Já se
sabia, vide post acima, que este país é tão original que muitos bens de luxo
pagam uma taxa de IVA inferior à que paga um bem de consumo fundamental como a
electricidade (logo num país onde centenas de milhares de Portugueses não conseguem pagar aquecimento durante o Inverno) e hoje em artigo publicado na secção de Economia do Expresso,
sobre quais os concelhos que tem mais carros de luxo, descriminados por marca,
fica-se a saber por exemplo que o concelho do Porto no que respeita a Ferraris
lidera este país, já o concelho de Mora domina nos Maseratis e o concelho
da Azambuja domina nos Bentleys, e também que uma percentagem expressiva das
viaturas de luxo estão em nome de empresas, pois as mesmas podem deduzir a
sua compra, o combustível e a manutenção no IRC.
Porém, se
a autoridade fiscal aceita que encargos com Ferraris, Lamborghinis (que revela
o artigo é uma das marcas preferidas pelas empresas
Portuguesas) ou Bugattis (o artigo menciona que um pertence a uma
empresa de Leiria) podem integrar a sacrossanta definição: "São assim fiscalmente
dedutíveis todos os gastos contabilísticos suportados pela empresa que são
indispensáveis à realização dos proveitos ou ganhos sujeitos a imposto ou à
manutenção da fonte produtora"
Então
pela mesma ordem de razões, as despesas de um empresário com uma prostituta (ou um prostituto) também devem ser dedutíveis no IRC porque são despesas
que também asseguram o bem estar do empresário (dizem os manuais que um empresário
stressado apresenta um desempenho subóptimo) e logo são também "indispensáveis à
realização dos proveitos..."