segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Um escândalo interminável e uma proposta para lidar com deputados tóxicos que não perdeu validade

 


O tal escândalo da justiça que há uma semana se tornou o campeão absoluto deste blog, ainda continua a receber um elevado número de visualizações, que desde a semana passada somaram mais vários milhares aos milhares anteriores, de tal forma que agora já acumula 4 vezes mais visualizações do que o segundo post mais visualizado de sempre. 

Ainda sobre a tal justiça arbitral, que deu origem ao referido escândalo, que ao mesmo tempo que delapida dinheiros públicos vai enchendo o bolso dos advogados com "honorários nunca sonhados" (honorários esses que são especialmente escandalosos no país onde se pagam vencimentos inferiores a mil euros a licenciados) é bom que se recorde que a mesma é o resultado evidente de um Parlamento que nos últimos 47 anos esteve sempre refém dos interesses particulares dos deputados em especial dessa nefasta espécie que são os deputados-advogados. Neste contexto aproveito para reproduzir abaixo um email de Março de 2019, o qual continha uma proposta para lidar com deputados tóxicos, que ainda hoje se mantém muito válida.  

 


De: F. Pacheco Torgal
Enviado: 30 de Março de 2019 8:35
Assunto: Público__"O Parlamento cede aos advogados (e sem vergonha)"

 
https://www.publico.pt/2019/03/29/politica/noticia/psd-ps-abrem-alas-deputadosadvogados-financeiros-1867244
 
Não admira por isso que hoje o título do Editorial do Público seja "O Parlamento cede aos advogados (e sem vergonha)". Porém o título peca por falta de rigor porque onde está a palavra Parlamento devia estar antes "PS e PSD", os dois partidos siameses por conta dos quais Portugal é a desgraça que é. Pois se enquanto o primeiro é o maior responsável pelas sucessivas visitas do FMI já o segundo também não é flor que se cheire e está por exemplo ligado aquela profunda desgraça do BPN, sendo certo e seguro que se há uma lei primordial neste retângulo é que em qualquer vigarice que meta políticos sempre se descobre lá alguém que é do PS ou do PSD.
 
Assim da mesma maneira que quando há problemas num banco se separam e enviam os bons activos para um Banco Bom e a parte tóxica para um Banco Mau também faria sentido que no Parlamento se criasse uma bancada Má. Esta seria separada das outras bancadas por uma cerca robusta ou outro tipo de vedação com características antivírus (para assim os integrantes da mesma não contagiarem os deputados das restantes bancadas), e nessa dita bancada Má seriam guardados os deputados do PS e do PSD, os quais ficariam impedidos de votar fosse o que fosse, estando lá só para fazer aquele conhecido ruído regimental e para que os Portugueses não se esquecessem do que é uma bancada Má (leia-se tóxica).
 
PS - Uma conhecida professora universitária classificou os deputados que aprovaram a referida liberalidade como sendo uma "corja viscosa".