quinta-feira, 10 de outubro de 2019

A ditadura da felicidade


Abaixo extracto de um interessante artigo no jornal Público, sobre um investigador do Max Planck Institute for Human Development, em Berlim, que diz que a felicidade:  
“se tornou numa indústria, a do bem-estar, e num negócio que movimenta milhões de euros...uma forma de controlar a vida das pessoas, concentradas que estão em si mesmas, não se preocupando com o que se passa à sua volta... A ideia de estarmos obcecados connosco faz-nos procurar no mercado produtos e serviços que nos permitam sentirmo-nos bem constantemente. A outra face da moeda é que ...não temos resistência à frustração e estamos sempre à procura de formas de nos sentirmos bem, a tempo inteiro. Isto é irrealista e uma forma muito infantil de compreender o mundo.”

Sobre o mesmo artigo vale a pena revisitar o conteúdo de um post de Maio de 2018, de título A felicidade plastificada e o síndrome de Pollyanna 
"...o conselho "esteja com pessoas felizes" é exactamente a infantil e alienante ficção que sustenta o Facebook, onde cada um se esforça por parecer mais feliz do que os outros, quando na verdade muitas vezes se sentem miseravelmente..."