sábado, 14 de dezembro de 2019

O recorde do António Costa

Parece que há sinais que o Primeiro-Ministro se prepara para tentar bater o recorde de quase 10 anos do Cavaco Silva, Primeiro Ministro entre Novembro de 1985 e Outubro de 1995. E porque é que não haveria o António Costa de aspirar a um terceiro mandato se o maior partido da oposição está divido entre representantes não assumidos da Maçonaria e um Rio Rio especialista em dar tiros nos próprios pés e que faz coisas como aquela no link abaixo, relacionada com a escolha do marido da tal aventesma mencionada aqui para o Conselho Superior do Ministério Público, o tal Conselho que o mesmo Rui Rio quer à viva força controlar. 

Entretanto e para surpresa daqueles como o Miguel Sousa Tavares que dizia que o PAN era um partido que só queria saber dos animais, o mesmo PAN vai, informa o Expresso, na próxima semana dar entrada na Assembleia da República de uma iniciativa legislativa para "obrigar" os políticos a declarar se pertencem à maçonaria para dessa forma aumentar o nível de transparência e evitar conflitos de interesses (vide por exemplo o artigo esta semana na revista Visão sobre os políticos da maçonaria).  Como seria de esperar os interessados, apanhados com as calças na mão, já se começaram a queixar dizendo que estão contra. 

O próprio grão-mestre do Grande Oriente Lusitano já se tinha muito recentemente mostrado "disponível para conversar seja com quem for e para explicar o que é a maçonaria". Mas ninguém precisa de adivinhar o que é que ele tem para dizer, é aquela converseta piedosa (e demente) do auto-aperfeiçoamento. Mas desde quando é que alguém que sente necessidade de se auto-aperfeiçoar só o consegue fazer se se juntar a uma organização secreta ? Este aspirante a grão-doutor ou a grão-agregado é porém o mesmo que não consegue explicar porque é que tantos com tanta necessidade de tanto auto-aperfeiçoamento gostam tanto do negócio da espionagem ?

A proposta do PAN peca assim a meu ver por ser muito modesta, quando o que faria sentido era proibir que esta gente não pudesse em caso algum exercer cargos de Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Primeiro-Ministro, Ministro, Presidentes de Tribunais, Chefes Militares ou de Serviços de Espionagem, Secretários de Estado e até mesmo Reitores de Universidades Públicas, porque os titulares desses cargos só podem dever obediência à Constituição da República e ao povo Português e nunca a sociedades secretas subordinadas que estão a interesses particulares, nomeadamente o tal dever de  "ajuda e protecção aos seus irmãos"  que é incompatível com a nossa Constituição porquanto ao favorecer os tais "irmãos" viola descaradamente o principio da igualdade.