https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/12/a-grande-orgia-da-azambuja.html
Ainda sobre o post de 22 de Dezembro, acima, acerca da grande orgia Espanhola na Azambuja, faz sentido perguntar, porque será que os criadores de coelhos, galinhas, perus, patos, ovelhas, porcos e vacas, não podem também nestes tempos de crise, facturar à grande vendendo bilhetes a caçadores Espanhóis para que os seus animais sejam mortos à bala em vez de serem abatidos no matadouro ?
Como é evidente abater um animal num matadouro tem um custo relevante, enquanto que se ele for abatido à bala no local de criação, isso permite um lucro fabuloso (sete a oito mil euros por cada caçador), que poderá ainda ser maior (talvez 15.000 euros) se o abate for na modalidade de arco e flecha ou no caso de haver lugar a iniciação de crianças na caça que é defendida aqui (e outras já não tão crianças assim, como por exemplo o fedelho de 11 anos, da foto acima que matou um raro veado albino) e para aqueles psicopatas mais furiosos que tenham o fetiche da paulada ou da martelada, ainda se pode subir um pouco mais o preço da participação na orgia para 30.000 euros cada. Note-se que só em pintainhos machos, que Portugal produz vários milhões por ano (e que neste momento a fazer fé nas declarações da industria não possuem qualquer valor comercial) podem ganhar-se centenas de milhões de euros em licenças de caça para o seu abate "desportivo" !
É verdade que a União Europeia irá queixar-se que esses abates não respeitam as regras definidas aqui Council Regulation (EC) N° 1099/2009 nem aquelas outras vertidas aqui Regulation (EU) 2018/723 mas que importa isso, se eles passam o tempo a queixar-se das tropelias do Sr. Orban mas nunca vão além das queixas. O importante é não perder esta grande oportunidade, que é uma autêntica mina de ouro, muito mais valiosa do que o lítio.
PS1 - Há qualquer coisa de extremamente aberrante, no facto da indústria de produção de aves em Portugal, abater todos os anos à nascença milhões pintainhos machos, apenas porque segundo a sacrossanta religião da modernidade (sobre a qual escreveu Eugene McCarraher em livro já mencionado neste blog na parte final de um post de 15 de Dezembro de 2019), a criação dos mesmos até aos três meses de idade não gera lucro suficiente: https://visao.sapo.pt/atualidade/sociedade/2020-01-31-em-portugal-sao-abatidos-por-mes-20-milhoes-de-pintos-inuteis-franca-proibe-a-pratica/
PS2 - Informou a imprensa que o Ministro que tutela o Ambiente anda muito confuso com a orgia acima referida e se num dia diz um coisa no outro diz o seu contrário. Seja como for até ao momento ainda não ouvi ninguém a questionar a mais valia ambiental da tal central fotovoltaica que motivou a orgia da Azambuja. A este respeito reveja-se a imagem no final do post aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/09/a-nova-e-improvavel-desafiadora-que.html onde se percebe que a energia obtida em centrais fotovoltaicas até apresenta um pior desempenho (em termos de pegada carbónica, pegada hídrica, pegada terrestre e custo) do que a energia nuclear e note-se que eu tenho muito pouca simpatia pela energia nuclear e menos ainda pelos idiotas utéis que a promovem https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/07/o-filosofo-editor-que-percebe-de.html