sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

João Vieira Pereira, Director do Expresso e as suas hipócritas palavras na despedida de 2020


https://expresso.pt/opiniao/2020-12-31-Os-salarios-outra-vez-

No último número do semanário Expresso (que sem qualquer modéstia se intitula "o melhor jornal de circulação nacional" frase que aparece no cabeçalho do 1º caderno, apesar de por vezes não conseguir fugir à tentação das Fake News), o seu infeliz e hipócrita Director não conseguiu descobrir melhor opção para terminar 2020 (link acima), do que malhar num artigo que uma semana antes tinha saído no jornal Público, onde se tinha defendido um tecto para o rácio das remunerações dos administradores de empresas privada relativamente ao salário médio dos restantes trabalhadores das mesmas. Medida nada original e que até é defendida por muitos académicos como se referiu aqui  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/12/can-190-million-usd-threshold-be.html

A posição do hipócrita Director do Expresso, ferozmente critica dessa possibilidade, defende que isso é uma afrontosa perseguição ao elevado mérito dos CEOs, contudo a mesma não consegue explicar porque é que na pátria do capitalismo, nos últimos 40 anos, a remuneração dos CEOs cresceu quase 1000% e a dos restantes trabalhadores só cresceu 12%https://www.epi.org/publication/ceo-compensation-2018/ o que significa, que todos os ganhos de produtividade das empresas e a respectiva valorização bolsista, ocorrida nesse período, devem-se somente à genialidade da gestão dos CEOs, já que os restantes trabalhadores, esses pobres coitados, em nada contribuiram para o valor dessas mesmas empresas, sendo apenas pouco mais do que lixo, cujo salário convém manter congelado.   

Essa posição contudo não tem nada de original e é rigorosamente a mesma do CEO Pedro Soares dos Santos, que mandou dizer que: "Não me parece que o Estado tenha legitimidade para intervir em matérias de gestão de empresas 100% privadas" (assim perdendo uma excelente oportunidade para estar caladinho). Mas se é verdade que a empresa onde Pedro Soares dos Santos exerce funções de CEO é 100% privada nada impede porém o Estado de criar um imposto especial para penalizar as empresas com uma anormalmente elevada diferença salarial entre a remuneração do CEO e a remuneração média dos trabalhadores (o tal pay gap) ou no mínimo impedir que tais empresas possam usufruir de subsídios públicos ou concorrerem a contratos públicos. 

O próprio Partido Conservador do Reino Unido, não entende (como entende o CEO Pedro Soares dos Santos) que práticas de remuneração irracionais nas empresas privadas sejam apenas um assunto interno  e quer obrigar as empresas a revelarem se as praticam ou não https://www.theguardian.com/politics/2017/aug/24/tories-may-compel-firms-to-disclose-gap-between-pay-of-ceos-and-workers (já o partido trabalhista daquele país pretende mesmo penalizar tais práticas como condição para a execução de contratos públicos) precisamente para inibir poucas vergonhas que contribuem para o crescimento da corrupção, porque facto é que alguns investigadores mostraram que uma elevada desigualdade contribui fortemente para o crescimento da corrupção, vide artigo publicado na revista "Economic Analysis and Policy" e onde se pode ler que existe a "strong evidence that income inequality is potentially an important determinant of corruption"  que é óptima contraprova face à gananciosa posição do Sr. Pedro Soares Santos, o CEO da Jerónimo Martins, que se não fosse filho do Sr. Alexandre Soares dos Santos, jamais teria chegado a CEO daquela empresa, o que diz muito do elevadíssimo mérito de tal pessoa. 

Recorde-se que a conhecida empresa Jerónimo Martins, é aquela que pratica a maior diferença salarial (pay gap) em Portugal. O CEO Pedro Soares dos Santos aufere assim 160 vezes mais do que a média dos salários da sua empresa. E é também curiosamente a mesma empresa que não contente com os seus elevados lucros combinou com outras empresas do sector da distribuição aumentar os preços para assim melhor ajudar a lixar a vida dos Portugueses. E sem estranheza também a mesma empresa que na Polónia foi multada por explorar 200 fornecedores https://econews.pt/2020/12/14/polish-regulator-fines-jeronimo-martins-161-7-million-euros/ pelo que o que o referido CEO e outros da mesma cepa desejariam era poder aumentar os preços e explorar os fornecedores à vontadinha, sem que nenhum Estado os incomodasse, como se essas ganaciosas acções fossem apenas um assunto interno das empresas. 

