sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Cientistas des(Humanizados) versus Humanistas cientificamente deficientes


https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/09/engineering-education-and-fachidiots.html

Depois de há algum tempo atrás ter criticado os cursos de engenharia pela ausência de unidades curriculares das áreas das ciências sociais e das humanidades, vide post acima reconheço agora como legitima e muito pertinente a critica inversa, feita pelo ilustre cientista Caetano Reis e Sousa https://www.publico.pt/2019/04/17/ciencia/noticia/caetano-reis-sousa-eleito-membro-royal-society-britanica-portugues-200-anos-1869617 

Trata-se do mesmo cientista cujo K-index o coloca no topo deste ranking http://dererummundi.blogspot.com/2018/12/novo-ranking-de-cientistas-portugueses.html  e não sem surpresa um dos Portugueses melhor classificados, num recente ranking feito por investigadores da Universidade de Stanford  https://actu.epfl.ch/news/michael-gratzel-tops-new-ranking-of-scientists/

Trata-se também do mesmo cientista, que no passado sábado em entrevista à revista do Expresso, disse ter dificuldade em perceber como é que os factos passarem a ter valor relativo e como é que possível existirem nos dias de hoje muitas pessoas que acreditam que a Terra é Plana, jurando aqueles que as fotografias tiradas do espaço foram modificadas com photoshop para mostrarem uma esfera ou sobre a existência de movimentos antivacinação, que comentei aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/a-medicina-alternativa-ameaca.html e disse ainda o mesmo cientista que:

“A elite intelectual hoje parece ter quase orgulho em dizer coisas como “eu não percebo nada sobre ADN” ou “eu não percebo nada de ciência”...Seria como se eu dissesse “Beethoven ? Não sei quem é...Shakespeare? Nunca ouvi falar”

PS - O referido cientista só se esqueceu de relembrar que este ano se "celebram" 60 anos do provocante "The two cultures and the scientific revolution