https://forum.bolseiros.org/viewtopic.php?f=8&t=9527&p=43460&hilit=bilionario+parasita#p43460
Quando em Agosto passado atrás produzi alguns comentários pouco abonatórios sobre a famosa Quinta Patiño, em Cascais, post no link acima, estava muito longe de imaginar que alguém dessa selecta fauna pudesse vir a beneficiar do regime de insolvência pessoal como esta semana se noticiou aqui https://expresso.pt/economia/2019-12-09-Insolvente.-Diogo-Vaz-Guedes-tera-rendimentos-indexados-ao-salario-minimo-nos-proximos-cinco-anos
Porém só por bizarro se pode aceitar que este regime possa ser utilizado por quem não vive em Portugal, não havendo por isso forma alguma de garantir que ele vive com um "rendimento indexado ao salário mínimo". E já agora o que é que é para o tribunal uma "vida condigna" para um ex-milionário nos termos do referido regime de insolvência pessoal ? Poder fazer férias na neve apenas uma vez por ano ou poder ir apenas uma vez por ano ao Bijan de Rodeo Drive, onde se paga mil dólares por uma simples gravata ?
Não conheço o ex-milionario em questão, nem tão pouco me interessa se é do Sporting (do FCP ou do Benfica) mas interessa-me muito saber como é que a justiça neste país trata a insolvência pessoal de um qualquer anónimo Português em comparação com a forma como o faz com um ex-milionário, cujos excelentes dotes de gestão lhe permitiram fazer desaparecer dezenas de milhões de euros. Porque é sabido que a justiça neste país têm por vezes estranhas razões que a própria razão desconhece, como por exemplo se ficou muito recentemente a saber acerca do caso de um individuo que foi condenado em 2015, 2016 e 2017 (uma média de 2 crimes a cada ano) contra a Segurança Social e por abuso de confiança fiscal e agora sabe-se que o mesmo individuo solicitou há pouco tempo ao Banco de Portugal-BP que aquela instituição o reconheça como idóneo para poder actuar como intermediário de crédito e perante a resposta negativa do BP, o senhor em questão queixou-se à justiça que por incrível que possa parecer lhe deu razão ! Uma decisão tão infeliz como aquelas que atribuíram penas suspensas a vários banqueiros, fazendo do nosso país um dos poucos que nunca enviaram um banqueiro para a prisão e que nunca ocorreria num país do Norte da Europa, nem sequer na nossa vizinha Espanha, o país que meteu 8 banqueiros na cadeia.