Infelizmente para esses CEOs e também para o hipócrita Director do Expresso, João Vieira Pereira, é que não foi o Marx nem o Lenine, mas sim um juiz que serviu no Supremo Tribunal, da pátria do capitalismo, (de quem se disse que era perigoso porque era incorruptível) que escreveu que é quase impossível compatibilizar a democracia com um elevado nível de riqueza concentrado nas mãos de uns poucos: "We can have democracy in this country, or we can have great wealth concentrated in the hands of a few, but we can't have both". 

Isto já para nem falar do que escreveu um investigador Alemão mencionado no post https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/how-elites-endanger-democracyby-tu.html post esse onde também é mencionado um interessante artigo de investigadores Holandeses, os quais concluiram que a ganância está associada uma maior probabilidade de se ser corrompido : "Greedy people were more likely to take a bribe"


PS - O hipócrita Director do Expresso, convém porém não esquecer, é precisamente aquele individuo que em Julho de 2017 escreveu que "não é de Professores doutorados ou investigadores que o Estado têm falta". Contudo quando em 2020 o Estado Português decidiu meter vários milhões de euros no Grupo Impresa (e na Média Capital), assim ajudando a pagar salários na SIC e no Expresso (inclusive o do próprio Director Pereira Vieira, que certamente será superior ao do Presidente da República) é que se ficou a saber para que é que realmente deve servir o Estado. Contudo aquilo que os Portugueses realmente têm falta é que o Expresso tenha finalmente a coragem de revelar quem foram os salafrários jornalistas que foram pagos pelo BES para louvarem a porcaria que lá se fazia ou no mínimo para estarem caladinhos, dessa forma contribuindo para desgraçar a vida a milhares de Portugueses https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/05/a-lista-secreta-de-jornalistas-pagos.html 

Como é que uma Universidade que recebe tanto dinheiro apresenta tão fraco desempenho científico ?

 



Ainda sobre o post acima que evidenciou o fraquíssimo desempenho da Universidade de Lisboa no respeitante à produção de livros indexados na base Scopus (sendo porém certo que as responsabilidades por esse resultado não se distribuem de forma uniforme pelas diferentes unidades orgânicas daquela universidade), convém recordar que uma análise aos rácio de docentes ETI das diferentes instituições, coloca a Universidade de Lisboa abaixo de 8 instituições públicas e apenas ligeiramente acima do Politécnico do Porto, o que é um resultado muitíssimo pior do que aquele mencionado aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/10/universidades-e-politecnicosracio.html e que permite perguntar, como é que uma Universidade que recebe tanto dinheiro da FCT, muito mais do que recebem outras universidades, apresenta um tão fraco desempenho nos referidos indicadores ? 

E isso já para nem falar daquilo que foi apurado em termos comparativos no post abaixo:

E ainda sobre a anormal desigualdade de financiamento científico, em que apenas 4% (quatro por cento) das unidades de investigação que recebem mais de 1.5 milhões de euros da FCT estão localizadas no Interior de Portugal, então da mesma maneira que a França em boa hora criou uma universidade para tentar competir com o MIT, vide post de 2 de Setembro https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/09/the-economistcomo-franca-criou-uma.html também Portugal há muito que deveria ter iniciado a execução de uma estratégia, para aumentar de forma radical a competitividade científica das universidades do Interior deste país, já que não possível desenvolver esse mesmo Interior sem Universidades de topo. E da mesma forma que nenhuma banda toca música sem músicos talentosos nem instrumentos bem afinados também não há universidades de topo sem investigadores de topo e financiamento de topo. Revisite-se a este respeito as duas propostas feitas no post https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/11/universidades-e-politecnicos.html 


quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

2029 - O ano da minha aposentação


"Citations prediction for the year 2029 (around...7.500 citations on Scopus..." 
 
