Na sequência da renhida competição mencionada no post acima ficou-se recentemente a saber que a Universidade do Porto decidiu arrasar a concorrência com mais de 100 concursos aconchegados, onde há situações peculiares como um edital para 10 vagas para lugar de catedrático na área da medicina, https://dre.pt/application/file/a/127101815 coisa estranha porque se há uma universidade e uma unidade orgânica que dificilmente podiam alegar problemas financeiros para abrir concursos essas são precisamente a universidade do Porto e a faculdade de medicina da mesma.
E agora compare-se isto com a forma como nos EUA selecionam professores em universidades de topo:
"The focus is on people who have the potential to be (or are) stars -- e.g., who have done something that is viewed as seminal or "game changing",
https://www.forbes.com/sites/quora/2012/04/13/how-does-one-become-a-professor-at-universities-such-as-harvard-stanford-caltech-and-mit/#603144e9428e
E agora compare-se isto com a forma como nos EUA selecionam professores em universidades de topo:
"The focus is on people who have the potential to be (or are) stars -- e.g., who have done something that is viewed as seminal or "game changing",
https://www.forbes.com/sites/quora/2012/04/13/how-does-one-become-a-professor-at-universities-such-as-harvard-stanford-caltech-and-mit/#603144e9428e
Ou mesmo na
Alemanha, vide descrição na secção II do artigo, pág 6, http://www.geaba.de/wp-content/uploads/2017/07/DP_17-22.pdf
que é prova de um sistema muito competitivo que não tem qualquer semelhança com
o nosso país. Não admira por isso que a Alemanha tenha 23
universidades no ranking das 100 mais inovadoras da Europa https://www.reuters.com/article/rpbtop1002019/reuters-top-100-europes-most-innovative-universities-2019-announced-idUSKCN1S60PA onde até a Espanha tem 5 enquanto que
Portugal tem zero e nos próximos anos vai continuar a ter zero apesar dos
seus inúmeros Excelentes Agregados https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/12/proposta-de-alteracao-as-provas-de.html
Faz por isso sentido perguntar, com que científica moral é que académicos (que chegaram ao topo da carreira sempre na mesma "casa" quase como se fizessem parte da mobília (Orlando Lourenço dixit) em "concursos" praticamente sem qualquer concorrência e com júris amigos (Vital Moreira dixit)) vão depois sentar-se em júris de Agregação para "avaliar" candidatos cujo currículo foi construído em concursos internacionais (os únicos internacionais porque neles há estrangeiros efectivamente a serem selecionados) cuja taxa de rejeição supera 90% ? https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/12/proposta-de-alteracao-as-provas-de.html
Ainda bem que ainda na ninguém na academia se lembrou de imitar o que se faz no Exército e atribuir condecorações (cujo valor fosse proporcional à taxa de rejeição dos concursos participados) constitutivas de direitos hierárquicos, o que levaria muitos Associados, Catedráticos e Reitores a terem de fazer "continência" quando se cruzassem com muitos investigadores, inclusive nas ditas provas de Agregação.