quinta-feira, 19 de novembro de 2020

A casta quase cleptomaníaca

 

Com a devida vénia reproduzo abaixo uma mensagem do campeão da cidadania Paulo Morais sobre o novo emprego do filho do amigo do Primeiro-Ministro, onde aquele irá receber quase 10.000 euros por mês:

“O novo Adido Principal para a área económica da embaixada de Portugal em Washington...é o filho de Lacerda Machado, o compadre do António Costa. Francisco Lacerda Machado não tem currículo, nem experiência. Mas é o filho do compadre...” https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/governo-nomeou-filho-de-amigo-de-antonio-costa-para-assessor-da-embaixada-de-portugal-em-washington

E depois de casos como o acima relatado ou isto aqui ou por exemplo esta recente vergonha aqui ainda há quem se admire que nas eleições dos Açores o partido CHEGA tenha tido 300% mais votos do que a CDU ! 

Quem também não poupou nas palavras foi o Director da revista Sábado, ontem publicada que no seu editorial fala de um Estado "transformado numa gigantesca agência de empreguismo politico-partidário" e de famílias politicas que monopolizam o controlo da coisa pública que são uma "casta no sentido quase cleptomaníaco".


Aditamento em 20 de Novembro - Hoje o historiador Rui Tavares escreve um lindo mas muito ingénuo artigo no Público, contra o apoio do PSD ao Chega contudo o Rui Tavares parece esquecer o que disse o Medina Carreira, que "não é possível que num regime onde a gatunagem funciona predominantemente que a democracia sobreviva" https://www.youtube.com/watch?v=EzDAoHJ5NHs e é por conta disso que o Chega cresce, apesar do Ventura ser quem é e de dizer as barbaridades racistas que diz

PS - Apesar daquilo que acima ficou escrito e no que respeita à demagogia do partido CHEGA sobre o RSI nos Açores, convém olhar para os números. Há aproximadamente 15.000 beneficiários do RSI nos Açores que usufruem de um apoio médio de 86 euros mensais  o que dá uma despesa anual de 1.3 milhões de euros, que é desde logo um valor muito inferior aos 7 milhões de euros que os Portugueses gastam todos os anos a sustentar a subvenção vitalicia de uma classe politica parasita, essa despesa sim é que é preciso cortar com a maior urgência possível. Acresce que bastava que apenas uns escassos 5% dos beneficiários do RSI nos Açores optassem antes pela vida do crime e o custo de sustentar a sua estadia na cadeia chegava logo a 11 milhões de euros por ano um valor que é muito superior aos tais 1.3 milhões de euros pagos a 15.000 beneficiários, o que serve para provar que o RSI não apareceu por conta do bom coração da classe politica, mas sim em grande parte para reduzir o número daqueles que optam pelo crime e depois acabam no sistema prisional, que custa aos Portugueses aproximadamente 40 euros por dia por cada preso, o que dá 1200 euros por mês.