Agora que acabei de chegar às 5000 citações na Scopus, constato que a minha estimativa, acima, feita em 2019 e relativa ao ano 2029 (o ano que espero seja o da minha aposentação, ao fim de quase 40 anos de trabalho, incluindo a denúncia pública de comportamentos académicos aberrantes próprios de países do terceiro-mundo (vide petição de 2015 do qual fui o primeiro subscritor) e também de tenaz combate jurídico a inúmeras ilegalidades, que me valeram o cognome de "perigoso litigante" e ainda da denúncia de irregularidades várias praticadas por catedráticos "espertalhaços" que não só os envergonham (ou deviam envergonhar) a eles próprios, mas também contribuiram para envergonhar este país lá fora) foi afinal uma previsão que agora se percebe que até foi modesta, porque seria bizarro que nos vários anos que ainda faltam até 2029, só conseguisse obter apenas mais 2500 citações naquela plataforma, não pecando por isso por ambição excessiva, se onde antes coloquei o valor de 7500, tivesse ousado colocar antes o dobro desse valor, 15.000 citações ! 
 
Muito mais dificil porém, é prever qual será a evolução do meu índice-h platina (índice esse que ao contrário do conhecido indice-h, não favorece artificialmente professores e investigadores séniores https://dererummundi.blogspot.com/2018/10/indice-h-de-platina.html) ou qual será o valor do meu K-index (o índice que distingue aqueles investigadores que são citados em artigos muito pouco relevantes, daqueles outros investigadores que são citados em artigos que ficam para a posteridade pela elevada influência que tiveram na comunidade científica https://dererummundi.blogspot.com/2018/12/novo-ranking-de-cientistas-portugueses.html) no ano de 2029 (que em Dezembro de 2019 tinha o valor de 76 e entretanto subiu para 96, e curiosa e até muito descaradamente, ainda continua a ser o mais elevado da área da engenharia civil em Portugal). Quem sabe talvez em 2029 ainda continue a ser (para grande desgosto e amarga angústia de alguns catedráticos) o mais elevado nessa área científica !

Presidente do sindicato dos juízes escreve sobre os que enriqueceram na política e se andam a rir de todos nós


"Toda a gente sabe quem são as pessoas que ao longo dos últimos 30 anos enriqueceram de forma inexplicável na política nacional e autárquica e andam por aí a rir-se de nós sem consequências" https://www.publico.pt/2020/12/30/opiniao/opiniao/justica-2020-sins-naos-1944542

As breves mas gravíssimas palavras reproduzidas acima, do Presidente do sindicato dos juízes, ontem no jornal Público, mostram que em Portugal "The name of the game"  consiste em desviar o dinheiro dos bolsos dos contribuintes para os bolsos dos políticos (e dos seus familiares e amigos) ! 

O prejuízo que esses senhores provocaram a este país é muito superior ao provocado pelo famoso Lobo de Wall Street (Jordan Belfort), que foi interpretado pelo actor Di Caprio, nas muitas vigarices que praticou até ser preso, enquanto por cá, ao contrário, haja quem nunca vá preso, por conta da ausência de uma lei contra o enriquecimento ilícito, por conta de reduzidos prazos de prescrição e bizantinos procedimentos jurídicos que até permitiram a um famoso advogado estrela prever que o caso BES demore quase 50 anos a ser julgado. 

PS - Ainda sobre o tema do enriquecimento ilícito vale a pena revisitar o post aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/10/publicomagistrados-querem.html ou também aquele outro post sobre como é que no Reino Unido tratam o problema daqueles que por milagre também ficam ricos de um dia para o outro https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/10/a-nova-ferramenta-juridica-britanica.html

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

The Economist__Cut the salaries of executives by 50%

 

"We had a dreadful 2020. To be fair, nobody could have reasonably expected the executive team to predict a global pandemic...But by the same token, if managers aren´t at least responsible during the bad times, they shouldn´t take full credit for the good times...So, given that my fellow executives took bonuses in the boom years, we are slashing their salaries by half...Another cost-saving measure will be the elimination of...management consultants...if my executive team needs advice on how to do their jobs, that raises the question of why they were hired in the first place..."https://www.economist.com/business/2020/12/19/what-if-ceos-memos-were-clear-and-honest


Of course, this is not yet the end of management has was mentioned in the Harvard Business Review : “Think of the countless hours that team leaders, department heads, and vice presidents devote to supervising the work of others. Most managers are hardworking; the problem doesn’t lie with them. The inefficiency stems from a top-heavy management model that is both cumbersome and costly. A hierarchy of managers exacts a hefty tax on any organization. This levy comes in several forms. First, managers add overhead, and as an organization grows, the costs of management rise in both absolute and relative terms. A small organization may have one manager and 10 employees; one with 100,000 employees and the same 1:10 span of control will have 11,111 managers. That’s because an additional 1,111 managers will be needed to manage the managers”



terça-feira, 29 de dezembro de 2020

REHVA__15 practical measures to prevent the spread of COVID-19 in the workplace

Figure 2. Illustration of how an infected person (on the right) leads to aerosol exposure
 (red spikes) in the breathing zone of another person 

