domingo, 6 de outubro de 2019

“mais um dia de vergonha nacional”



Depois do que já tinha escrito anteriormente subscrevo as palavras do Miguel Sousa Tavares que esta sexta-feira terminou o seu artigo no Expresso com a frase: Cada dia que passa sem que Portugal exija a expulsão da Guiné Equatorial da CPLP é mais um dia de vergonha nacional porquanto é por conta de países como a Guiné Equatorial que milhares de Africanos tentam atravessar o Mediterrâneo para fugir à miséria, exactamente o mesmo motivo que também levou um milhão e meio a fugirem de Portugal antes de 1974, mas com a pequena diferença de que Portugal na década de 60 era um país muitíssimo mais pobre em termos do PIB/capita do que é a Guiné Equatorial por conta das suas reservas de petróleo. A grande diferença é que a riqueza de Portugal não foi parar ao bolso do Salazar, como acontece na Guiné Equatorial, o que permite perceber porque é que o filho do Presidente Obiang possui por exemplo dezenas de carros de luxo, um jato de 40 milhões ou um iate de 100 milhões https://corruptionandhumanrights.org/publications/open-letter-switzerlands-appalling-decision-to-return-seized-100-million-yacht-to-known-kleptocrat/ ao mesmo tempo que existe naquele país uma grande percentagem de pessoas a viver na miséria. Muito embora também seja verdade que haja 300-400 famílias Portuguesas que não tem moral para apontar o dedo à família Obiang, aquelas de que falei num email anterior colocado como post noutra plataforma e que agora abaixo reproduzo novamente:


________________________________________________________________________
De: F. Pacheco Torgal
Enviado: 18 de agosto de 2019 05:39
Assunto: Famílias Portuguesas de vergonhoso passado

 “Seria do maior interesse e proveito estudar o que foi o impacto na sociedade portuguesa dos...novos ricos, com fortunas fora do comum... calculou de 300 a 400 o número de portugueses envolvidos no tráfico de escravos, no Brasil, que regressaram voluntariamente a Portugal entre Março de 1850 e Março de 1851, entrando com uma importância que estimava atingir as £400 000” https://www.africanos.eu/images/publicacoes/livros_electronicos/EB022.pdf

As tais 400.000 libras mencionadas acima valeriam hoje algumas dezenas de milhares de milhões de euros, coisa pouca ! Eu até percebo que antes do 25 de Abril os historiadores não se sentissem nada à vontade para estudar o fenómeno e bem assim a identidade das famílias que fizeram fortuna na nobre arte da escravatura isto poderia certamente ser visto como um crime contra a nação porém passado que está meio século sobre essa data já vai sendo tempo dos Portugueses saberem quem foram os tais "300 a 400" Portugueses regressados do Brasil no final do séc 19, para que as famílias dos mesmos (cujo cujo bem estar e mordomias foi financiado com o sangue de escravos) não sejam confundidas com famílias decentes, principalmente aquelas cujos antepassados também andaram pelo Brasil, que não enriqueceram à conta da escravatura.


________________________________________________________________________
De: F. Pacheco Torgal
Enviado: 17 de agosto de 2019 06:52
Assunto: Um bilionário parasita e as parasiticas famílias Portuguesas

Era uma vez um Boliviano que acumulou fortuna por conta de viver de explorar trabalho quase escravo em minas de estanho que lhe valeu o apelido de Rei do Estanho. O seu filho (uma espécie de Trump da Bolivia) a quem nunca ninguém conheceu mérito extraordinário que não fosse gastar a imensa fortuna do pai em empreendimentos turísticos (exactamente como fez o Sr. Trump) veio comprar há meio século atrás uma quinta ali para os lados de Lisboa onde, onde organizou em 1968 um denominado "Baile do Século" que o tornou famoso por estas bandas e onde a "azeda nata" Portuguesa foi parasitar comida e bebida como é costume, pois o facto de um pequeno grupo de famílias deste país ter ao longo de várias centenas de anos explorado povos indigentes do Brasil a Timor permite perceber porque é que desenvolveram um tal ADN parasitário.

Interessante facto no interessante artigo da revista Sábado que esta semana se dedica à famosa Quinta Patino (a tal urbanização que tem uma entrada própria para os empregados) é constatar que entre os proprietários das moradias de muitos milhões de euros lá localizadas se contam alguns conhecidos parasitas Portugueses que nada surpreendentemente ficaram a dever centenas de milhões de euros à banca e confiam agora que Portugueses com salários anuais que não dão sequer para comprar um relógio decente (os decentes começam em 50.000 euros já os bons a sério rondam vários milhões de euros) como por exemplo os motoristas ou os enfermeiros lhes sustentem por via dos seus impostos a evidente e genética parasitose.

Pormenor indescritível é quando o artigo da revista Sábado diz que na Quinta Patino vivem 150 famílias de elite. Antigamente a palavra elite servia para descrever o que há de melhor e se valoriza numa sociedade, quem diria por isso que a língua Portuguesa iria evoluir tanto até ao ponto de passar a incluir a palavra elite como sinónimo de parasitagem ! Já só falta que um dia destes os biólogos Portugueses digam que a carraça e a sanguessuga representam a elite biológica Portuguesa.