quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Espanhóis roubam água a Portugal


Vai por aí uma peculiar onda de teorias de conspiração por conta daquilo que é mencionado aqui https://www.reconquista.pt/articles/ponsul-rio-seco-preocupa-cidadaos-e-organizacoes a culpa será alegadamente dos Espanhóis que andam a reter a água (por interesse e ou velhacaria), embora na verdade as autoridades Portuguesas até agora não conseguiram provar que há violação do convénio Portugal-Espanha nesta matéria. 

Será que o convénio negociado em 2009 pelo espetacular Governo do Sr. Sócrates  é especialmente favorável a Espanha e muito menos a Portugal ? É muito provável que sim. Seria bom que o convénio fosse renegociado ? É verdade, mas é difícil perceber como é que um pequeno país como Portugal, cujo elevadíssimo numero de Generais não consegue sequer dispor as tropas no terreno de tal forma que impeçam um simples ladrão de galinhas de roubar um paiol, (quando a Espanha quiser invadir Portugal, que não quer, a primeira grande manobra será pagarem a uma dúzia de gatunecos para roubarem todas as munições !) vai conseguir forçar a Espanha a fazer um novo convénio que lhe seja menos favorável e ponha em causa interesses Espanhóis, que como a WWF já tinha denunciado em 2006 requerem muita muita água, eles estão obcecados por água, esteja ela onde estiver http://www.wwf.eu/?68900/Spain-sucked-dry-by-illegal-water-use 

Como é evidente a Espanha faz como sempre fez transvases do Tejo para Segura (o convénio permite a Espanha desviar 1000 milhões de metros cúbicos), mas essa quantidade é mais ou menos relevante em função da severidade da seca, que afecta tanto Portugal como Espanha, como se percebe aqui  https://earthsky.org/human-world/drought-reveals-spanish-stonehenge-dolmen-guadalperal 

Igualmente importante é ter em conta isto aqui e também muito principalmente isto https://rmets.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/joc.5140 onde se prevê que períodos de seca extramamente longos irão passar a ser a nova realidade no futuro da Península Ibérica. Essa nova realidade obriga a que se comecem desde já (já o deviam ter feito caso não fossemos descendentes daqueles que não se governavam nem se deixavam governar) a questionar certas actividades em que assenta o agro-negócio (em Espanha e também em Portugal) actividades essas que consomem uma quantidade de água claramente excessiva e evidentemente insustentável.