1. Provide adequate ventilation of spaces with outdoor air 
2. Switch ventilation on at nominal speed at least 2 hours before the building opening time and set it to lower speed 2 hours after the building usage time 
3. At nights and weekends, do not switch ventilation off, but keep systems running at a lower speed 
4. Open windows regularly (even in mechanically ventilated buildings) 
5. Keep toilet ventilation in operation 24/7 
6. Avoid open windows in toilets to maintain the right direction of ventilation 
7. Instruct building occupants to flush toilets with closed lid 
8. Switch air handling units with recirculation to 100% outdoor air 
9. Inspect heat recovery equipment to be sure that leakages are under control 
10. Adjust fan coil settings to operate so that fans are continuously on 
11. Do not change heating, cooling and possible humidification setpoints 
12. Carry out scheduled duct cleaning as normal (additional cleaning is not required) 
13. Replace central outdoor air and extract air filters as normal, according to the maintenance schedule 
14. Regular filter replacement and maintenance works shall be performed with common protective measures including respiratory protection 
15. Introduce an IAQ sensor network that allows occupants and facility managers to monitor that ventilation is operating adequately.

COVID-19 Task Force of REHVA’s Technology and Research Committee
Prof. Jarek Kurnitski, Chair of REHVA COVID-19 Task Force, Tallinn University of Technology, Chair of REHVA Technology and Research Committee
Dr. Atze Boerstra, REHVA vice-president, managing director bba binnenmilieu
Dr. Francesco Franchimon, managing director Franchimon ICM
Igor Sikonczyk, Senior Technical and Regulatory Affairs Manager at Eurovent
Ir. Froukje van Dijken, healthy building specialist at bba binnenmilieu
Prof. Catalin Lungu, REHVA vice-president, vice-president of AIIR
Prof. Guangyu Cao, Norwegian University of Science and Technology (NTNU)
Dr. Hywel Davies, Technical Director of CIBSE
Prof. em. Olli Seppänen, Aalto University
Frank Hovorka, REHVA president, director technology and innovation FPI, Paris
Jaap Hogeling, manager International Projects at ISSO
Prof. Ivo Martinac, REHVA vice-president, KTH Royal Institute of Technology
Prof. Livio Mazzarella, Milan Polytechnic University
Prof. em. Francis Allard, La Rochelle University
Henk Kranenberg, vice-president of Eurovent, Senior Manager at Daikin Europe NV
Mikael Borjesson, Vice President of Eurovent Association, Competence Director Swegon Group
Francesco Scuderi, Deputy Secretary General at Eurovent Association
Prof. Dr. Marija S. Todorovic, University of Belgrade Serbia
Dr. Benoit Sicre, Lucerne School of Engineering and Architecture
Prof. Manuel Gameiro da Silva, REHVA vice-president, University of Coimbra
Dr. Kemal Gani Bayraktar, REHVA vice-president, president of TTMD
Juan Travesi Cabetas, REHVA vice-president, vice-president of ATECYR
Prof. Manuel Ruiz de Adana, ATECYR Technical Committee. University of Cordoba
Prof. Pedro G. Vicente Quiles, Chair of ATECYR Technical Committee. Universidad Miguel Hernández de Elche
Prof. Cristina Tanasa, Politehnica University Timisoara
Ioan Silviu Dobosi, AIIR - Romanian Association of Building Services Engineers

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Uma autêntica mina de ouro que Portugal não pode desperdiçar


 https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/12/a-grande-orgia-da-azambuja.html

Ainda sobre o post de 22 de Dezembro, acima, acerca da grande orgia Espanhola na Azambuja, faz sentido perguntar, porque será que os criadores de coelhos, galinhas, perus, patos, ovelhas, porcos e vacas, não podem também nestes tempos de crise, facturar à grande vendendo bilhetes a caçadores Espanhóis para que os seus animais sejam mortos à bala em vez de serem abatidos no matadouro ? 

