domingo, 11 de abril de 2021

Os filhos dos ricos frequentam cursos de saúde e os dos pobres cursos de ciências sociais e humanas


Num artigo ontem no jornal Público, a propósito da criação de eventuais medidas de descriminação positiva que possam contribuir para ajudar alunos provenientes de estratos económicos mais desfavorecidos, o Reitor da Universidade do Porto revelou que na instituição que dirige, a percentagem de alunos que usufruem de bolsas nos cursos de ciências sociais e humanas é quase 400% superior à percentagem existente nos cursos de saúde. Faz por isso todo o sentido perguntar, será que o motivo para essa diferença gigantesca se deve ao facto dos alunos pobres não conseguirem pagar a frequência daqueles colégios privados que inflacionam as notas e onde o acesso ao curso de medicina é quase garantido ? https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/vergonhosa-impunidade-no-acesso-ao.html 

E quantos daqueles que enriqueceram na politica é que tem ou tiveram os seus filhos em cursos de medicina, unicamente porque conseguiram aproveitar a mamata proporcionada pelos colégios que com total impunidade inflacionam as notas dos seus alunos, que é uma pergunta muito pertinente que a imprensa parece ter receio de fazer (e muito mais de investigar) ? https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/12/a-pergunta-errada-do-director-do-jornal.html


PS1 - Entretanto a petição que exige o afastamento do juiz Ivo Rosa da magistratura (e que se afigura como um interessante barómetro de indignação) já chegou quase aos 170.000 subscritores e tendo em conta que nas últimas eleições legislativas o PS elegeu 108 deputados com apenas 1,9 milhões de votos o que dá uma média de 17626 votos para eleger cada deputado daquele partido, então isso significa que o número daqueles que já subscreveram a referida petição valem tanto quanto um partido politico composto por 10 deputados, restando somente saber se nas próximas eleições irão todos esses subscritores dar o seu voto ao partido do deputado Ventura, que foi o único que propôs revogar a prescrição do crime de corrupção. 

PS2 - Sobre o mesmo processo o jornal Público revela hoje que uma das consequências da decisão do juiz Ivo Rosa é que os arguidos já podem agora aceder e gastar os quase 27 milhões de euros que estavam arrestados. O que significa que mesmo que no futuro o Tribunal da Relação mande anular a decisão do juiz Ivo Rosa já os arguidos podem ter feito desaparecer os referidos milhões, pelo que o tal pedido de indemnização que o Ministério Público juntou à acusação, para que os arguidos fossem condenados a pagar 58 milhões de euros ao Estado Português, mesmo que venha um dia a ser executado já não encontrará nada para executar. 

Avaliação de desempenho e a importância da posição dos autores em publicações científicas


Um grupo de investigadores da Escola de Engenharia da Universidade do Minho pronunciou-se muito recentemente sobre o regulamento de avaliação de desempenho de investigadores e no texto da primeira proposta de alteração pode ler-se:

"É reconhecido internacionalmente (nas áreas científicas abrangidas pelos centros de investigação da EEUM) que o primeiro autor de um artigo representa aquele que mais contribuiu para o desenvolvimento do trabalho. O autor correspondente do trabalho, assim como o último autor, são também posições reconhecidas como de maior destaque no envolvimento do trabalho". 

E a verdade é que não certamente por acaso, que a última versão da Web of Science, até já disponibiliza de forma automática e publicamente, para cada investigador, as percentagens de publicações, nas quais aqueles aparecem na primeira posição, ou na última posição ou como autor correspondente. 

Aliás aproveito para disponibilizar abaixo essa (interessante) informação, obtida na referida plataforma e relativa a quase duas dezenas de investigadores. 

Elvira Fortunato............1ª posição-10%, última posição-29%, correspondente-17%   (56%)
Rodrigo Martins..............................11%..........................44%............................13%    (68%)
Fátima Montemor...........................16%..........................49%............................23%    (88%)
Carlos Fiolhais...............................22%..........................44%............................22%    (88%)
Sobrinho Simões...........................14%...........................57%...........................18%     (89%)
Mário Figueiredo............................21%..........................54%............................19%    (94%)
Claes Granqvist..............................26%..........................50%............................22%    (98%)
J.P. Perdew....................................33%..........................36%............................25%   (104%)
António Damásio............................34%..........................51%............................24%  (109%)
Nobel Roger Penrose.....................60%.........................26%.............................25%   (111%)
Isabel Ferreira..................................3%.........................58%.............................59%   (120%)
Nobel Richard Thaler.....................36%..........................56%............................35%    (127%)
Nobel Robert Solow.......................90%...........................7%.............................32%    (129%)
Caetano Reis e Sousa...................16%..........................57%............................59%   (132%)
Nobel Angus Deaton......................59%..........................35%............................43%   (137%)
Stephen Hawking...........................75%..........................17%............................52%   (144%)
Nobel Paul Krugman......................94%...........................5%.............................49%   (148%)
Nobel William D. Nordhaus............84%..........................10%............................61%   (155%)
F.Pacheco Torgal............................62%..........................23%............................75%  (160%)


