Ainda sobre o post acima que evidenciou o fraquíssimo desempenho da Universidade de Lisboa no respeitante à produção de livros indexados na base Scopus (sendo porém certo que as responsabilidades por esse resultado não se distribuem de forma uniforme pelas diferentes unidades orgânicas daquela universidade), convém recordar que uma análise aos rácio de docentes ETI das diferentes instituições, coloca a Universidade de Lisboa abaixo de 8 instituições públicas e apenas ligeiramente acima do Politécnico do Porto, o que é um resultado muitíssimo pior do que aquele mencionado aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/10/universidades-e-politecnicosracio.html e que permite perguntar, como é que uma Universidade que recebe tanto dinheiro da FCT, muito mais do que recebem outras universidades, apresenta um tão fraco desempenho nos referidos indicadores ?
E isso já para nem falar daquilo que foi apurado em termos comparativos no post abaixo:
E ainda sobre a anormal desigualdade de financiamento científico, em que apenas 4% (quatro por cento) das unidades de investigação que recebem mais de 1.5 milhões de euros da FCT estão localizadas no Interior de Portugal, então da mesma maneira que a França em boa hora criou uma universidade para tentar competir com o MIT, vide post de 2 de Setembro https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/09/the-economistcomo-franca-criou-uma.html também Portugal há muito que deveria ter iniciado a execução de uma estratégia, para aumentar de forma radical a competitividade científica das universidades do Interior deste país, já que não possível desenvolver esse mesmo Interior sem Universidades de topo. E da mesma forma que nenhuma banda toca música sem músicos talentosos nem instrumentos bem afinados também não há universidades de topo sem investigadores de topo e financiamento de topo. Revisite-se a este respeito as duas propostas feitas no post https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/11/universidades-e-politecnicos.html