terça-feira, 17 de novembro de 2020

A esfarrapada desculpa para o baixo impacto da ciência Portuguesa

 


Acreditam erradamente alguns que o baixo impacto da ciência Portuguesa no ranking Stanford (post acima) se fica a dever somente ao facto de outros país Europeus gastarem muito mais em investigação do que Portugal. Descontando o facto de somente os Portugueses serem culpados por preferirem gastar mais, em percentagem do PIB, em despesas miltares, do que em investigação ao contrário do que fazem por exemplo a Alemanha ou a Austria (ou de gastar milhares de milhões a sustentar as sanguessugas das PPPs), a verdade crua é que o que esses países gastam a mais do que Portugal em investigação não explica o elevado diferencial entre o impacto da ciência que produzem e o baixo impacto internacional da ciência Portuguesa. 

O Reino Unido, por exemplo, gasta pouco mais do dobro de Portugal em investigação, concretamente 227% a mais (em milhões de euros por habitante) e porém tem seis vezes mais (608%) SHCS do que Portugal, após correcção da diferença populacional. Já a Grécia que até gasta menos do que Portugal em investigação (74%) tem bastante mais SHCS (160%) do que Portugal. Na verdade e em face do que se gasta em Portugal comparativamente à Grécia, se a ciência Portuguesa fosse tão eficaz em termos de impacto quanto a Grega então teriamos que ter não apenas 385 SHCS mas mais de 800, o que só não acontece por conta de um diagnóstico que só ignoram aqueles que desconhecem o que é a realidade da nossa Academia  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/carlos-fiolhaisa-fraca-qualidade-da.html e conseguir fazer bastante pior do que fazem os Gregos não é definitivamente aquilo que vai contribuir para melhorar o futuro de Portugal.