sábado, 10 de abril de 2021

Research expenditure is not the strongest predictor of countries scientific impact

 


Continuing the discussion from the previous post on the question "Why do nations produce scientific advances and new technology?"—you may find valuable insights in a recent paper linked below titled "Is culture related to strong science? An empirical investigation." This paper, authored by Lutz Bornmann, recipient of the Derek de Solla Price Memorial Medal in 2019, was published online this week.https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1751157721000316#fig0005

A noteworthy section of the aforementioned paper highlights the research conducted by Allik et al., which demonstrates that research expenditure isn't the most significant predictor of a country's scientific impact. Instead, good governance, as measured by six indicators, including the absence of corruption, emerges as the strongest predictor.

sexta-feira, 9 de abril de 2021

José Sócrates agradece ao maravilhoso Direito Romano-Germânico


Como é evidente o ex-primeiro Ministro Sócrates (o mesmo que de forma patológica e despudorada vivia com todos os luxos ao mesmo tempo que conduzia este país à bancarrota, que levou a um enorme aumento do desemprego e enviou muitas famílias Portuguesas para uma situação de miséria) só pode estar tremendamente grato ao Direito Romano-Germânico, que agora acaba de permitir ao juiz Ivo Rosa desconsiderar em larga escala as teses da acusação do Ministério Público, e anulando desde logo as várias acusações de corrupção, exceptuando somente aquela que muito oportunamente foi declarada prescrita. 

Em face disto não pode constituir qualquer surpresa que os países onde vigora o referido Direito Romano-Germânico, sejam países, que como afirmou o ex-Presidente Ramalho Eanes, estão infestados por uma epidemia de corrupção. Há aliás um estudo que faz referência a isso mesmo e que eu até já tinha mencionado num post anterior,  intitulado “Corruption and Country Size: Evidence Using Firm-level Survey Data”  e onde se pode ler:
“..countries that adopted the British Common Law system are more conducive to lower levels of corruption (see for example, La Porta et al. 1999, Pellegrini and Gerlagh 2008)..., Treisman (2000)...Goel and Nelson (2010).” https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/02/se-um-governante-nao-denunciar-um-crime.html 

Significa isto que se em 1974, quando se iniciou a instalação em Portugal de uma corruptocracia (protegida pela própria lei, a Procuradora Morgado dixit) este país tivesse tido a coragem de enviar o referido Direito Romano-Germânico para o lixo da história e tivesse adoptado um sistema de justiça baseado na Common Law, teriamos tido muito menos casos de corrupção. Infelizmente não tivemos nada disso, aquilo que tivemos foi um Parlamento a fazer leis que facilitaram e continuam a facilitar a vida a corruptos e burlões https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/09/o-bilionario-portugues-e-o-parlamento.html

E como se não bastasse essa ajuda extraordinária que é estar num país com um sistema de justiça tão sui generis, o ex-primeiro Ministro Sócrates teve ainda a tremenda sorte de lhe ter calhado em rifa um juiz muito especial, que é conhecido por averbar derrotas atrás de derrotas nos tribunais superiores, merecendo referência aquele famoso caso em que decidiu sobre a acusação de 12 cavalheiros pertencentes ao Gangue do Multibanco, acusados por mais de uma centena de assaltos, tendo mandado 11 deles na Santa Paz do Senhor. Felizmente porém na repetição do julgamento só 4 deles conseguiram escapar à cadeia. Quem também foi mandado na Santa Paz do Senhor, pelo juiz Ivo Rosa, foi um suspeito de terrorismo, que felizmente foi depois preso na França antes de tentar matar várias pessoasA frase mais acertada para a actuação do referido juiz no presente caso foi por isso aquela proferida pelo conhecido Paulo de Morais, quando afirmou que o referido juiz Ivo Rosa parecia o advogado de defesa do Sócrates https://www.jn.pt/justica/ivo-rosa-parecia-o-advogado-de-socrates-diz-paulo-de-morais-13553760.html

