terça-feira, 30 de novembro de 2021

O mestre da manipulação e a banalidade do mal

 


Quando em 29 de Novembro escrevi o post acima não poderia evidentemente conhecer ainda o conteúdo de um artigo que foi publicado no dia seguinte, onde se comentam resultados de estudos de uma equipa de investigadores da Austrália e da Alemanha, e onde se fala da capacidade de a inteligência artificial se tornar mestre na manipulação de humanos e da banalidade do mal  https://www.discovermagazine.com/technology/ai-is-learning-to-manipulate-us-and-we-dont-know-exactly-how

Trata-se de uma capacidade que evidentemente só pode constituir mais um motivo de alegria para os referidos CEOs, já que uma tal mestria na manipulação, de certeza que permitirá aumentar as vendas das suas empresas. Patéticas e profundamente ingénuas são por isso as declarações que defendem que o problema se poderá resolver se os Governos dos diferentes países acordarem em elaborar um código de ética que regule o funcionamento da inteligência artificial, esquecendo que a sociedade moderna está cheia de cartas, códigos e regulamentos de ética que são violados de forma rotineira (basta olhar por exemplo para as repetidas e grosseiras violações dos codígos de ética da investigação com animais que foram detectadas inclusive nas melhores universidades do mundo) como se percebe aliás pelo próprio algoritmo do Facebook que lucra com acções que são exactamente o oposto de um algoritmo regulado por principios éticos:
"Facebook profits from the proliferation of extremism, bullying, hate speech, disinformation, conspiracy theory, and rhetorical violence" https://link.springer.com/article/10.1007/s43681-021-00068-x