Este blog
surgiu em grande medida por conta de uma classificação da Universidade Católica
num certo ranking fake e em consequência disso não houve até agora nenhuma
instituição que neste blog tenha levado tanta pancada como aquela como por
exemplo aqui:
Feita que
está a introdução acima, a título de declaração de interesses (e muito embora
preferisse de longe que já tivessem sido duplicadas as vagas de medicina
na UBI ou até que um novo curso de medicina já tivesse sido aberto numa
universidade pública do Interior do país, concretamente na UTAD o que só
não aconteceu por conta dos interesses particulares de alguns que
acham que este país existe para servir) parece-me pouco robusta a recente
argumentação da A3ES para conseguir sustentar a rejeição de um curso de
medicina a ser leccionado na Universidade Católica com argumentos
como "o sistema de saúde não possui capacidade para o número de
alunos que todos os anos concluem os cursos de Medicina"
basta
atentar por exemplo num muito esclarecedor texto do catedrático jubilado Vital
Moreira de Julho de 2017 onde se pode ler: "Mas onde é que está escrito
que todos os médicos têm de ser especialistas? E por que carga de água é
que a formação especialista tem de ser assegurada pelo SNS a toda gente?"
Entendo por isso que não fazem muito sentido as muitas exigências colocadas à
universidade católica para poder leccionar um tal curso, especialmente num país
como o nosso, quando
a alternativa é que os Portugueses sejam atendidos por médicos cubanos
ou sejam
atendidos até por médicos criminosos que há muito deviam ter sido expulsos pela
Ordem dos Médicos, o que só ainda não sucedeu porque aquela entidade não
consegue dar conta de milhares de processos disciplinares que tem em
mãos. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/quais-as-ordens-profissionais-que-vivem.html
Aliás
importa referir que estes milhares de processos disciplinares, não são
relativos a médicos formados num tubo de ensaio nem pela Universidade Católica,
mas por escolas médicas acreditadas pela A3ES, pelo que é absolutamente
imprescindível saber se os mesmos se distribuem "irmãmente" pelas
diferentes escolas médicas ou
se há escolas médicas que estão especialmente vocacionadas para formar um
tipo especial de "médicos" propenso a cometer infracções
disciplinares.