PS1 - Quem também muito agradece a bizarra decisão do juiz Ivo Rosa, é o deputado André Ventura, que vai facturar bastante à conta dela, exactamente da mesma forma como também o partido VOX anda a facturar na vizinha Espanha, à conta da corrupção do partido socialista PSOE https://expresso.pt/internacional/2019-11-19-Conhecidas-as-sentencas-do-maior-caso-de-corrupcao-ja-julgado-em-Espanha.-Vox-ja-respondeu---e-continua-a-capitalizar Desde logo por conta da proposta feita pelo mesmo deputado na Assembleia da República, no sentido de remover do Código Penal a prescrição do crime de corrupção, e que agora permitiria que o Sr. Sócrates não conseguisse escapar a um julgamento por esse crime https://observador.pt/2021/02/11/chega-quer-por-fim-a-prescricao-de-crimes-como-homicidio-violacao-e-corrupcao/  Também sobre o referido Código penal vale a pena revisitar o post abaixo de 30 de Novembro de 2020, intitulado "Código Penal Português incentiva as grandes burlas ?" https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/11/codigo-penal-portugues-incentiva-as.html


A Univ. do Porto, a Univ. Nova e a UALG conseguiram entrar na lista das instituições com investigadores que participaram em mais de 100 decisões editoriais indexadas



Na sequência do apuramento efectuado há um ano atrás (link acima) segue abaixo a nova lista actualizada, construída a partir de dados da plataforma https://publons.com/about/home/ onde se constata que a UPorto, a UNova e a UALG passaram (finalmente) também a estar representadas, embora ainda haja várias universidades públicas (UBI, UÉvora, UAçores, UMadeira e UAberta) que estranhamente ainda estão ausentes: 

ULisboa.............5 investigadores com mais de 100 decisões editoriais 
UCoimbra..........3
UPorto...............3
UAveiro.............2
UMinho..............2
UNova...............2
UALG................1
UTAD................1
Pol Leiria...........1
Pol V. Castelo...1
UCatólica..........1


quinta-feira, 8 de abril de 2021

Como pode a Universidade interpelar a sociedade se os professores universitários tem medo de falar ?



Um arquitecto de último apelido Bismarck, que costuma escrever no jornal Público terminou um recente artigo (link acima) com uma citação de um autor Alemão verdadeiramente assassina: “Tais obras são espelhos: se é um macaco a olhar, não pode ver-se um apóstolo”.

Foi também o mesmo arquitecto que no mesmo jornal Público escreveu há tempos que a "A Universidade não serve apenas para ensinar, nem para produzir conhecimento, mas tem uma função social fundamental enquanto espaço único a partir do qual se pode interpelar a sociedade" só se tendo porém esquecido de citar a esse respeito o ensaio do Noam Chomsky que foi mencionado aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/09/the-responsibility-of-intellectuals-to.html e que antes disso já tinha sido mencionado num post sobre os cientistas activistas aqui  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/scientists-as-activists.html

Mas como pode a Universidade interpelar a sociedade se muitos professores universitários em Portugal, pura e simplesmente, tem medo de falar ? https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/07/ha-professores-da-unova-com-medo-de-se.html

PS - O artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos respeita à liberdade de expressão e de informação, e não por coincidência a organização Article 19, também visa a a defesa das referidas liberdades e soube-se no mês passado que uma ex-Directora Executiva daquela organização foi ameaçada de morte de forma muito clara por um alto responsável da Arábia Saudita. Esta introdução serve para concluir que muito se estranha que em Portugal os professores universitários (muitos deles até já em regime de tenure e logo com um vínculo contratual reforçado) tenham tanto medo de falar, mesmo que desse exercício não resulte qualquer perigo para a sua integridade física, ao contrário daquilo que sucede por esse mundo fora onde há, quem não tenha medo de falar, mesmo arriscando a própria vida ! 


quarta-feira, 7 de abril de 2021

My congratulations to USA



After having written some unfriendly posts about USA (a few above) i must now thank that country for the wise words of  its Treasury Secretary, Janet Yellen, who recently supported the idea of imposing the same minimum corporate tax rate all over the world https://www.economist.com/finance-and-economics/2021/04/06/janet-yellen-calls-for-a-global-minimum-tax-on-companies-could-it-happen

