"Berlin’s legislature took a radical step to address the precarious employment situation that plagues many early-career researchers. It passed a law requiring universities to offer new postdoc hires a pathway to a permanent position"
É verdade que a lei recentemente aprovada pela cidade Estado Berlin, vide link acima, não é perfeita e trará consigo muitos desafios desde logo o da cabimentação orçamental, porém é preciso olhar para o problema de uma outra forma, mais desempoeirada (leia-se menos fossilizada). E essa forma requer que nos interroguemos sobre que áreas de actividade é que se torna necessário estimular numa economia do conhecimento e ainda por cima num contexto de apocalipse climático, que leva a que até mesmo o Vice-Presidente Executivo da União Europeia, Frans Timmermans, recentemente se tenha mostrado preocupado quanto à possibilidade do seu neto, nascido em 2020, ter num futuro não muito longínquo de lutar contra outros humanos por água e comida.
Já sobre saber-se onde é que a Alemanha e os restantes países europeus irão buscar dinheiro para sustentar a tal polémica mas virtuosa transição, é importante recordar que a Europa perde todos os anos largas dezenas de milhares de milhões de euros em fuga aos impostos (e é por isso que a implacável obsessão Alemã de perseguir os grandes evasores fiscais mesmo agindo no limite da legalidade e comprando listas com informação que foi roubada a bancos é a meu ver absolutamente compreensível e até bastante louvável atenta a magnitude do problema) o que significa que apenas 10% do referido e criminoso valor permitiria contratar de forma permanente quase 300.000 investigadores pós-docs na Europa e se eles fossem distribuidos de forma proporcional atenta a dimensão de cada país então a Portugal caberiam 4000 contratos permanentes para pós-doutorados.
Essa alocação de verbas à investigação é além disso crucial para a recuperação económica da Europa e quem o afirmou não foi nenhum apaixonado pela ciência, mas sim a Presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde em declarações produzidas no World Economic Forum.
PS - E nem sequer preciso de perder tempo a referir o óbvio, que a sociedade actual necessita de medidas substanciais que ajudem a combater o crescente culto da ignorância, que neste blogue comentei no passado dia 1 de Novembro aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/11/ronaldo-versus-attenborough.html