"Let
me tell you about the very rich. They are different from you and me. They
possess and enjoy early, and it does something to them, makes them soft where
we are hard, and cynical where we are trustful, in a way that, unless you were
born rich, it is very difficult to understand. They think, deep in their
hearts, that they are better than we are because we had to discover the
compensations and refuges of life for ourselves. Even when they enter deep into
our world or sink below us, they still think that they are better than
we are. They are different. ”
Ao contrário dos ricos Norte-Americanos de que falava o escritor F.Scott Fitzgerald, os ricos em Portugal são afinal como nós, como se pode ler esta semana na crónica do Sub-Director da revista Sábado: "Em Portugal quando se tem um rico pela frente, presume-se que o dinheiro é dele. Os últimos anos, porém, mostram-nos que raramente é. No fundo os ricos são tesos como nós, apenas tem mais amigos no banco"
Ainda assim há pelo menos um rico em Portugal que não é como nós, Ricardo Salgado, que nem sequer necessita de aparecer no tribunal onde está a ser julgado. De alguém que nunca passará um único dia na cadeia, pois como garantiu o tal "advogado estrela" o processo vai demorar 50 anos, esperava-se que no minimo dos minimos, o Sr. Ricardo Salgado fosse obrigado a suportar o incómodo de estar presente no seu próprio julgamento. Nem sequer isso. Que diferença para os Estados Unidos que em poucos meses julgaram e condenaram o Sr. Madoff a uma pena de 150 anos, tendo-lhe até negado no ano passado a possibilidade de morrer em casa, óbito que veio de facto a ocorrer em Abril deste ano.