Of course there´s at least one American company that will hate that idea, the very same company that profited 34 billion in the last three years and paid zero taxes https://jornaleconomico.sapo.pt/en/noticias/google-lucra-34-mil-milhoes-de-euros-sem-impostos-em-tres-anos-com-paraiso-fiscal-das-bermudas-681814


Elon Musk acha que qualquer curso é preferível a um MBA



Sobre as declarações dessa máquina de fazer dinheiro, que dá pelo nome de Elon Musk, no recente video de dois minutos, no link acima, é importante recordar que ele nem sequer se referiu aos efeitos altamente nocivos desses cursos, mencionados nos emails abaixo ou ao facto de muitos dos titulares desses cursos só conhecerem uma única receita de sucesso, a de utilizarem esquemas viciosos para que as empresas não paguem impostos e talvez seja por isso que a actual Secretária do Tesouro dos EUA acaba de avançar com uma ideia radical, forçar a criação a nível mundial de um imposto minimo de 21% sobre os lucros das empresas https://www.npr.org/2021/04/05/984461923/janet-yellen-proposes-bold-idea-the-same-minimum-corporate-tax-around-the-world?t=1617780995800 que de certeza absoluta deve ter deixado com os cabelos em pé, pelo menos aquele país europeu que contribui anualmente com 5000 milhões de euros para o orçamento europeu, mas que "rouba" ao mesmo orçamento 10.000 milhões de euros por conta de impostos não cobrados. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/04/netherlands-has-cost-eu-countries-10bn.html mas muito maior será a dor de cabeça para os responsáveis daquela empresa que se vangloria de nos ultimos três anos ter lucrado 34.000 milhões de euros e ter pago zero em impostos https://jornaleconomico.sapo.pt/en/noticias/google-lucra-34-mil-milhoes-de-euros-sem-impostos-em-tres-anos-com-paraiso-fiscal-das-bermudas-681814



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De: F. Pacheco Torgal
Enviado: 10 de Dezembro de 2018 7:28
Assunto: Prof. Martin Parker___"Why we should bulldoze the business schools"

“ There are 13,000 business schools on Earth. That’s 13,000 too many. And I should know – I’ve taught in them for 20 years... schools have huge influence, yet they are also widely regarded to be intellectually fraudulent places, fostering a culture of short-termism and greed. (There is a whole genre of jokes about what MBA – Master of Business Administration – really stands for: “Mediocre But Arrogant”, “Management by Accident”, “More Bad Advice”, “Master Bullshit Artist” and so on.) Critics of business schools come in many shapes and sizes...Since 2008, many commentators have also suggested that business schools were complicit in producing the crash…If we want to be able to respond to the challenges that face human life on this planet, then we need to research and teach about as many different forms of organising as we are able to collectively imagine. For us to assume that global capitalism can continue as it is means to assume a path to destruction...”
https://www.theguardian.com/news/2018/apr/27/bulldoze-the-business-school
 
 
 
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De: F. Pacheco Torgal
Enviado: 4 de Dezembro de 2018 6:35
Assunto: O ranking da treta sobre Escolas de gestão que a imprensa Portuguesa adora

A mesma imprensa que solenemente desprezou o facto de recentemente se ter sabido que Portugal tem um elevado número de highly cited researchers e do que isso significa no próximo e prestigiado ranking Shanghai de universidades mostrou-se ontem embasbacada e quase hipnotizada pelo desempenho das escolas de gestão no ranking Financial Times, assunto que acho só não foi abordado nos jornais da bola.
 
E porém nenhum jornalista achou por bem questionar-se por que carga de água tão excelente desempenho das Portuguesas escolas de gestão não se reflecte no desempenho da área científica que lhe está associada no ranking Shanghai Top 500, como se percebe pelo link https://www.docdroid.net/RX2xh1G/portugal-top-500-shanghai-ranking-pdf onde a mesma não se conta entre as áreas com melhor desempenho, realçadas a azul e principalmente a amarelo.