Como é evidente abater um animal num matadouro tem um custo relevante, enquanto que se ele for abatido à bala no local de criação, isso permite um lucro fabuloso (sete a oito mil euros por cada caçador), que poderá ainda ser maior (talvez 15.000 euros) se o abate for na modalidade de arco e flecha ou no caso de haver lugar a iniciação de crianças na caça que é defendida aqui (e outras já não tão crianças assim, como por exemplo o fedelho de 11 anos, da foto acima que matou um raro veado albinoe para aqueles psicopatas mais furiosos que tenham o fetiche da paulada ou da martelada, ainda se pode subir um pouco mais o preço da participação na orgia para 30.000 euros cada. Note-se que só em pintainhos machos, que Portugal produz vários milhões por ano (e que neste momento a fazer fé nas declarações da industria não possuem qualquer valor comercial) podem ganhar-se centenas de milhões de euros em licenças de caça para o seu abate "desportivo" ! 

É verdade que a União Europeia irá queixar-se que esses abates não respeitam as regras definidas aqui  Council Regulation (EC) N° 1099/2009 nem aquelas outras vertidas aqui Regulation (EU) 2018/723 mas que importa isso, se eles passam o tempo a queixar-se das tropelias do Sr. Orban mas nunca vão além das queixas. O importante é não perder esta grande oportunidade, que é uma autêntica mina de ouro, muito mais valiosa do que o lítio. 


PS1 - Há qualquer coisa de extremamente aberrante, no facto da indústria de produção de aves em Portugal, abater todos os anos à nascença milhões pintainhos machos, apenas porque segundo a sacrossanta religião da modernidade (sobre a qual escreveu Eugene McCarraher em livro já mencionado neste blog na parte final de um post de 15 de Dezembro de 2019), a criação dos mesmos até aos três meses de idade não gera lucro suficientehttps://visao.sapo.pt/atualidade/sociedade/2020-01-31-em-portugal-sao-abatidos-por-mes-20-milhoes-de-pintos-inuteis-franca-proibe-a-pratica/

PS2 - Informou a imprensa que o Ministro que tutela o Ambiente anda muito confuso com a orgia acima referida e se num dia diz um coisa no outro diz o seu contrário. Seja como for até ao momento ainda não ouvi ninguém a questionar a mais valia ambiental da tal central fotovoltaica que motivou a orgia da Azambuja. A este respeito reveja-se a imagem no final do post aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/09/a-nova-e-improvavel-desafiadora-que.html  onde se percebe que a energia obtida em centrais fotovoltaicas até apresenta um pior desempenho (em termos de  pegada carbónica, pegada hídrica, pegada terrestre e custo) do que a energia nuclear e note-se que eu tenho muito pouca simpatia pela energia nuclear e menos ainda pelos idiotas utéis que a promovem https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/07/o-filosofo-editor-que-percebe-de.html



Academic recruitment in Europe__A cross-national study




Still following the paper mentioned in post above see below another recent paper in which researchers from Norway compared academic recruitment in Denmark, the Netherlands, Norway, Sweden, and the UK.  https://link.springer.com/article/10.1007/s10734-020-00659-3


sábado, 26 de dezembro de 2020

Livros indexados na Scopus__O que é que se passa com a Universidade de Lisboa ?

 https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/01/livros-indexados-na-scopusproducao.html

Na sequência do post acima sobre a produção pública Portuguesa, de livros indexados na base Scopus, no sexênio 2013-2018 por ETI, segue abaixo a lista para o triénio 2017-2019, que mostra que a Universidade de Lisboa, apesar de aparecer no topo, não têm qualquer motivo para sorrir pois só têm uma vantagem de 19% sobre a universidade de Aveiro, embora tenha mais de 300% dos docentes ETI, praticamente quase tantos docentes ETI como aqueles que trabalham nas Universidades de Aveiro, do Minho e da Nova e porém estas produziram o dobro dos livros indexados daquela !

