rácio da Suiça nem daqui a 100 anos. 

Para se perceber como a China protagoniza um projecto que inevitavelmente acabará por ruir a prazo basta olhar para Hong Kong. Um dos seus seniores habitantes disse com absoluta sapiência que a China queria que eles se limitassem a viver (leia-se a ganhar dinheiro e a consumir) mas isso diz não podem fazer porque não são cães e possuem por isso um evidente desejo a algo mais inerente à sua condição humana, que a China não lhes permite. E como é evidente (embora não para o referido catedrático) um país onde os seus habitantes vivem debaixo de um sistema tão castrador tem o seu destino fatalmente traçado. E nem sequer comento o quão grave é aquilo (algo que o referido catedrático mostra desconhecer) que alguns cientistas andam a fazer naquele país:
https://www.theguardian.com/science/2019/aug/03/first-human-monkey-chimera-raises-concern-among-scientists
https://www.nature.com/articles/d41586-019-00673-1
https://bgr.com/2019/12/06/monkey-pig-china-chimera/

Há uma coisa porém que é absolutamente evidente, na China este insigne catedrático não estaria nessa categoria pois naquele país 13 publicações Scopus não chegam sequer para se ser Associado quanto mais catedrático, pelo que no que respeita a dar conselhos sobre a necessidade de trabalhar mais e melhor talvez fosse boa ideia que também ele os seguisse. 

Há um outro aspecto não referido pelo catedrático do ISCTE, talvez pela sua nula experiência e conhecimento pessoal da realidade da academia Chinesa. Naquele país um catedrático que além das actividades lectivas tenha uma intensa actividade de investigação e coordenação de projectos e ou de exercício de cargos editoriais em importantes revistas internacionais pode chegar a ganhar 10 vezes mais do que outro, que se fica pela actividade lectiva. E como é evidente isso é um poderoso incentivo que no entanto não existe na academia Portuguesa. 

Um crime com a cumplicidade da República Portuguesa ?

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/quais-as-ordens-profissionais-que-vivem.html

Sobre a impunidade de algumas Ordens Profissionais, comentada no post acima, o conhecido advogado Francisco Teixeira da Mota, defende hoje no jornal Público, que a entrada de cidadãos nos órgãos disciplinares das Ordens permitirá reduzir o nível de impunidade que se verifica em muitas delas.  https://www.publico.pt/2019/12/06/sociedade/opiniao/juiz-desembargador-rui-rangel-expulsao-prescricao-1896341 

Parece-me porém que se trata de uma medida muito escassa, porque não seria essa entrada que poderia ir "desatar" os milhares de processos parados ou em tramitação de lentidão absoluta. Mais avisado será que aquelas Ordens que se revelem incapazes de agir atempadamente sobre os membros infractores, a República Portuguesa rapidamente lhes retire essa capacidade disciplinar, algo que já deveria ter acontecido com a Ordem dos Médicos e também com a dos Advogados, pois a alternativa é que os Portugueses andem a confiar a resolução dos seus problemas a profissionais daquelas classes que há muito deveriam ter sido expulsos da profissão. 

Concurso público para adquirir um Porsche de 100.000 euros para Escola profissional financiada por três autarquias

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/qual-e-logica-de-um-empresario-poder.html

Parece que neste país o vicio das viaturas de luxo já estão tão enraizado, vide post acima, que até uma escola profissional (financiada por três Câmaras Municipais) pretende comprar um Porsche, mas não pode ser um qualquer: 

"a viatura que o estabelecimento de ensino pretende adquirir tem especificações de luxo: uma cilindrada de 2998 cm3, 265 cavalos e seis lugares...Volante desportivo em pele, tapetes em alcatifa aveludada e bancos dianteiros aquecidos e com massagem são outros dos requisitos exigidos. O sistema de escape, os travões e a transmissão automática têm de ser desportivos. Destacam-se ainda a exigência de..um assistente de estacionamento plus" https://www.publico.pt/2019/12/05/sociedade/noticia/escola-quer-comprar-carro-luxo-bancos-aquecidos-autarcas-recusam-responsabilidade-1896347

Será que isto é afinal uma inteligente estratégia de marketing para aumentar a atractividade do ensino profissional ? Ou será que a viatura em causa é para ser usada, à vez pelos 3 Presidentes dos municípios financiadores, que como muito outros Presidentes de Câmaras, como aquela comentada no post abaixo, gostam muito "de andar com o rabinho sentado em viaturas topo de gama" ? https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/a-sr-procuradora-sr-secretaria-de.html 

E será que o regabofe neste país já atingiu um tal nível que é possível a qualquer entidade pública mandar comprar o que muito bem lhe apeteça e portanto temos ainda de agradecer que não se tenham lembrado de abrir antes um concurso para comprarem 3 Ferraris ou 3 Bugattis ? E será esta vergonha aceitável no mesmo país onde as Finanças perseguem contribuintes só porque não pagaram uma portagem dentro do prazo ?

