A recente morte da jovem Sara Carreira é muito lamentável, contudo não mais lamentável do que as mortes, de todos os Portugueses e Portuguesas, que todos os anos morrem na Guerra das Estradas. Uma visita ao site da Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária informa que na última década morreram mais de 5500 pessoas na Guerra das Estradas. Em termos comparativos a organização terrorista ETA na vizinha Espanha, ao longo das dezenas de anos em que esteve activa matou menos de 900 pessoas, o que significa que temos por cá uma ETA muito mais agressiva. Aliás nas últimas duas décadas a Guerra das Estradas matou muito mais Portugueses do que aqueles que morreram na Guerra Colonial em África e paradoxal é que naquela altura havia muitos que preferiam fugir de Portugal a terem que ir combater nessa guerra e porém nunca faltaram e continuam a não faltar voluntários para morrerem na Guerra das Estradas !
É por isso urgente que a justiça deixe de fazer vista grossa aqueles que conduzem sem carta, como fez com aquele individuo que por sete vezes foi apanhado sem carta e por sete vezes foi mandado em liberdade até ao dia em que matou alguém num acidente de trânsito, ou aqueles que matam peões em passadeiras e recebem uma pena de cadeia suspensa (decisões que se compreendem muito mal pois houve uma investigadora neste país condenada a três anos de prisão efectiva por injúrias e difamação) pois não pode haver impunidade para quem mata ainda que involuntáriamente. Como também é urgente que nas auto-estradas se comece a multar de forma sistemática, todos os condutores que registem velocidades médias entre portagens, muito acima de 120 km/h. E como também seria positivo que nas mesmas se utilizasse a mesma tática choque que há muito se utiliza nos maços de tabaco, colocando à entrada de cada uma delas uma imagem particularmente desagradável acompanhada de um aviso do tipo "Sr. Condutor quer ser sepultado inteiro ou em vários bocados ?" pela simples razão que a ocorrência de acidentes de trânsito, em que os condutores ficam espalhados aos bocados na estrada, não é uma situação rara e consta que é tão perturbadora que é de molde a impressionar até mesmo aqueles que possuem treino militar como se deu conta aqui https://www.mirror.co.uk/news/uk-news/body-parts-were-scattered-everywhere-11189171