Aliás não deixa de ser paradoxal e até caricato que havendo em Portugal tantas excelentes escolas de gestão que já formaram milhares de excelentíssimos gestores, que hoje no Público haja artigo que se inicie da seguinte forma:  “Ano após ano, continuamos na cauda da Europa em termos de produtividade do trabalho por hora trabalhada, sendo que em 2017 ainda piorámos o desempenho...” restando por isso concluir que a excelência das nossas escolas de gestão ainda não chegou às empresas e nem se sabe se algum dia lá chegará. E já agora como explicar que em muitas empresas a remuneração dos excelentes gestores não seja afectada pelo desempenho da empresa ? Havendo até muitos gestores que muito recebem mesmo que o desempenho da empresa seja mediano ou até medíocre como ontem foi reportado no jornal Público  https://www.publico.pt/2018/12/02/economia/noticia/salario-gestores-nao-afectado-desempenho-empresa-1853049

Faz por isso todo o sentido perguntar, o que mede um ranking de escolas baseado nos salários dos diplomados ? Será mesmo a excelência do ensino que por lá se pratica ? E se alguém se lembrasse de fazer ranking similar para escolas de engenharia e tendo em conta os miseráveis salários de muitos jovens engenheiros, incluindo muitos diplomados pelo IST (o Bastonário da Ordem dos Engenheiros fala mesmo em salários indignos) qual seria a posição do IST e de outras escolas de engenharia Portuguesas no referido ranking ?
 
É claro que muitos colegas das referidas excelentes escolas de gestão que agora andam muito ufanos com a posição da sua escola no referido ranking ficarão ressentidos com o facto de o ter designado como ranking da treta. A esses Colegas deixo apenas seis singelas e académicas perguntinhas:
 
1 - Como é que as escolas de gestão de um país pobre podem aparecer destacadas num ranking baseados em salários dos diplomados ?
 
2 - Será que os únicos alunos Portugueses que responderam aos inquéritos estão todos a trabalhar no estrangeiro ?
 
3 - Porque é que o Financial Times não revela quantos inquéritos recebeu de cada uma das escolas que aparecem no tal ranking ?
 
4 - Quem é que garante ou confirma a veracidade daquilo que está nos inquéritos ?
 
5 - Alguém pode garantir que nenhuma escola eliminou inquéritos associados a menores remunerações de alunos ?
 
6 - O Financial Times diz que aceita a candidatura daquelas escolas, onde mais de 20% dos diplomados responderam aos inquéritos, com um mínimo de 20 inquéritos. Ainda admitindo que todo o processo é transparente e integro e que nenhum aluno mentiu no inquérito (deixa-me rir) será que estes valores são representativos do que quer que seja ?
 

terça-feira, 6 de abril de 2021

The Economist__"Cruelty is not an accident, it is structural"

 

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/01/the-economistthe-invisible-chinese_28.html

Its seems that the problems of China mentioned in the post above are just the tip of the iceberg. A new article published in The Economist explains how Chinese women are being forced not to file for divorce because if they do they will surely pay a high price for that, as one said: "In a Chinese divorce all women lose

Lincoln once said that "A house divided against itself cannot stand" and it seems that China has many internal divisions that sooner or later will lead to internal tensions and to a serious reduction of  its economic competitiveness, meaning that Europe shouldn´t be so afraid about the power of the Chinese dragon as i previously wrote in the last paragraph of the text in here https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/the-role-of-academia-towards-type-1.html

PS - A more worrying issue however is the recent Chinese braggadocio https://www.economist.com/china/2021/04/03/china-is-betting-that-the-west-is-in-irreversible-decline


Uma dúvida sobre a famosa invenção da Catedrática Elvira Fortunato que "revolucionou" o mundo

Alega a imprensa, no artigo acessível no link acima que a catedrática Elvira Fort\unato inventou o transistor de papel, e que tal descoberta alegadamente até " revoluciona o mundo", alguma imprensa (regional) muito pouco rigorosa até chega ao extremo de lhe chamar a "mãe do transistor de papel, porém uma pesquisa na base Scopus revela que o seu artigo mais citado, sobre transitores em papel, tem mais cinco co-autores, onde se inclui o marido da referida cientista, o catedrático Rodrigo Martins, faz por isso sentido perguntar, se como quase jurou o Expresso no ano passado, a referida catedrática esteve quase a ganhar o prémio Nobel da Física, não seria justo que os vários co-autores do artigo relativo à "revolucionária" invenção do transistor de papel também beneficiassem dessa distinção ? 

No mínimo dos mínimos, esse hipotético Nobel teria também que ser atribuido ao catedrático Rodrigo Martins, porque o seu nome aparece em nada menos do que 85% das publicações indexadas da catedrática Fortunato e aparece também nas várias patentesestranhamente porém e muito injustamente a imprensa nunca o apelidou de "pai do transistor de papel" !