Presidente do European Research Council contra o Presidente do IST e o Paulo Portas

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/presidente-do-ist-mais-um-que-acredita.html

Como se percebe pela comparação do conteúdo do post acima com o extracto abaixo retirado de um clarividente discurso do Presidente do European Research Council, aquele discorda profundamente do optimismo (mágico) do Presidente do IST, no respeitante a esperar que os cientistas consigam fazer descobertas maravilhosas que possam salvar a Humanidade da porcaria que aquela produz com uma rapidez estonteante: 

"One of the most important messages we must give is to not let people think that we can quickly and reliably solve all the problems society faces with some kind of magic. This is a doubly dangerous idea. Because firstly we would be deceiving ourselves. And secondly, if people think we can, then it will make them less likely to take the hard decisions needed to really solve the problems of society" https://erc.europa.eu/news/enhanced-role-scientists-social-actors

O Presidente do IST fica assim sozinho com o Dr. Paulo Portas, outro que acredita que os cientistas tem poderes mágicos https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/09/paulo-portas-confia-nos-cientistas-para.html

A hipocritazinha generalíssima

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/12/um-sorvedouro-de-milhares-de-milhoes-de.html

Sobre o post acima, abaixo link para uma versão mais elaborada,  

https://www.publico.pt/2019/12/05/politica/opiniao/regresso-rtp-tempos-antigamente-1896231 de onde extraí uma elucidativa frase: "segredo destas coisas está em escolher o director certo, para que as pressões se tornem desnecessárias"  
que é uma nova versão do tal "general Prussiano" (Afonso Camões) que garantiu a Sócrates que jamais se amotinaria caso aquele o escolhesse como veio a acontecer https://sol.sapo.pt/artigo/497467/ligacoes-explosivas-entre-socrates-proenca-e-camoes  a generalíssima acima comentada também jamais se amotinará e fará sempre aquilo que convém a quem a nomeou ! 

Malhar forte na Universidade Católica

Este blog surgiu em grande medida por conta de uma classificação da Universidade Católica num certo ranking fake e em consequência disso não houve até agora nenhuma instituição que neste blog tenha levado tanta pancada como aquela como por exemplo aqui:

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/presidente-da-a3es-explica-pela-segunda.html

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/09/agencia-ecclesia-fake-rankings-e-nova.html

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/universidade-catolicamisterios.html

Feita que está a introdução acima, a título de declaração de interesses (e muito embora preferisse de longe que já tivessem sido duplicadas as vagas de medicina na UBI ou até que um novo curso de medicina já tivesse sido aberto numa universidade pública do Interior do país, concretamente na UTAD o que só não aconteceu por conta dos interesses particulares de alguns que acham que este país existe para servir)  parece-me pouco robusta a recente argumentação da A3ES para conseguir sustentar a rejeição de um curso de medicina a ser leccionado na Universidade Católica com argumentos como "o sistema de saúde não possui capacidade para o número de alunos que todos os anos concluem os cursos de Medicina"

https://www.jn.pt/nacional/universidade-catolica-questiona-legalidade-do-chumbo-do-novo-curso-de-medicina-11585043.html

basta atentar por exemplo num muito esclarecedor texto do catedrático jubilado Vital Moreira  de Julho de 2017 onde se pode ler: "Mas onde é que está escrito que todos os médicos têm de ser especialistas? E por que carga de água é que a formação especialista tem de ser assegurada pelo SNS a toda gente?"

https://causa-nossa.blogspot.com/2017/07/corporativismo-4-de-novo-ordem-dos.html

Entendo por isso que não fazem muito sentido as muitas exigências colocadas à universidade católica para poder leccionar um tal curso, especialmente num país como o nosso, quando a alternativa é que os Portugueses sejam atendidos por médicos cubanos  

https://www.tsf.pt/sociedade/saude/medicos-cubanos-podem-ser-alternativa-mas-bastonario-quer-apoio-aos-portugueses-10792163.html  

ou sejam atendidos até por médicos criminosos que há muito deviam ter sido expulsos pela Ordem dos Médicos, o que só ainda não sucedeu porque aquela entidade não consegue dar conta de milhares de processos disciplinares que tem em mãos. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/quais-as-ordens-profissionais-que-vivem.html

Aliás importa referir que estes milhares de processos disciplinares, não são relativos a médicos formados num tubo de ensaio nem pela Universidade Católica, mas por escolas médicas acreditadas pela A3ES, pelo que é absolutamente imprescindível saber se os mesmos se distribuem "irmãmente" pelas diferentes escolas médicas ou se há escolas médicas que estão especialmente vocacionadas para formar um tipo especial de "médicos" propenso a cometer infracções disciplinares.