Número de livros
ULisboa...........43
UAveiro............36
UMinho............35
UPorto.............34
UCoimbra........27
UNova.............19
ISCTE.............16
UÉvora............10
IPol Porto........10
UBI....................7
UTAD................6
ISPA..................5
Pol Leiria...........4
UALG................4
UCatólica..........3
IPV.Castelo.......2
UMadeira..........2
IPol Lisboa........2
UAberta.............1
ULusófona.........1
IPSetubal...........1
LNEC.................1

Relativamente à área científica que mais se destacou na publicação de livros indexados, no triénio 2017-2019, constata-se que as engenharias lideram com 32% do total de livros publicados, sendo que o mais citado tem como título "Visible Light Communications Theory and Applications"

Igualmente importante é comparar neste capítulo o desempenho de Portugal com o Reino Unido no triénio 2017-2019. Constatando-se que se na parte da produção de artigos indexados na base Scopus, aquele país apresenta uma vantagem relativamente a Portugal, em termos do rácio, artigos por milhão de habitantes, de apenas 22% (que se explica muito facilmente pela diferença de gastos em investigação, em milhões de euros por habitante) já no que respeita ao rácio, livros indexados por milhão de habitantes, a vantagem do Reino Unido é de 423%, o que evidencia bem a gigantesca dimensão do défice Português e para o qual não há nenhuma explicação aceitável.  

PS - A publicação de livros já era muito importante no contexto do dilúvio de artigos que os investigadores já não conseguem "digerir" mencionado em 2018 por Pan, Petersen, Pammolli e Fortunato:
"…science has become stifled by a publication deluge destabilizing the balance between production and consumption" 
e mais importante se tornou pelo facto do Covid-19 ter agravado o referido problema: 
"People don’t have time to read through entire articles and figure out what is the value added and the bottom line, and what are the limitations,” 


sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

The repugnant face hypothesis


Amidst a global pandemic that has impacted the entire planet and claimed the lives of 2 to 3 million people thus far, it is reasonable to consider the following hypothesis. 

Imagine a scenario where an exceptionally highly contagious novel virus emerges, swiftly spreading and infecting the global population within weeks. This virus possesses the unique ability to mutate rapidly, rendering vaccines ineffective against its evolving effects.

Now, picture the singular consequence of this virus: a distortion of people's facial appearances to such an extent that they are compelled to perpetually conceal their faces. What profound societal transformations might unfold in the wake of this viral impact?

PS - 15 years ago the actor Hugo Weaving played the lead role of a character who wore a mask. At one point, he uttered a poignant line: "There is a face beneath this mask, but it isn't me. I'm no more that face than I am the muscles beneath it, or the bones beneath that.”


Update as of September 23, 2023 – Today, I sought insights from ChatGPT on the multifaceted implications of the repugnant face hypothesis. Delve into its insightful analysis outlined below

ChatGPT: The emergence of a highly contagious novel virus with the unique ability to rapidly mutate and distort people's facial appearances would indeed have profound and far-reaching societal transformations. Let's explore some potential impacts on various aspects of society:

1 - Social Dynamics and Interactions:
Increased Anonymity: With individuals compelled to conceal their faces, there would be a significant increase in anonymity. This could lead to both positive and negative outcomes. On the positive side, it might reduce judgments based on physical appearance and encourage people to focus on personalities and skills. On the negative side, increased anonymity may also facilitate undesirable behaviors such as online harassment and crime.

2 - Sexual Attraction and Relationships:
Shift in Beauty Standards: The distortion of facial appearances could lead to a redefinition of beauty standards. Physical attractiveness may become less prominent in determining attractiveness, fostering a shift towards more personality-based connections.
Emphasis on Emotional Connection: Without the ability to rely on facial cues, individuals might place greater importance on emotional connections, shared interests, and communication skills when forming relationships.

3 - Reduced Racism:
Focus on Common Humanity: With everyone forced to conceal their faces, there could be a reduction in racial profiling and discrimination based on facial features. People might be more inclined to focus on commonalities, fostering a sense of shared humanity.

4 - Psychological and Mental Health:
Impact on Self-Esteem: The constant need to conceal one's face may have psychological impacts on individuals, potentially affecting self-esteem and mental health. Society may need to adapt by promoting body positivity and acceptance of diverse appearances.

5 - Legal and Ethical Considerations:
Privacy Concerns: The increased emphasis on concealing faces may raise privacy concerns, necessitating the development of legal frameworks to balance individual privacy rights with public safety concerns.

6- Economic Impacts:
Rise of Virtual Communication: As face-to-face interactions become limited, virtual communication tools and technologies would likely experience a surge in popularity. Remote work and online meetings may become the norm, impacting traditional office settings and work-related travel.

7 - Cultural and Artistic Changes:
Evolution of Fashion: The fashion industry would likely adapt to the new norm of face concealment, with a surge in demand for creative and expressive accessories such as masks, headwear, and eye-catching clothing. Fashion trends may shift to highlight other aspects of personal style.