Quem disse as palavras que dão título a este post foi o emproado advogado, Magalhães e Silva, fundador do PS, que agora defende o Sr. Luís Filipe Vieira. Trata-se do mesmo advogado que há alguns anos atrás criticou a prisão de José Sócrates e que há pouco tempo elogiou o juiz Ivo Rosa, o mesmo advogado que agora não só acha que o Sr. Vieira é o Português mais inocente que algum dia nasceu neste país, como ainda se dá ao desplante de criticar a actuação do Ministério Público, o que não deixa de ser espantoso, não só pelo facto dos estatutos da Ordem dos Advogados não permitirem que os seus membros comentem casos concretos, pois essa é tarefa para os muitos comentadores que existem neste país, mas principalmente pelo facto deste advogado ter sido escolhido pelo PS para integrar o Conselho Superior do Ministério Público, orgão que avalia e pune os Procuradores. Não admira por isso que uma tal afrontosa impunidade justifique hoje no Público um artigo do juiz Manuel Soares, Presidente da ASJP, o qual aproveita logo no inicio para lembrar o caso de um advogado cínico que nos julgamentos se gabava de ser membro do CSM e por consequência que as avaliações dos juizes dependiam do que ele achasse sobre os mesmos.
Aditamento em 15 de Julho - No jornal Público o jornalista João Miguel Tavares escreve hoje a propósito do caso do supracitado emproado empertigado advogado que a melhor forma de um criminoso fugir à cadeia é legalizar o crime ou então tornar a prova do crime quase impossível de fazer, que é o que sucede em Portugal. Nada do que ele escreve constitui porém novidade pois há muito que se sabe que os crimes de colarinho branco estão no nosso país protegidos pela própria lei e essa ajuda tem progenitores bem conhecidos, que são os nossos velhacos deputados e a aldrabice que é o Direito amigo dos criminosos do colarinho branco https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/04/catedratico-afirma-que-o-direito-e-uma.html