quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Cientistas que suscitam ódio da sociedade: Parte 2



Depois do post que escrevi há um ano atrás entitulado "Cientistas que suscitam ódio de uma parte da sociedade", vale a pena olhar para uma recente noticia no link acima para se perceber que o texto não perdeu nada da sua actualidade, abaixo o link de acesso ao video em causa https://www.youtube.com/watch?v=BMPiWl5s5LU&feature=youtu.be

Como é evidente este tipo de "laboratórios" foram e continuam a ser o rastilho para o aparecimento de grupos de acção directa, https://www.directactioneverywhere.com/why-animal-liberation que não se coíbem inclusive de ameaçar de morte os tais "cientistas" que trabalham nestes "laboratórios".  E no final do dia é evidente que toda a comunidade científica fica manchada por estes comportamentos, porque já se sabe que as redes sociais são especialistas na generalização. 

Em 19 de Setembro a historiadora Raquel Varela na sua insana cruzada de demonização do PAN (para assim tentar condicionar a votação naquele Partido, o que muito ironicamente não conseguiu, bem antes pelo contrário), falou depreciativamente sobre o referido Partido, (não se coibindo assim de insultar gratuitamente todos aqueles que nele votam), e chegando até ao extremo de meter o Hitler no argumento. Uma das frases fortes da sua argumentação foi dizer que: "Somos o género humano - seres infinitamente superiores a qualquer animal" 

O argumento é desde logo bastante idiota porque era suposto que a mesma Raquel Varela soubesse que qualquer humano transporta mais células de bactérias do que células humanas, isto significa que se a definição de humano passar pelo número de células, apenas uma parte do corpo humano é realmente humano https://www.bbc.com/news/health-43674270 e se a definição fosse expressa em número de genes então a percentagem do que é gene humano é ainda menor, pelo que o tal  género "humano puro" pináculo do Reino Animal de que fala a Raquel Varela precisaria primeiro de ser removido de toda e qualquer bactéria para poder fazer prova cabal da sua putativa omnipotência, porém esse género "humano puro" simplesmente não existe porque não conseguiria sobreviver a não ser ligado a uma máquina. O que existe é por isso um género híbrido, humanos-bactérias, que não permite tais soberbas declarações de superioridade.