Vai por aí uma peculiar onda de teorias de conspiração por conta daquilo que é mencionado aqui https://www.reconquista.pt/articles/ponsul-rio-seco-preocupa-cidadaos-e-organizacoes a culpa será alegadamente dos Espanhóis que andam a reter a água (por interesse e ou velhacaria), embora na verdade as autoridades Portuguesas até agora não conseguiram provar que há violação do convénio Portugal-Espanha nesta matéria.
Será que o convénio negociado em 2009 pelo espetacular Governo do Sr.
Sócrates é especialmente favorável a Espanha e muito menos a Portugal ? É
muito provável que sim. Seria bom que o convénio fosse renegociado ? É
verdade, mas é difícil perceber como é que um pequeno país como Portugal, cujo
elevadíssimo numero de Generais não consegue sequer dispor as tropas no terreno
de tal forma que impeçam um simples ladrão de galinhas de roubar um
paiol, (quando a Espanha quiser invadir Portugal, que não quer, a primeira
grande manobra será pagarem a uma dúzia de gatunecos para roubarem todas as
munições !) vai conseguir forçar a Espanha a fazer um novo convénio que
lhe seja menos favorável e ponha em causa interesses Espanhóis, que como a WWF
já tinha denunciado em 2006 requerem muita muita água, eles estão obcecados por
água, esteja ela onde estiver http://www.wwf.eu/?68900/Spain-sucked-dry-by-illegal-water-use
Como é evidente a Espanha faz como sempre fez transvases do Tejo para Segura (o
convénio permite a Espanha desviar 1000 milhões de metros cúbicos), mas
essa quantidade é mais ou menos relevante em função da severidade da seca, que
afecta tanto Portugal como Espanha, como se percebe aqui https://earthsky.org/human-world/drought-reveals-spanish-stonehenge-dolmen-guadalperal
Igualmente importante é ter em conta isto aqui e também muito principalmente isto https://rmets.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/joc.5140 onde se
prevê que períodos de seca extramamente longos irão passar a ser a nova
realidade no futuro da Península Ibérica. Essa nova realidade obriga a que se comecem desde já (já o deviam ter feito
caso não fossemos descendentes daqueles que não se governavam nem se deixavam
governar) a questionar certas actividades em que assenta o agro-negócio (em
Espanha e também em Portugal) actividades essas que consomem uma
quantidade de água claramente excessiva e evidentemente insustentável.