quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Malhar forte na Universidade Católica


Este blog surgiu em grande medida por conta de uma classificação da Universidade Católica num certo ranking fake e em consequência disso não houve até agora nenhuma instituição que neste blog tenha levado tanta pancada como aquela como por exemplo aqui:

Feita que está a introdução acima, a título de declaração de interesses (e muito embora preferisse de longe que já tivessem sido duplicadas as vagas de medicina na UBI ou até que um novo curso de medicina já tivesse sido aberto numa universidade pública do Interior do país, concretamente na UTAD o que só não aconteceu por conta dos interesses particulares de alguns que acham que este país existe para servir)  parece-me pouco robusta a recente argumentação da A3ES para conseguir sustentar a rejeição de um curso de medicina a ser leccionado na Universidade Católica com argumentos como "o sistema de saúde não possui capacidade para o número de alunos que todos os anos concluem os cursos de Medicina"
basta atentar por exemplo num muito esclarecedor texto do catedrático jubilado Vital Moreira  de Julho de 2017 onde se pode ler: "Mas onde é que está escrito que todos os médicos têm de ser especialistas? E por que carga de água é que a formação especialista tem de ser assegurada pelo SNS a toda gente?"

Entendo por isso que não fazem muito sentido as muitas exigências colocadas à universidade católica para poder leccionar um tal curso, especialmente num país como o nosso, quando a alternativa é que os Portugueses sejam atendidos por médicos cubanos  
ou sejam atendidos até por médicos criminosos que há muito deviam ter sido expulsos pela Ordem dos Médicos, o que só ainda não sucedeu porque aquela entidade não consegue dar conta de milhares de processos disciplinares que tem em mãos. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/quais-as-ordens-profissionais-que-vivem.html

Aliás importa referir que estes milhares de processos disciplinares, não são relativos a médicos formados num tubo de ensaio nem pela Universidade Católica, mas por escolas médicas acreditadas pela A3ES, pelo que é absolutamente imprescindível saber se os mesmos se distribuem "irmãmente" pelas diferentes escolas médicas ou se há escolas médicas que estão especialmente vocacionadas para formar um tipo especial de "médicos" propenso a cometer infracções disciplinares.